sexta-feira, 13 de agosto de 2021

ESCOLA DE VERÃO NO MUSEU GULBENKIAN

 Vou estar presente neste evento. Vai ser a minha segunda aula depois da última: a primeira foi no Festival das Artes na Quinta das Lágrimas a convite da Cristina Castel-Branco, e esta terei muito gosto em que seja  no Museu Gulbenkian, a convite do seu novo director, António Pimentel. 


A primeira Escola de Verão do Museu Calouste Gulbenkian é um espaço de partilha, debate e formação, que junta especialistas de museus e instituições culturais nacionais e internacionais de referência. Este ano centra-se na na relação entre museus e educação.

A conferência inaugural do dia 2 parte do tema da (in)utilidade do Belo e reúne nomes de diversas áreas, da ciência à estética, de forma a promover uma discussão multifacetada perante os desafios que este assunto convoca.

Nos dias seguintes, o Museu convida para o debate especialistas e profissionais de museus e instituições culturais nacionais e internacionais, como o Museu Nacional de Arte Antiga e o Museu do Dinheiro (Lisboa), o Museu do Louvre (Paris), o Victoria & Albert Museum e a National Gallery (Londres), o Museo Reina Sofía (Madrid), o Rijksmuseum (Amesterdão) ou a Frick Collection (Nova Iorque).

Pretende-se refletir sobre questões como o papel dos serviços educativos na atualidade, a importância da participação e da inclusão de diferentes públicos na programação cultural, ou ainda a crescente presença do digital e os desafios lançados pelo contexto de pandemia e pós-pandemia.

PROGRAMA

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17:30   Boas-vindas

António Filipe Pimentel, Museu Calouste Gulbenkian
Benjamin Weil, Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian
Guilherme d’Oliveira Martins, Fundação Calouste Gulbenkian

 

18:00 – 20:00   Conferência de abertura
A Arte importa. Sobre a (in)utilidade do Belo

«Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei!»

Santo Agostinho

A Arte importa? Como podemos realmente aferir a utilidade do Belo na nossa sociedade, ante o complexo de carências vitais expostas pela presente pandemia — quadro que, ao invés, parece antes colocá-lo num patamar difuso de inutilidade? É a Arte (obviamente entendida em sentido lato) essencial à vida, simplesmente útil, ou, finalmente, despicienda? Quando teremos perdido a noção de que as áreas (inclusive técnicas) do saber humano se organizavam, inicialmente, em artes (entre as mecânicas e as liberais) e que, por tal, também o próprio ensino (conhecimento) nasceria sob essa matriz, precedendo a Faculdade de Artes, nas próprias universidades, a admissão em qualquer das outras? Todos recordamos, decerto, as palavras lapidares de Churchill, durante a Segunda Guerra Mundial («afinal porque lutamos?»), justamente ao recusar a aplicação de cortes financeiros à Cultura (e Artes) — ou tê-las-emos já esquecido (porventura demasiado rápido)?

«A beleza é a verdade, a verdade é a beleza»: De John Keats à física quântica

Carlos Fiolhais

A beleza moderna

Maria Filomena Molder

Alteridade: o primeiro ato da beleza

John Romão

Territórios artísticos alternativos que desafiam os conceitos de Belo x (Des)institucionalizar as dinâmicas culturais

Namalimba Coelho

Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: Faz de conta que estou sonhando

Anabela Mota Ribeiro

O que a Arte recorda ao mundo técnico

Henrique Leitão

Moderação: 

Paulo Pires do Vale

Sem comentários:

CARTA A UM JOVEM DECENTE

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