Meu capítulo do livro Artes e Educação,. Antologia de autores portugueses saído na Imprensa Nacional em 2024 com coord. António Carlos Cortez:
A dicotomia
entre ciência e artes foi discutida na famosa polémica que se seguiu à conferência
que o físico-químico e romancista inglês Charles P. Snow proferiu em 1959 em Cambridge,
no Reino Unido, sob o título As Duas Culturas [1]. No mundo do
pós-guerra, claramente dominado pela ciência e pela tecnologia, Snow tinha chamado
a atenção para a separação cada vez mais arreigada entre a ciência e a
tecnologia, por um lado, e as humanidades, incluindo as artes, por outro, protestando
talvez de um modo exagerado contra os “intelectuais literários” que ignoravam a
ciência e tecnologia.
Pese embora
todas as numerosas e por vezes bem sucedidas tentativas de aproximação, tal
dicotomia permanece tão entranhada nos dias de hoje que alguns alunos não podem
deixar de ser vítimas dela. Há casos de conflitos interiores quando são
obrigados a fazer uma escolha, no ensino secundário em Portugal, entre “ciências”
e “letras”. Nesse nível de ensino, é assaz reduzido o trabalho interdisciplinar
e, no nível do ensino superior, as escolas continuam a dificultar a interacção
entre as várias disciplinas, aprofundando cada vez mais a especialização
disciplinar. Deste modo, poucos alunos se poderão aperceber das fecundas
intersecções e confluências entre ciências e artes.
Acontece,
porém, ao contrário do que muitos julgam, a ciência é uma forma de humanismo,
pois é parte integrante da vasta e diversificada cultura humana. De facto, vendo
bem, não há “duas culturas”, mas uma só, embora plural nas suas dimensões. Essas
duas dimensões do espírito humano, embora servindo-se de métodos diferentes,
tentam estabelecer relações, juntar o que está separado numa visão o mais coerente
possível. As duas procuram sentido, encontrando-o, mesmo onde e quando ele não
parecia presente. Esta comum busca de sentido é, como veremos, ajudada pela
estética. As ciências, orientadas para a realidade física, na qual o ser humano
evidentemente se inclui, dispõem de um método próprio para observar as
regularidades que a Natureza exibe e as tecnologias, idealmente ao serviço da
vida humana, permitem melhorá-la com base no conhecimento científico disponível.
Por seu lado, as humanidades, não estando sujeitas a esse espartilho, não
deixam por isso de estar ligadas à realidade, até pelo simples facto de serem
produto do cérebro humano, que é um lugar da Natureza. As duas usam a
imaginação para conceber mundos [2], sendo a diferença que os cientistas têm de
imaginar como é o mundo real – começam por colocar hipóteses a respeito do
funcionamento do mundo, cuja veracidade vão depois averiguar – ao passo que os
artistas podem, mais livremente, ser criadores de mundos – embora a sua
liberdade não seja total, porque eles vivem e pensam “neste” mundo. O facto de
as ciências e as humanidades serem amiúde guiadas por critérios estéticos é um
aspecto unificador deveras relevante que costuma ficar esquecido. Com efeito, não
são só os artistas que buscam o belo, os cientistas tentam também descobrir a
harmonia ou beleza do mundo, que pode ser entendido como a coerência das partes
entre si e destas com o todo [3]. O poeta romântico inglês John Keats escreveu os
seguintes versos no final de “Ode a uma Urna Grega” (1819): “Verdade é beleza,
beleza é verdade/ – e isso é tudo que
conhecemos na Terra, e tudo o que precisamos de saber” [4]. É curioso que essa
identificação entre verdade e beleza tenha sido proclamada em pleno romantismo,
quando a ciência e tecnologia (esta última pujante com o advento da Revolução
Industrial) e as humanidades estavam ou pareciam estar em colisão. Mas é muito
anterior o lema latino Pulchritudo splendor
veritatis, “A beleza é o esplendor da verdade”. O homem de
ciências e o homem das artes são, afinal, hoje, tal como na Antiguidade
Clássica, quando a racionalidade nasceu, e no Renascimento, quando a ciência
moderna emergiu, o mesmo homem.
