sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

UMA VOZ LÚCIDA

Jorge Sampaio sobre Portugal e a Grécia:

“Portugal, desde que entrou para a União Europeia esteve sempre na formação dos consensos necessários. Vivi isso como Presidente da República com os primeiros-ministros que tive, com os negociadores, procurando precisamente que estivéssemos sempre a trabalhar para encontrar um denominador comum, em torno de princípios de solidariedade, participantes num projecto que é comum. Nos tempos que vamos vivendo, acho que os países que têm sofrido mais, não devem pôr-se uns contra os outros. Devem, pelo contrário, encontrar as alianças possíveis, num esforço efectivo de encontrar uma solução que possa servir a União Europeia. Não faz sentido os países estarem uns contra os outros. Não faz sentido… Só quero dizer isto assim, que toda a gente percebe. Não quero dizer mais do que isto. O que é preciso é que possamos continuar na União Europeia, independentemente das dificuldades que possamos encontrar, a procurar as melhores soluções para a nossa caminhada comum.”

5 comentários:

Ildefonso Dias disse...

Caro Professor Carlos Fíolhais;

Nos textos que o senhor professor escreveu e que eu tenho lido, acerca da necessidade de avaliar as crianças (e desde tenra idade, diga-se), eu só vejo duas possibilidades: primeiro, ou nela se pretende identificar "os melhores" e com isso pretender que sejam eles a chegar aos melhores lugares de direcção da sociedade ou, segundo, pelo contrário, nela se pretende eliminar à partida uma larga maioria facilitando assim a vida aos medianos e até medíocres nesse objectivo.

É evidente que o que escreve Jorge Sampaio é a melhor prova de que “os melhores” estão longe dos lugares de direcção da sociedade. Então não devem ser “os melhores” cidadãos activos, inteligentes, sempre prontos a servir os interesses de Portugal nas melhores condições? Tudo o que não for assim, é trabalho de “banana” materializado na ingenuidade de “consensos” e palavras de circunstancia como “independentemente das dificuldades que possamos encontrar...”. Oh! Que inspiração para a obra de Jeff Kinney, seriam estas palavras de Jorge Sampaio!


Nota: É muito estranho o titulo do post “Uma Voz Lúcida”. Significa ele que o professor Carlos Fíolhais opta pela segunda possibilidade? Isto quando todos sabemos que ao senhor Jorge Sampaio não faltou a arte e o engenho para bem cuidar dos seus.

Ildefonso Dias disse...

As palavras de Jorge Sampaio "independentemente das dificuldades que possamos encontrar" não exclui a austeridade, aquela a que hoje estamos sujeitos (aqueles que estão!).
Na verdade a austeridade não chega nem chegará a Passos nem a Sampaio, pois que estão abrigados em porto seguro.
O que Jorge Sampaio diz é subtil, mas é um atentado à dignidade dos portugueses, é um atentado impiedoso que doí tanto quanto a austeridade; Que falem a esse respeito aqueles que a vivem e sentem verdadeiramente.
Só não compreendo é porque é que o senhor professor Carlos Fíolhais chama a Jorge Sampaio de "palavras lúcidas" quando estas em nada se distinguem, no conteúdo, das acções praticadas por um “Governo Masoquista” por sí apelidado.

SATANUCHO disse...

esta voz lucida por acaso não é aquela que demitiu um governo por razão nenhuma e abriu caminho ao consolado de sócrates e seu bando de ladrões? vozes com este nivel de «lucidez» portugal dispensa ....

Agostinho disse...

Jorge Sampaio parece-me cheio de razão.

Ildefonso Dias disse...

"Em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão".
Não assim, evidentemente, na casa de Jorge Sampaio, e é por isso que ele está cheio de razão.

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