Crónica, sempre sarcástica, de Santana-Maia Leonardo no jornal "As Beiras." Tem, como sempre muita ironia:
Até o Porto, a segunda cidade portuguesa, é
tratada com desdém por Lisboa, sendo Lisboa a capital europeia mais açambarcadora
de sedes nacionais da Administração Central
do Estado, de órgãos de soberania, de institutos e organismos públicos, de bancos e
de órgãos da comunicação social. O próprio
FC Porto é tratado depreciativamente como
clube regional, como se fosse necessário ter
sede em Lisboa para ter dimensão nacional.
Que os lisboetas pensem e se comportem
desta forma, não estranho! Essa tem sido
sempre a sua imagem de marca. Lisboetas e
alfacinhas, saliente-se, não são sinónimos.
Alfacinha é uma pessoa que nasceu em Lisboa; lisboeta é uma pessoa que se considera
mais do que as outras, só porque vive ou
foi viver para Lisboa, como é precisamente
o caso de Fernando Medina que nasceu no
Porto e foi viver para Lisboa.
O que eu estranho, me indigna e escandaliza
é a passividade humilhante e subserviente
dos residentes do Condado Portucalense,
perante a arrogância, a insolência e a prepotência contínua e sistemática dos governantes do Reino de Leão e Águias.
Ora, esta era precisamente a altura de os
residentes no Condado Portucalense mostrarem a raça de que são feitos (ou será que
são da raça rastejante?) e imporem um cerco
sanitário à Região de Lisboa, não tanto para
conter o surto da COVID-19, mas sobretudo
para impedir que os fundos de coesão que
vão chegar de Bruxelas, sejam, de novo,
açambarcados pelos Xerifes de Nottingham
que governam o Reino de Leão e das Águias
desde o Terreiro de Paço e do Largo do
Município.
Santana-Maia Leonardo
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