Pouco antes
da palestra de Snow, o matemático e poeta britânico de origem polaca Jacob
Bronowski (que foi também historiador e divulgador
de ciência, dramaturgo e crítico literário) enfatizou, numa
palestra proferida no MIT em Boston, nos Estados Unidos, em 1953 e publicada
três anos mais tarde no livro Ciência e Valores Humanos [5], a profunda unidade entre ciência e
arte, por partilharem uma ânsia de unidade num mundo plural e aparentemente
díspar. Bronowski
ilustrou a unidade da cultura citando o poeta, crítico e ensaísta inglês Samuel
Coleridge, contemporâneo de Keats:
Quando Coleridge tenta definir a beleza, regressava sempre a um
único pensamento profundo: a beleza, disse, é a «unidade na variedade». A ciência
não é nada mais do que a procura da descoberta da unidade na desordenada
variedade da natureza – ou, mais exactamente, na variedade da nossa
experiência. A poesia, a pintura, as artes, são a mesma procura, na frase de
Coleridge, da unidade na variedade. Cada um, à sua própria maneira, procura as
semelhanças sob a variedade da experiência humana.”
Não se pode
dizer que essa mensagem tenha na altura sido interiorizada em círculos maiores
do que que a elite mais atenta às questões culturais. Mas, em obras como A
Ascensão do Homem [6], uma história popular da civilização humana,
Bronowski esforçou-se no sentido da sua propagação.
Rómulo de Carvalho
Bronowski
teve contemporâneos em Portugal que, estando ou não conscientes da discussão
cultural no mundo anglo-saxónico, partilharam da sua ideia da profunda unidade
entre ciências e artes. Havendo outros, um dos nomes maiores nesta junção entre
nós das “duas culturas” foi o professor de Física e Química do ensino
secundário e escritor Rómulo de Carvalho (poeta, contista e dramaturgo sob o
nome de António Gedeão). A sua obra poética ilustra de um modo exemplar as possíveis
relações entre arte e ciência [7], as quais muito dificilmente ele poderia pôr
em prática nas escolas onde foi professor, dadas as limitações que eram os
programas oficiais, as metodologias impostas e os livros únicos. Prudentemente,
como revela a própria criação de um pseudónimo (surgido em 1956), ele próprio
separou os dois mundos que coabitavam dentro de si. No entanto, no artigo “Ciência e Arte”, publicado na revista Palestra no Liceu Pedro Nunes em
Lisboa, em 1958 [8], Rómulo de Carvalho, que nessa altura ensinava nesse liceu,
escreveu:
“No
nosso sentimento (e o tema é para discussão) o artista e o cientista são dois
destinos paralelos embora em fases dispares da sua evolução. Ambos desempenham
na sociedade o mesmo papel de construtores, de descobridores, de definidores:
um, do mundo de dentro; outro, do mundo de fora. Precisemos melhor a questão.
Não estamos apenas a afirmar (o que certamente teria o aplauso geral) que o
artista e o cientista são pessoas igualmente estimáveis, merecedoras do mesmo
respeito e ambos imprescindíveis na sociedade. Estamos a querer exprimir mais
do que isso, que um e outro ocupam lugares de igual necessidade, que aqueles
mundos de dentro e de fora são de transcendência equivalente, que ambos esses
mundos exigem a permanente busca, a orientada investigação que, em nossos dias,
é considerada apenas apanágio da Ciência.”
A unidade entre ciência e poesia voltou a ser salientada por
Rómulo de Carvalho, numa entrevista que deu, em 1991, terminada a sua
carreira escolar e já perto do final da sua vida [9]. Quando interrogado sobre
a referida dicotomia entre ciência e poesia respondeu:
“Há
alguma dicotomia? Não há nenhuma! A pessoa encara a poesia como encara a
ciência como encara a arte, como encara qualquer coisa, não há
incompatibilidade. [...] Quer dizer, há uma base de onde parte tudo o que é um
certo entendimento do que nos rodeia, na busca da melhor maneira de expressar
aquilo que se sente. Tanto pode ser num campo como noutro. [...] É que na
poesia estou a falar comigo. Enquanto na minha actividade profissional, estou a
falar com os outros. “
E, mais à frente na mesma
entrevista, acrescentou:
“Bem, […] repudio até essa
dicotomia. Nós estamos muito viciados, nós ocidentais, [...] nós estamos todos
muito viciados pela cultura greco-latina... todos... e continuamos a ver na
poesia aquela coisa extraordinária, mítica e mística, aquele valor
extraordinário que os gregos e os romanos atribuíram aos poetas. É claro que
era uma época em que a ciência não tinha peso nenhum. Embora hoje nós saibamos que eles tecnicamente tinham coisas muito valiosas –
muito interessantes, muito valiosas, muito bem imaginadas. Mas, naturalmente,
não havia ninguém que pensasse pôr uma coroa de louros na cabeça dum técnico.
Isso ficava reservado para os poetas.”
