São factores de risco associados à covid-19 a idade avançada e doenças crónicas como a doença coronária, a hipertensão e a diabetes. Mas um outro factor de risco, que está de resto ligado aos outros, é a debilidade económica. Com o avolumar das estatísticas, tornou-se claro, no mundo em geral e em Portugal em particular, que as pessoas mais afectadas pela pandemia têm menor poder económico. Por falta de meios ou de conhecimentos, não tomam as indispensáveis medidas de protecção.
A crise económica, devida à travagem da produção, está aí. Os trabalhadores em lay-off viram minguar os seus salários e o desemprego subiu, mesmo que as estatísticas ainda não o reflictam. Quem era remediado está a ficar pobre e quem já era pobre está a ficar mais pobre, por vezes miserável. Se o pico da crise sanitária já passou, pelo menos entre nós, o pico da crise económica, que favorece um eventual ressurgimento da doença, ainda está por vir. A crise económica mundial vai exceder a Grande Recessão de 2007-2009, que chegou a Portugal em força em 2011, faltando saber como se vai comparar com a Grande Depressão iniciada com a queda da bolsa em Nova Iorque em 1929.
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