quarta-feira, 14 de agosto de 2019

"O que está na Constituição não é que o SNS tenha de ser prestado pelo Estado"

O médico José Fragata sobre o Serviço Nacional de Saúde em entrevista ao Público:
"O hospital público está em crise grave. Deixámos de programar o futuro. Gerimos crises diárias: a crise da falta de vagas, da falta de enfermeiros, da falta de equipamento, da falta de inovação. Isso tem levado ao abandono sistemático de quadros médicos, de enfermagem, técnicos e secretariado para os serviços de saúde privados. Temos dificuldade em competir no mercado global e interno e estamos a competir com o sistema privado. Em vez de nos nivelarmos por cima, queremos acabar com o sistema privado. Não vai ser possível. O lucro ligado à saúde não é pecaminoso.
(...)
Estamos de acordo com a cobertura universal. É preciso saber quem paga e quem paga somos nós. Agora, de que maneira? Por impostos? Directamente? Por seguros? Se é um seguro público básico e seguros aditivos? Qual é o papel supletivo do Estado? Se resolvêssemos isso, tudo o resto acabava. O Estado tem de ser mais regulador, tem de garantir o provimento e não necessariamente a prática de saúde. Mas o que está na Constituição não é que o SNS tenha de ser prestado pelo Estado. O que está é que o Estado tem de garantir a saúde e o acesso a ela."

Sem comentários:

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...