Como estamos hoje nas escolas portuguesas num tempo pós Gedeão? Parece
claro que, apesar de todas as citações a esse e outros autores que souberam
conciliar ciências e humanidades (a começar logo pelo nosso maior poeta, Luís
de Camões, cujos primeiros versos impressos surgiram num livro de ciência, os Colóquios
dos Simples, de Garcia de Orta [10], e cuja obra maior, Os Lusíadas,
é um repositório de conhecimentos de astronomia, meteorologia, química e
botânica [11]), a actual formação de professores não ajuda a que uma ligação fértil
entre ciência e artes se concretize no plano pedagógico. Continuam a existir
sérios entraves como a organização e práticas escolares. Por isso, que muitos
jovens têm de descobrir, fora da escola, as conexões da cultura humana que a
escola lhe esconde. Para as pessoas formadas nas ciências – e, em geral com uma
preparação nas artes reduzida – será mais viável fazer um percurso auto-didacta
em áreas das artes: por exemplo Jorge de Sena, autor do prefácio para a
Poesia Completa de Gedeão, que ajudou na afirmação deste autor no mundo
literário, formou-se em engenharia civil (curiosamente tinha aluno de Rómulo de
Carvalho). Só para dar alguns exemplos avulsos, alguns poetas como Sena têm
formação científica, como Ruy Cynatti, que era antropólogo, José Blanc de
Portugal, que era meteorologista, e Eugénio Lisboa, que é engenheiro
electrotécnico. para já não falar dos numerosos poetas médicos, como Miguel
Torga, Fernando Namora, Bernardo Santareno, António Lobo Antunes, Jorge de
Sousa Braga, João Luís Barreto Guimarães e António Oliveira [12]. Em contraste, será mais difícil às pessoas formadas nas humanidades,
com mais reduzida preparação matemática, a entrada no mundo da ciência.
O exemplo de Werner
Heisenberg
Outras
escolas que não a nossa têm sabido comunicar uma formação humanista integral, a
qual, partindo das nossas raízes greco-latinas, e passando pelo Renascimento,
transmite aos estudantes o que tem sido a “ascensão do homem.” Um bom exemplo
dessa formação é aquela que os liceus do espaço germânico proporcionavam no
século XX, como tão bem revelam as biografias e obras dos autores da teoria
maior do século XX que foi a teoria quântica, a teoria que, numa grande visão
unificadora, explica tanto os átomos como as estrelas. Após os passos iniciais
dados por uma plêiade de físicos como Max Planck, Albert Einstein, Niels Bohr e
Louis de Broglie, essa teoria ficou completa, na forma que hoje conhecemos e
aplicamos, em 1926, com os notáveis trabalhos, independentes mas complementares,
do físico alemão Werner Heisenberg, Prémio Nobel da Física de 1932, e do físico
austríaco Erwin Schrödinger, Prémio Nobel da Física de 1933, o primeiro autor
de uma “mecânica de matrizes” e o segundo de uma “mecânica de ondas”, que são
apenas duas maneiras diferentes de formular a mesma doutrina.
Uma
vez que o humanismo de Schrödinger já foi valorizado noutro lado [13], valerá a
pena deixar aqui algumas notas sobre Heisenberg. Bom apreciador de música
clássica (também pianista) e profundo conhecedor da filosofia, a começar desde
logo nos clássicos greco-latinos, Heisenberg conhecia o dito Pulchritudo
splendor veritatis, para a qual chamou a atenção no seu livro Across the
Frontiers [14]:
“O
significado da beleza para a descoberta da verdade tem sido reconhecido e
enfatizado em todos os tempos. O lema em latim Simplex sigillum veri –
‘O simples é o selo da verdade’ – está inscrito em letras garrafais no
auditório de Física da Universidade de Göttingen, como uma exortação àqueles
que descobririam novidades; mas outro lema em latim, Pulchritudo splendor
veritatis, ‘A beleza é o esplendor da verdade’ – pode também ser
interpretado como querendo dizer que o investigador reconhece a verdade, primeiro,
por seu esplendor, pelo modo como ela brilha.”
O
seu ponto de partida são as ideias pitagóricas, que desembocaram no platonismo,
respeitantes à ligação entre a matemática e a música. Essa relação seria mais
tarde cultivada por cientistas. O pai de Galileu, Vincenzo Galileo, foi alaudista
em Florença, co-criador da ópera e teorizador da harmonia musical [15]. Muito
mais tarde, Einstein, um violinista amador, confessou que, se não fosse físico,
seria músico, justificando desta maneira: “Penso muitas vezes musicalmente.
