Por A. Galopim de Carvalho
Tudo começou com um telefonema na manhã do dia 6 de Julho de 1994, já lá vão 30 anos, João Carvalho e os seus companheiros da Sociedade Torrejana de Espeleologia e Arqueologia acabavam de descobrir, na Pedreira do Galinha, junto à localidade de Bairro, entre Torres Novas e Fátima (numa paisagem eminentemente calcária, no flanco oriental da Serra d’Aire), os mais longos e também os mais antigos e bem conservados trilhos de dinossáurios saurópodes de que havia conhecimento.
Foi nesta localidade da freguesia de Nossa Senhora das Misericórdias, do concelho de Ourém, que “Alfredo Galinha, Lda.” iniciou, há décadas, a exploração da pedreira que trouxe à luz do dia a que se tornou uma das mais famosas jazidas com pegadas de dinossáurios do mundo. Exposta na imensa laje que constituía o fundo da pedreira, então ainda em plena laboração, cedo se tornou notícia entre a comunidade científica nacional e internacional.
Vários atributos fizeram desta jazida um caso único, não só do lado de dentro das nossas fronteiras, como à escala do planeta:
1. A abundância e perfeição das pegadas, em número de mais de quatro centenas, organizadas em duas dezenas de trilhos, dois dos quais com mais de 140m de comprimento, constituíram, desde logo, um factor de enorme interesse para o achado.
2. A idade da camada de calcário que conserva um tal testemunho da passagem destes animais, atribuída ao Jurássico médio, com cerca de 175 milhões de anos, representa outra novidade para a paleontologia. Provou-se aqui que este grupo de grandes herbívoros já existia bem representado nesta altura, isto é, uns 25 milhões de anos mais cedo do que o intervalo de tempo que era atribuído à sua passagem pela Terra.
3. O animais e o seu grande porte, deduzido pelas marcas aqui deixadas. Estas, as pegadas, indicam herbívoros (saurópodes) com cerca de 30 metros de comprimento e dezenas de toneladas de peso, o que constitui mais um elemento valorativo da ocorrência.
4. O grande número de trilhos é indicador de determinados comportamentos individuais e sociais.
5. A nitidez e boa definição das pegadas forneceram elementos que ajudam a caracterizar a morfologia das extremidades dos membros.
6. As dimensões da jazida, invulgarmente espaçosa (250x250m) contendo os icnofósseis (ou seja, as pegadas) – o topo de uma única laje, levemente basculada para Norte, no sentido do escarpado (com 30m de altura) deixado pela frente de exploração – dão-lhe invulgar espectacularidade, susceptível de ser apreciada a partir de diversos locais de observação, quais miradouros espalhados ao longo de um percurso pedonal com cerca de 1600m, que circunda a totalidade do Monumento Natural.
7. Grande importância, como polo de atracção turística, convicção amplamente potenciada pela proximidade (10km) do Santuário de Fátima.
Estudos paleontológicos da jazida
Após estudo preliminar da jazida realizado no MNHN, solicitei à Fundação Luso-Americana a vinda a Portugal do Prof. Martin Lockley, destacado especialista em paleoicnologia da Universidade do Colorado, em Denver.
Entusiasmado pelo interesse científico, grandiosidade e espectacularidade desta jazida, este colega elaborou um parecer altamente favorável à defesa de mais este monumental património paleontológico, a fim de ser presente ao governo e às duas câmaras, Ourém e Torres Novas, que partilham entre si a área ocupada pela jazida.
O estudo icnopaleontológico de pormenor desta jazida consta da dissertação de doutoramento de Vanda Santos.
Uma promessa cumprida
Estava-se em plena campanha eleitoral para as legislativas de 1995. Aproveitando a visita a Torres Novas do candidato do Partido Socialista, António Guterres, foi-lhe mostrada a jazida, que não deixou de o impressionar. Questionado sobre o que iria decidir sobre o futuro desta jazida, prometeu empenhar-se na sua defesa.
