Já está disponível o meu mais recente livro "Íris Científica 4", que será apresentado em várias escolas durante a Semana da Ciência e Tecnologia 2017.
Sobre ele, escreveu Teresa Mendes, estudante do Mestrado em Comunicação de Ciência da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, o seguinte texto que transcrevo agradecido:
"ALÉM NO ESPAÇO E AQUI NA TERRA – CRÓNICAS DE CIÊNCIA DE
ANTÓNIO PIEDADE, VOL. 4.
O quarto livro da colecção Iris Científica de António Piedade é uma lufada de ar fresco no
panorama da comunicação de ciência escrita nacional. Criado a partir da
compilação de 33 crónicas de meia página, publicadas na imprensa regional
portuguesa entre 2016 e 2017, inclui ainda alguns outros textos inéditos do
escritor. Foi lançado numa edição de autor de 150 páginas, em Novembro de 2017.
A primeira pergunta que se apresenta ao potencial
comprador, que folheia esse objecto fetiche a que chamamos livro, é: porquê uma
edição de autor?
O autor.
António Piedade, bioquímico, é um caso raro de um
comunicador de ciência em Portugal que se permite acumular funções de consultor científico e coordenador
do projecto ‘Ciência na Imprensa
Regional’ do programa Ciência Viva, ser autor e editor de livros de divulgação
científica e ainda colaborar no De Rerum
Natura – sobre a Natureza das Coisas, um blog de cientistas e comunicadores
de ciência e que inclui nomes como Carlos Fiolhais na Física, assim como filósofos,
químicos, matemáticos, biólogos, arquitectos e pedagogos. Este é o seu sétimo
livro de divulgação científica.
A capa.
Não se compra um livro pela capa, mas a fotografia de
capa do Iris Científica-4 – ‘a verdadeira cor
de uma secção do anel B de Saturno’ – é linda e não deixará indiferente os
adeptos do Espaço, que é provavelmente o tema que mais inflama a imaginação dos
consumidores de comunicação de ciência em Portugal, quiçá no mundo.
O índice.
As crónicas do livro Iris Científica-4 estão agrupadas em
dois temas, ‘Além no Espaço’ e ‘Aqui na Terra’, mas poderiam não ter
qualquer subdivisão. Este livro é o equivalente, em português e com temas da
actualidade, do inesquecível livro L’avenir
en Direct [1989, da Era Minitel pré-Internet]
de Joel Rosnay, director do Museu de
Ciência e Tecnologia de La Villette,
em Paris, que compilou em texto as suas crónicas radiofónicas de
um minuto que diariamente animavam, logo de manhã, o fastio dos engarrafamentos
parisienses. Posto em livro, tal como Rosnay, António Piedade oferece àqueles
que ainda disfrutam do prazer de uma leitura de mesinha de cabeceira, um cadeux diário antes de adormecer.
Cada crónica, de menos de 3 minutos ou 600 palavras, conforme
a métrica que preferirmos usar, é, na sua maioria, mas não exclusivamente, enquadrada
a partir de trabalhos recentes de investigação nacional, de investigadores de universidades
de cima a baixo do nosso país, de todas as instituições de referencia, não
esquecendo a
Comunidade Céptica Portuguesa.
"Este projecto
editorial, despretensioso, reúne textos de divulgação científica que nascem das
crónicas que tenho publicado semanalmente na imprensa regional portuguesa de
todo o país.’ diz António Piedade. ‘Das
cerca de 50 crónicas que publico anualmente, selecciono aquelas que, na minha
opinião, poderão ter mais interesse para reavivar a memória das descobertas da
ciência. São crónicas sobre a actualidade de diversos territórios da ciência:
astronomia, biologia, bioquímica, física, geologia, química, entre outras.’
Há
frases neste livro com as quais o leitor não consegue deixar de se identificar
e sorrir de prazer quase-adolescente: ‘Entretanto,
viajemos pelo Espaço a cerca de 30 quilómetros por segundo!’ em Viajantes do Espaço; ‘A vida é fascinante!’ em Vida Sintética; ou ‘Se o Prémio Nobel fosse atribuído a modelos
animais de laboratório, estas mosquinhas já teriam recebido vários!’, da
crónica Drosophila
e a ciência que com ela se faz.
Já
para não falar do entusiástico ‘Viva a
Ciência Viva!’ como termina a crónica 20 anos de Ciência Viva; ou a
desconcertante ‘Nem tudo o que reluz é
ouro’ e ‘quando a esmola é grande o pobre desconfia’, parafraseando a COMCEPT
– Comunidade Céptica Portuguesa, na crónica Nem tudo o que parece ciência o é!.
Ficamos
ainda a saber pela crónica A ciência em democracia que ‘Podemos dizer
que há mais cientistas portugueses nestas últimas quatro décadas de democracia
do que em todo o resto da história de Portugal’.
Da
crónica inédita Breve pré-história da Ficção Científica fica na memória a frase ‘A ficção científica borbulhava a todo o vapor num espaço que a física
moderna estava então a atomizar e relativizar e em que a telefonia sem fios
permitia a comunicação à distância, através do ar, na concretização tecnológica
do que antes teria sido pura magia (e bruxaria).’
O livro Iris Científica-4, de António Piedade. embala-nos
com histórias comprimidas, mas muito bem escritas, onde o rigor da ciência não
atrapalha a arte do escritor.
É bom apressar-se se o quiser o comprar, pois o Íris
Científica-1 esteve cerca de 10 anos no Plano Nacional de Leitura e saiu de lá por
estar esgotado nas livrarias. A 1ª edição de 500 exemplares do Iris Científica-3
também já esgotou.
Os dados sobre a visualização e/ou leitura destes artigos de ciência
publicados em jornais online indicam que estes estão frequentemente entre os
mais lidos, alguns com milhares de visualizações, o que mostra claramente o
interesse dos leitores por assuntos relacionados com a ciência.
O livro Iris Científica-4, de António
Piedade oferece-nos dois anos das mais relevantes histórias da ciência nacional
e internacional onde o rigor da ciência não atrapalha a arte do escritor.
O que nos leva à pergunta original – porquê uma edição de
autor?"
Encomendas:
apiedade@ci.uc.pt
Índice
ALÉM NO ESPAÇO
Nasceu uma nova era na astronomia
Quatro
novas “Terras”
FADO
Galáctico
Portugueses
descobrem ventos em Vénus
Sonda Cassini com final
feliz
Viajantes do Espaço
AQUI NA TERRA
Ferro
e vida
Os
fósseis mais antigos da vida
Vida sintética
Como surgiram as nossas
células?
A flor de há 140 milhões de anos
Drosophila e a ciência que com ela se faz
Infertilidade feminina
Do
sexo no musgo aos neurónios nos animais
Como se gera um
neurónio?
À
descoberta de quem somos
Quando o tempo não passa!
Quando um gesto se repete sem querer
Onde se criam
ou quebram os hábitos
Previsibilidade e acaso
Salvar
os filhos primeiro
Mapa
neuronal dos movimentos
O suporte social dos peixes
Resistência bacteriana a antibióticos e ao sistema imunitário
E
o planeta aquece…
Subida do nível do mar
Dia de Darwin
Descoberto
crânio de hominídeo em
Portugal com 400 mil anos
Cultura ibérica influenciou a Europa há 5000 anos
Francisco Cambournac
Nem tudo o que parece ciência o é!
20 anos de Ciência Viva!
A ciência em democracia
Breve
pré-história da Ficção Científica
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