Vivo musicalmente os meus sonhos diurnos. (…) Tiro o maior prazer da minha vida
do violino” [16]. Heisenberg acrescentou sobre a definição e o papel da beleza
[14]:
“A
beleza, conforme a primeira das nossas definições antigas, é a conformidade
adequada das partes entre si e com o todo. As partes aqui são as notas
individuais, enquanto o todo é o som harmónico. A relação matemática pode,
desse modo, reunir duas partes inicialmente independentes num todo e produzir
beleza. Essa descoberta produziu um avanço na doutrina pitagórica para formas
totalmente novas de pensamento, suscitando, assim, a ideia de que a base
primordial de todo o ser não era mais considerada matéria sensorial, tal como a
água em Tales, mas sim um princípio ideal de forma. Isso afirmou uma ideia
básica que, mais tarde, forneceu o fundamento para todas as ciências exactas.”
Numa carta a
Einstein transmitiu essa mesma posição [17]. Aprofundando a ligação entre
ciência e arte, esclareceu [14]:
“Compreender
a multiplicidade colorida dos fenómenos foi, desse modo, aprofundada através do
reconhecimento neles de princípios unitários a respeito da forma, que podem ser
expressos na linguagem da matemática. Deste modo, foi estabelecida também uma
conexão íntima entre o inteligível e o belo. Porque se o belo é concebido como
a conformidade das partes entre si e com o todo, e se, por outro lado, toda
compreensão é tornada possível em primeiro lugar por meio dessa conexão formal,
então a experiência do belo torna-se virtualmente idêntica à experiência das
conexões, sejam estas compreendidas ou pelo menos adivinhadas.”
Por aqui se
percebe que, para um grande criador da ciência, a experiência científica é
semelhante a uma experiência estética. Na mesma linha, disse o matemático
alemão Hermann Weyl: “Sempre procurei no meu trabalho juntar o verdadeiro e o
belo, mas, quando tive de escolher, escolhi normalmente o belo”. A física
moderna veio, ao longo do século XX, a revelar a existência de simetrias abstractas
no âmago da realidade física. E as simetrias são, como sempre foram e como a
arte tão bem evidencia [18], manifestações superiores de beleza.
Em conclusão
Há muito espaço –
e há uma multidão de caminhos para percorrer – para a aproximação entre
ciências e humanidades na escola. Uma vez que a escola se destina a preparar
para a vida, a questão é a de saber que vida desejamos para as gerações
seguintes: uma vida fragmentada e quiçá dolorosa ou uma vida plena e tranquila,
na qual saibamos ocupar o nosso lugar no mundo, procurando responder às nossas
interrogações, em particular as que dizem respeito ao desafio que estava
inscrito no templo de Delfos: “Conhece-te a ti mesmo!”
Konrad Lorenz, um
dos pais da etologia e prémio Nobel da medicina de 1973, enfatizou a
necessidade de comunicar a proximidade entre beleza e verdade aos jovens [19]:
“Os
jovens de hoje deem ter acesso à mensagem de magnificência e beleza deste mundo
para que compreendam o lugar do homem no universo e se não abandonem ao
desespero. É preciso fazê-los compreender que a verdade também é bela e está cheia
de mistérios inimagináveis e que não é necessário entregarmo-nos às drogas ou tornarmo-nos
místicos para termos a experiência do maravilhoso.”
Carlos Fiolhais
Professor de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
Referências:
[1]
Snow, Charles P., The Two Cultures and a Second
Look, Cambridge Mass., Cambridge University Press, 1963. Traduções portuguesas são As Duas Culturas,
Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1965, e Lisboa,: Presença, 1996; ver sobre o tema: Fiolhais, Carlos, “‘Estranhas, mas irmãs’: revisitando
a questão das duas culturas”, Revista Lusófona de Estudos Culturais 2, vol. 3 (2016), p. 103 – 111. http://estudosculturais.com/revistalusofona/index.php/rlec/article/view/259/162>.
[2] Fiolhais, Carlos, “Imaginação, ciência e arte”. Biblos. Série
2. Coimbra: Faculdade de Letras da Universidade. Vol. 6 (2008), p. 3-16. http://hdl.handle.net/10316/12372 .
[3]
Fiolhais, Carlos, “Os jardins secretos de Mandelbrot“, in Universo,
computadores e tudo o resto. Lisboa: Gradiva, 1994. http://dererummundi.blogspot.com/2008/08/os-jardins-secretos-de-mandelbrot.html
[4] Keats, John,
“Ode on a Grecian Urn, in Annals for the Fine Arts for 1819, vol. 4. Ver
Complete Poems, Cambridge Mass.: Harvard University Press, 1982. Algumas
odes estão traduzidas em português, ver e.g. Odes, Porto: Livraria Sousa
Almeida, 1960.
