Durante os próximos três anos, mais de 80 investigadores
vão estar empenhados a dar respostas em tempo real às necessidades específicas
dos hospitais de Lisboa, sempre que forem diagnosticadas infecções bacterianas. Depois da
implementação bem sucedida do projeto em Lisboa, poder-se-á alargar ao resto do
país.
Coordenado por Raquel Sá-Leão e Mónica Serrano do
ITQB NOVA, o projecto ONEIDA pretende estabelecer uma rede inovadora
de investigadores e instituições de investigação com a capacidade de dar
resposta muito rápida a questões relativas aos patogénios que infectam doentes
que chegam aos hospitais, fazendo a caracterização biológica minuciosa de cada
estirpe em termos de conteúdo genético e proteico. Dessa forma, o corpo clínico
terá respostas rápidas e completas sobre o perfil do patogénio que pretende
eliminar, o que permite escolher o fármaco e antibiótico mais adequado a cada
caso. Desta forma, conseguir-se-á dar resposta mais rápida e adequada a cada
caso, o que diminuirá a morbilidade e evitará o uso inadequado de antibióticos.
Ao mesmo tempo, a comunidade científica poderá fazer um estudo mais rigoroso e
com mais dados sobre os patogénios que infectam pessoas e animais em Portugal.
Este projeto une três grandes institutos
de investigação portugueses: o Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier (ITQB NOVA), Instituto de Medicina Molecular (iMM) e
o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), para enfrentar a necessidade urgente
de soluções efetivas para a prevenção e controlo de doenças infeccionas e a
multirresistência a antibióticos, que é um problema emergente em Portugal e no
Mundo.
O projeto ONEIDA foi financiado pelo Portugal
2020, um programa que reúne 5 Fundos Europeus Estruturais e de Investimento -
FEDER, Fundo de Coesão, FSE, FEADER e FEAMP – com o objetivo de alinhar as grandes orientações
estratégicas nacionais e europeias para o desenvolvimento económico, social e
territorial que se pretende promover em Portugal até 2020.
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