sexta-feira, 6 de agosto de 2021

A ILFONSÍADA

 Um poema bem-humorado de Eugénio Lisboa:

A ILFONSÍADA

(Curto poema épico dedicado ao meu comentadorfavorito: Ildefonso Dias, impecável guardador dos ínclitos saberes de Bento Caraça, Abel Salazar e Lopes Graça, gente que muito admiro, desde a minha remota adolescência). 

As armas e os barões apetrechados

com obras mui completas do Caraça,

e com fundos musicais arranjados

pelo mui prestimoso Lopes Graça,

foram, com Ildefonso, navegar

por mares já um tanto navegados.

Ia com eles o Abel Salazar,

garante de saberes amealhados.

 

O Ildefonso levava consigo,

em aventura espectacular,

e muito à prova de qualquer perigo,

todo o saber de terra, mar e ar.

Caraça, Lopes Graça e Salazar,

neles se concentrava o saber:

antes e depois deles, nem pensar

que houvesse cultura a reter!

 

Tudo o que no mundo se sabia,

toda a grande cultura do caraças,

que em grandes bibliotecas havia,

era do Caraça, Salazar e Graça.

Eles eram, de Ildefonso Dias,

a fonte generosa do saber,

levado pra longínquas pradarias

sedentas de poder compreender.

 

Generoso, o Dias aspergia

nobres bocados de Caraça e Graça,

e, Salazar, ele, no final, servia,

mostrando o enorme vigor da raça!

Assim, Dias (Ildefonso) fazia

o que só Vasco da Gama intentara:

levar para muito longe a luzidia

cultura que em Portugal se ousara!

 

Por esse mundo, Ildefonso troveja,

fazendo despejar toda a cultura

que o mundo não português inveja

e só com gente do caraças dura! 

Peço a Ildefonso Dias, homem de vasta cultura (um pouco confusa, mas não é nenhuma exorbitância) humilde e sincera desculpa por lhe oferecer estes modestos decassílabos, por certo indignos de Camões, mas também não ao nível da enormíssima cultura de Ildefonso, toda ela bebida em Caraça, Graça e Salazar (Abel) e só neles (que o resto não faz falta). Se melhor não fiz é que melhor não pude. Mea culpa, mea maxima culpa.

Eugénio Lisboa

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