O poeta Eugénio Lisboa verseja sobre a mais recente desventura de Ventura:
A VENTURÍADA
Dizem que o André
Ventura
tem medo de se vacinar
porque há alguém que
procura
modo de o assassinar.
A vacina é um pretexto
para veneno inocular:
ela é apenas contexto
para o Costa actuar.
Por isso se esconde em
casa,
fingindo que tem covid:
assim, com chumbo na
asa,
intima ao Costa:
REGRIDE!
Pelo telefone, ele
apela
às pessoas que são “de
bem”
e vai espreitar à
janela,
a ver se alguma vem!
Mas só um pobre cigano,
de coração muito largo,
vem socorrer o magano,
consolá-lo, sem
embargo.
Mas, afinal, que mal
tem
não gostar muito de
pretos,
que não são gente de
bem
e não passam de
dejectos!
O Ventura apenas pede
que o compreendam bem:
o cigano (ou o preto)
fede
e os socialistas
também!
Eugénio Lisboa,
num dia em que o estro estava fraco.
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