Com efeito, uma vez eleito, o novo Primeiro-Ministro fez cumprir a sua palavra. Assim, após conversações entre o governo e o industrial, foi acordado pôr fim à exploração, mediante uma indemnização de cerca de um milhão de contos ao concessionário, e a entrega do sítio à administração do então Parque Nacional das Serras d’Aire e Candeeiros (PNSAC). Cabe aqui lembrar o papel significativo da Ministra do Ambiente, Prof.ª Elisa Ferreira, que deu todo o seu apoio a esta causa (era Ministro das Finanças o malogrado Prof. Sousa Franco) e enaltecer o civismo do concessionário Rui Galinha que, com vultuoso prejuízo material, esperou mais de um ano com a exploração suspensa, na incerteza da decisão do referido ministro das Finanças
Programa preliminar
Em 1896 (já lá vão 28 anos), na qualidade de director do então Museu Nacional de História Natural (MNHN), concebi com o apoio, no plano da arquitectura, do Prof. Mário Moutinho, um programa preliminar de musealização deste Geomonumento (é assim que o classifico), que submeti à apreciação de responsáveis, a diversos níveis do governo, do Ambiente, da Educação, da Ciência e Tecnologia, da Cultura, da Juventude e do Turismo, constituindo um primeiro documento onde se propunha um plano de acção a curto, médio e longo prazos, visando a implantação, no local, de uma vasta estrutura museológica e demais equipamentos de apoio. Desse programa, que se perdeu nas gavetas das administrações, constava:
1. restauro e consolidação da camada de calcário que contém as pegadas, mediante intervenção adequada, em especial nas zonas esmagadas e/ou fracturadas pelas cargas de dinamite e sujeitas à erosão pelas águas pluviais. Esta intervenção começou agora a ser executada pela empresa Floradata.
2. valorização das pegadas operando experiências de sombreado (com corantes a definir) que as valorizem qualquer que seja a incidência da luz solar, ou em dias de céu encoberto e iluminação difusa, aliás muito frequentes. Esta sugestão, que ainda não foi adoptada, é a que melhor reproduz a imagem que se tem pela manhã, em dias de sol, evocando um cenário de grande realismo, como se tivessem acabado de passar por ali os dinossáurios de que aqueles trilhos são testemunho. Nunca consegui convencer os responsáveis por este Monumento Natural da necessidade deste procedimento que tive oportunidade de apreciar numa jazida na Alemanha. O recurso à pintura uniforme do total das pegadas, como foi ali tentado, anula-lhes o relevo, oferecendo uma imagem irreal, estampada na pedra, que se afasta do realismo que deveria ser procurado.
3. implantação de um sistema de passadiços, sobrelevados 20 a 30 cm do chão, ladeando os principais trilhos, com gradeamento, que permitissem ao visitante percorrê-los sem pisar a laje, num circuito cómodo. Esta sugestão foi agora adoptada.
4. criação de um “jardim jurássico” com plantas de grupos característicos do Jurássico e ainda existentes, a localizar num recanto da pedreira, há muito abandonado e abrigado do quadrante norte, exemplificativo da flora contemporânea dos dinossáurios que ali viveram. Este recanto seria valorizado pela simulação de um ambiente tropical, húmido e quente, em regime de estufa. Entre as plantas e por indicação do Prof. Fernando Catarino, deveriam figurar, ali Equisetum, Polipodium, Pteridium, Cycas, Ginkgo, Araucaria, Podozamites, Cupressus, Taxodium, Podocarpus, etc. No interior deste jardim, projectava-se a localização de um lago naturalizado. Da superfície da água deste lago propunha-se que saísse, o longo pescoço e a cabeça de um saurópode, dispensando, assim, a execução do restante corpo do animal (a mais dispendiosa) cuja presença submersa fica subentendida. Esta proposta de jardim Jurássico foi parcialmente concretizada mais tarde. Fazer sair da água do lago o pescoço de um herbívoro, semelhante aos que ali deixaram as pegadas, constituiria um elemento pedagógico sugestivo e de custo reduzido.
