quarta-feira, 11 de agosto de 2021

A VENTURÍADA

 


O poeta Eugénio Lisboa verseja sobre a mais recente desventura de Ventura:


A VENTURÍADA

 

Dizem que o André Ventura

tem medo de se vacinar

porque há alguém que procura

modo de o assassinar.

 

A vacina é um pretexto

para veneno inocular:

ela é apenas contexto

para o Costa actuar.

 

Por isso se esconde em casa,

fingindo que tem covid:

assim, com chumbo na asa,

intima ao Costa: REGRIDE!

 

Pelo telefone, ele apela

às pessoas que são “de bem”

e vai espreitar à janela,

a ver se alguma vem!

 

Mas só um pobre cigano,

de coração muito largo,

vem socorrer o magano,

consolá-lo, sem embargo.

 

Mas, afinal, que mal tem

não gostar muito de pretos,

que não são gente de bem

e não passam de dejectos!

 

O Ventura apenas pede

que o compreendam bem:

o cigano (ou o preto) fede

e os socialistas também!

Eugénio Lisboa,

num dia em que o estro estava fraco. 

Sem comentários:

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