Desse documento, que pode ser lido aqui, destaco a demonstração que a sociedade científica faz da inadequada fundamentação das Aprendizagens Essenciais propostas: os documentos curriculares em vigor (Programa e Metas Curriculares de Matemática A), que, pelo facto de terem sido homologados em 2014, não podem ser revogados, e o programa anterior que se encontra revogado. Nas suas palavras:
Os autores das AE (...) aludem a dois programas que estão por base na construção da proposta, quando de facto só há um, o que está em vigor (...) extravasam o prescrito na base de trabalho de que dispõem – o programa de 2014 – para o que já não está em vigor, o que contraria fortemente o presente quadro legal.
Embora esteja determinado que as AE são um ajuste aos documentos curriculares, as AE de Matemática não se coadunam com o programa atual. Pelo contrário, contradizem-no em pontos essenciais
As AE desvirtuam claramente o programa e ultrapassam o enquadramento (dos meros ajustes que fossem identificados como necessários) declarado pelo ME (...) mesmo que corrigidas em todos os pontos, extravasam a legislação em vigor [fazendo] com que o ensino da Matemática no Ensino Secundário passe a reger-se por dois documentos contraditórios.
1 comentário:
As especialistas do aprender a aprender em matemática A estão-se borrifando para para os programas e metas em vigor, ou já revogados; o seu fito é cortar tanta matéria quanto possível, de maneira que a matemática A se torne tão acessível e fácil como a matemática B é para os alunos oriundos das classes sociais mais desfavorecidas. Se juntarmos a rarefação, forçada pelo ministério da educação, dos conteúdos cujo ensino é legalmente autorizado, à selvajaria, em termos dos comportamentos dos alunos, que se vive quotidianamente no interior das salas de aula, ficamos com uma mistura explosiva nas mãos que, mais dia menos dia, vai rebentar!
A instituição escola, despojada da sua nobre função de ensinar, é como um coração que pára de vibrar!
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