[5] Bronowski, Jacob, Science and Human Values. New York: Julian
Messner, 1956. Tradução portuguesa: Ciência
e Valores Humanos, Lisboa, Publicações Dom
Quixote, 1972. Texto reeditado em Bronowski,
Jacob, A Responsabilidade do Cientista e Outros Escritos, (Introd., org. e notas de A.M. Nunes dos Santos, C. Auretta e
J.L. Câmara Leme), Lisboa: Publicações Dom Quixote,
1992.
[6] Bronowski, Jacob, A Ascensão do Homem. Boston:
Little Brown and Company, 1974. Reedição, London: BBC, 2013. Há tradução em
português do Brasil: A Escalada do Homem São Paulo, 3.ª ed., 1992.
[7] Gedeão, António,
Poesias Completas
(1956-1967), Lisboa: Portugália, 2.ª ed., 1968. Reediçºao: “Obra Compçleta, Lusboa: relógio
d’Água, 2004. O prefácio, intitulado “A Poesia de António Gedeão (esboço de
análise objectiva),” é de Jorge de Sena.
Sobre a poesia de Gedeão ver: Fiolhais, Carlos, “Poesia
e Ciência em António Gedeão”, Nova
Síntese, Cultura Científica e Neo-Realismo, Fitas, Augusto J.S., (ed.)Lisboa: Colibri 2019. http://dererummundi.blogspot.com/2019/10/poesia-e-ciencia-em-antonio-gedeao.html
[8] Carvalho,
Rómulo de, “Ciência e Poesia”, Palestra
1 (Lisboa, 1958), p. 20-27.
[9] Christopher
Auretta e António Nunes dos Santos, António Gedeão: 51+3 Poems and Other Writings, Lisboa,
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, 1992. Tradução
em português: “Uma Conversa com Rómulo de Carvalho”, Gazeta de Física vol.
16, fasc. 1 (1993), p. 2-8.
[12] Fiolhais, Carlos, “Ciência e Literatura: Encontros e Desencontros”, Atlântida, LXIII (2018), p. 277-286.
( http://dererummundi.blogspot.com/2018/12/ciencia-e-literatura-encontros-e.html ). Ver também duas antologias sobre ciência e
poesia: e Bochicchio, Maria, e Moura,
Vasco Graça, O binómio de Newton e a
Vénus de Milo. Lisboa: Fundação Champalimaud e Alêtheia, 2011
e Malhó, Rui, O Bosão do João, 88 poemas com música, Lisboa: By The Book,
2014.
[13] Fiolhais, Carlos, “Ciência e
humanismo: a visão da ciência de Erwin Schrödinger. Biblos. Nova série.
Coimbra: Faculdade de Letras da Universidade. N.º 1 (2015), p. 127-151.
( http://hdl.handle.net/10316/40714 ).
[14] Heisenberg,
Werner (1982), “The Meaning of Beauty in the Exact Sciences.” In: Across the
Frontier. New York: Harper & Row, 1974, p. 167-180. Ver também do mesmo
autor: (1984) Physics and Philosophy, New York: Harper & Brothers,
1958, e Physics and Beyond: Encounters and conversations, Harper and
Row, 1971, Tradução portuguesa: Diálogos sobre Física Atómica. Lisboa:
Verbo, 1975. Sobre a estética em Heisenberg ver Videira, António Passos, e
Puig, Carlos Fils, “Realidade, linguagem e beleza segundo Werner Heisenberg,” Prometeica,
n.º 21 (2020), 73-84. (https://doi.org/10.34024/prometeica.2020.21.10410
)
[15] André, João
Paulo, Poções e Paixões, Química e Ópera, Lisboa: Gradiva, 2019.
[16] Calaprice,
Aline, The Ultimate Quotable Einstein, Princeton and Oxford: Princeton
University Press, 2011. Há tradução portuguesa: Citações de Albert Einstein.
Lisboa: Relógio d’Água, 2018, p. 237.
[17] Stewart, Ian,
Why Beauty is Truth. A history of symmetry, New York: Basic Books, 2007, p.
278. Ver também: Chandrasekhar, S., Truth and Beauty. Aesthetics and
Motivations in Science, Chicago and
London: The University of Chicago Press, 1987.
[18] Weyl,
Hermann, Simetria, Lisboa: Gradiva, 2 017, rev. científica e posfácio de
Carlos Fiolhais.
[19] Lorenz,
Konrad, The Waning of Humaneness, Boston: Little, Brown and Company,
1987, p. 209-210.