“A falsa modéstia é o último
requinte da vaidade”
(Jean de La
Bruyère, moralista francês, 1645-1696).
Embora ciente da "vox
populi" de que elogio em boca própria é vilipêndio, ouso transcrever o texto
da supracitada homenagem que me foi prestada ontem por entender que elogio em
boca alheia é razão de orgulho e o seu silenciar por parte do homenageado é prova e de uma falsa modéstia ou, pior do que
isso, de grande ingratidão.
Transcrevo, portanto, esse texto com ligeiros acrescentos e umas tantas linhas finais de adenda em itálico da minha lavra para dar uns pós de razão a possíveis detractores da minha possível imodéstia ao serviço de uma profissão que escolhi por paixão e exerço com todo o fervor e respeito que ela merece, pese embora as pedras que tenho encontrado num caminho pétreo de uma falsa e perigosa intelectualidade com fundamento no cartesianismo - "res cogitans"/"res extensa" - que ousa ver neste dualismo, por um lado, uma formação de gente do mundo da cultura e da ciência e , por outro lado, uma usina de hercúleos mentecaptos.
Transcrevo, portanto, esse texto com ligeiros acrescentos e umas tantas linhas finais de adenda em itálico da minha lavra para dar uns pós de razão a possíveis detractores da minha possível imodéstia ao serviço de uma profissão que escolhi por paixão e exerço com todo o fervor e respeito que ela merece, pese embora as pedras que tenho encontrado num caminho pétreo de uma falsa e perigosa intelectualidade com fundamento no cartesianismo - "res cogitans"/"res extensa" - que ousa ver neste dualismo, por um lado, uma formação de gente do mundo da cultura e da ciência e , por outro lado, uma usina de hercúleos mentecaptos.
“Referência incontornável, do
ensino do Culturismo o Prof. Rui Baptista. Aqui o homenageamos. Evocamo-lo a
vários títulos. Mas, sobretudo, em nome das gerações que formou. Foi uma das figuras mais
carismáticas do Desporto Lusófono, quer como professor, quer como dirigente
desportivo, quer, ainda, como comunicador dos ideais que sempre defendeu com
marcante empenho e superior conhecimento de causa, seja através de escritos
jornalísticos, de conferencias, seja, ainda, como praticante de pesos e
halteres (Culturismo) em que se sagrou campeão de Moçambique, na categoria de
médios.
Chegou RB a Lourenço Marques em 1957 – depois de formado pelo INEF, e ter cumprido o serviço militar como oficial miliciano, contratado como professor de Educação Física da “Escola Industrial Mouzinho de Albuquerque”, tendo desenvolvido, para além dessa docência, uma notável acção no desporto local e uma intensa actividade no campo da Ginástica.
Entretanto, teve, também, uma
papel importante no campo literário,
através da publicação de cinco livros, dois deles titulados, um "Educação
Física Ciência ao Serviço da Saúde Pública", outro "Os Pesos e
Halteres, a Função Cardiopulmonar e o Doutor Cooper". Desempenhou a
função de presidente da Secção de Ciências da Sociedade de Estudos de
Moçambique, onde proferiu duas conferências no âmbito da Educação Física,
tendo entrado, assim, o Desporto e a Educação Física pela porta grande dessa
notável instituição cultural e científica.
Em 1975 fez parte do grande
contingente de Portugueses que voltou para Portugal. Foi colocado em Coimbra,
como professor efectivo de Educação Física do Liceu D. João III. Foi
também docente do ISEF da Universidade do Porto e docente da Faculdade de
Educação Física e Ciências do Desporto da Universidade de Coimbra. Na
cidade das margens do Mondego continuou a desenvolver uma intensa actividade através da realização de conferências e palestras, por exemplo, nos
Rotários, na Escola do Magistério Primário, na Delegação da Direcção Geral de Desportos e na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (Universidade de Coimbra), a convite do seu docente Professor Doutor Manuel Viegas de Abreu. Tem publicado alguns artigos em revistas da especialidade e quase um milhar de artigos de opinião nos
jornais “Diário de Coimbra”, “Jornal as Beiras”. “Correio da Manhã”, “O Primeiro de Janeiro” e “Público”. É co-autor do blogue científico/cultural "De Rerum
Natura". No dirigismo desportivo foi presidente da Associação Provincial de Halterofilia de Moçambique (1971),e vice-presidente das Associações Provinciais de Moçambique de Natação (1963) e de Voleibol (1964). Desempenhou durante vários anos funções sindicais docentes (presidente de Assembleia Geral do SNPL).
“Depois da sua acção no campo da reabilitação ter tido o reconhecimento do mais notável cirurgião ortopedista da África do Sul, (país tido no pódio da Medicina Mundial), David Roux, que enviava para os seus cuidados de Reabilitação, em Lourenço Marques, pacientes que o consultavam em Joanesburgo, após 25 de Abril, veio viver para Coimbra onde prosseguiu com esta actividade ( de que fora docente na Faculdade de Ciências e do Desporto da Universidade do Porto) tendo continuado com ela, durante breves anos, através de convenções assinadas com diversos organismos públicos e privados. Mas isto são contas de um outro rosário de prepotências de políticos de um país em que a palavra dada não é honrada!”
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