Quarta-feira, 1 de Outubro, pelas 18h00, no espaço Rómulo de Carvalho Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra.
As plantas geneticamente
modificadas, vulgarmente conhecidas por plantas transgénicas, são um assunto
actual e polémico. Juntamente com a energia nuclear, e a clonagem de animais
são, talvez, o assunto científico mais discutido pelo cidadão comum, mesmo por
aqueles que não percebem nada do assunto.
Obtidas pela primeira vez no
início dos anos 80, as plantas transgénicas são cada vez em maior número e as
suas características são cada vez mais diversificadas. No último ano (2013), a
cultura destas plantas, em termos globais, atingiu perto de 200 milhões de
hectares, sendo os Estados Unidos, o Brasil e a Argentina, os principais
produtores. Na Europa, existem alguns países onde a cultura de plantas
transgénicas é realizada, entre os quais
Portugal. No entanto, devido a uma legislação absurda e irrealista, a
cultura de variedades transgénicas em território europeu, quando comparada com
a produção global, pode considerar-se residual.
Apesar de a cultura e
comercialização de plantas transgénicas ser já considerável, não se registou
até hoje nenhum problema de saúde pública ou ambiental com estas plantas, o que
mostra como os receios que elas provocam são infundados. No entanto,
continuamos a assistir à propagação de mitos relativamente a estas culturas,
alimentados por alguma imprensa e organizações ecologistas mais preocupadas na
divulgação de pseudociência do que no esclarecimento dos cidadãos.
O objectivo desta palestra é
mostrar como são obtidas as plantas geneticamente modificadas, o que as
caracteriza e fazer a sua comparação com variedades não transgénicas.
Jorge Canhoto é professor do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Esta palestra insere-se no ciclo "A Ciência no Dia-a-Dia" organizado por António Piedade.
3 comentários:
O próprio processo de introdução da informação genética leva ao descarrilamento do sucesso dos transgénicos, seria bom que o bom senso prevalecesse, é que de alguma ciência esatmos fartos.
O problema é o seguinte:
Por mim podem comer os transgénicos que quiserem, eu apenas reinvidico o direito básico a poder escolher, a rotulagem e a produção com e sem transgénicos tem de ser uma realidade.
Por outro lado, se os transgénicos fossem alguma coisa boa não assistiriamos a tanta resistência da grande Indústria do sector contra a rotulagem.
No fundo, não há nada a explicar, muitos de nós estamos fartos de ser tomados por parvos.
The GMO Labeling Conundrum
http://www.activistpost.com/2014/09/the-gmo-labeling-conundrum.html#more
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