domingo, 11 de agosto de 2019

Homeopatia no Serviço Nacional de Saúde

A jornalista Susana Pinheiro denuncia hoje no Público a existência de terapias alternativas no Serviço Nacional de Saúde. Entre os depoimentos recolhidos, alguns informados e lúcidos como o de Miguel Guimarães (bastonário da Ordem dos Médicos) e outros ignorantes e infelizes como o de Ana Rita Cavaco (bastonária da Ordem dos Farmacêuticos) destaco o de David Marçal, um dos melhores divulgadores de ciência portugueses e um "campeão" da causa anti-pseudociência entre nós: Nas suas suas declarações:
"Igualmente crítico em relação às terapias não convencionais, o bioquímico David Marçal — que tem escrito no PÚBLICO sobre este tema — defende que “estas práticas não têm qualquer fundamento científico e baseiam-se em pensamento mágico, disfarçado de ciência”. Pelo que “é completamente inaceitável a introdução de terapias alternativas como o reiki, a acupunctura ou a hipnose, em unidades do SNS”.
Tal como Miguel Guimarães, este divulgador de ciência alerta para o facto de
“se assistir, noutros países, a um recuo no reconhecimento das terapias alternativas, em face da sua falta de provas”. “No caso de doentes oncológicos, a mortalidade dos que recorrem às terapias alternativas em complemento aos tratamentos convencionais é o dobro da mortalidade daqueles que só recorrem aos tratamentos convencionais do cancro, de acordo com um estudo realizado com dois milhões de pacientes e publicado no ano passado na revista científica JAMA Oncology”
(…) "David Marçal defende que o uso da hipnose no alívio da dor durante o parto, da dor associada à esclerose múltipla ou a lesões na espinal medula tem resultados que “são decepcionantes” e justifica:
“Muitos dos ensaios clínicos realizado são de qualidade metodológica baixa, não ficando provada a existência de um efeito real da hipnose (para além do placebo). Se estes tratamentos através da hipnose tivessem de apresentar o mesmo nível de provas que é exigido para introduzir um novo medicamento no mercado, não seriam aprovados.”

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