5. percurso de circulação pedonal, aproveitamento de um percurso na periferia do sector da pedreira, onde se distribuem as pegadas, com definição de locais de observação apoiados em painéis explicativos. Neste percurso, minimamente naturalizado e equipado (réplicas de diversas espécies de dinossáurios, bancos, guaritas, cestos para papéis e lixo, bebedouros, sanitários), deveria ser privilegiado, como miradouro, um local bem definido a WSW, no enfiamento dos dois trilhos principais, uma vez que é daqui que se obtém a visão mais grandiosa e espectacular da jazida. Este miradouro não foi instalado.
6. criação de um museu e centro de interpretação com o equipamento adequado (auditório, biblioteca e arquivo, salas de exposições e oficinas pedagógicas, refeitório, cafetaria, loja, sanitários etc.), agora muito parcialmente concretizado.
7. exposição de esqueletos montados, num pavilhão concebido para oferecer ao visitante um complemento do maior interesse pedagógico.
8. parque de merendas convenientemente equipado.
9. viagem no passado da terra entendida como um circuito pedonal concebido como uma viagem no passado da Terra, ao longo do qual se poderia observar uma sucessão convenientemente escolhida de réplicas de animais e plantas que só conhecemos através dos fósseis, incluindo, no final, o Homem pré-histórico, bem enquadrados em encenações adequadas, com vegetação arbórea e arbustiva compatível, à semelhança do que existe no museu de ar livre de Münchehagen (Hanover, Alemanha).
10. espectáculos nocturnos de luz e som, tendo em conta a grandiosidade da jazida e a proximidade de um centro grandemente atractor de visitantes – Fátima - foi considerada a hipótese de instalar aí um complexo sistema informatizado, em realidade virtual, com utilização de “luz lazer”, para apresentação, em espectáculos nocturnos de luz e som, durante os meses estivais.
11. combóio do tempo, no género dos conhecidos “comboios-fantasmas”, que atraem curiosos de feira em feira, circulando num “corredor do tempo” onde, com recurso aos novos meios de imagem, o visitante pudesse recuar à pré-história.
12. jardim infantil, equipado com elementos usuais neste tipo de espaço, tais como carroceis, baloiços, escorregas, etc., concebidos com base em estilizações de dinossáurios e de outros animais pré-históricos.
13. silhuetas gigantes. A jazida tem como fundo de horizonte próximo, a NE, um cabeço arredondado onde poderiam ser colocadas silhuetas gigantes de saurópodes (à semelhança do touro da “Domecq”, em Espanha). Do lado oposto, a NW, um cabeço mais amplo e mais próximo, permitiria a implantação de uma manada de adultos e crias de saurópodes, descendo a vertente, no sentido da jazida.
14. restaurante e/ou cafetaria com área coberta e esplanada.
15. albergue de juventude, com um número de camas a definir, sugeriu-se a hipótese de adaptação a de uma construção situada 400 m a NW da jazida, de momento com um impacte visual negativo, mas susceptível de beneficiação.
16. parque automóvel. Em apoio aos visitantes considerou-se a criação de um parque automóvel para ligeiros e pesados, de dimensões a definir.
17. os anúncios publicitários do complexo museológico, para além daqueles a colocar nas estradas interiores de acesso ao local, a partir de Fátima, de Torres Novas, de Ourém, etc., deverão incluir informação adequada na autoestrada A-1 (Lisboa-Porto).
Primeiro Grupo de Trabalho
No sentido de sensibilizar o governo de então a salvar este logo entendido como um importante geomonumento, organizou-se um grupo de trabalho coordenado pela Arqtª. Maria João Botelho, então directora do Parque Natural das Serras d'Aire e Candeeiros (PNSAC), o Eng.º. Carlos Caxarias, em representação da Direcção Geral de Minas, o Dr. José Manuel Alho, então como elemento da Quercus, o industrial Rui Galinha, o vereador David Catarino, mais tarde presidente da Câmara Municipal de Ourém, o então vereador Pedro Ferreira, da Câmara Municipal de Torres Novas, também ele, mais tarde, presidente desta autarquia, e uma representação do Museu Nacional de História Natural, composto pela paleontóloga, Drª Vanda Santos e por mim, na qualidade de director do dito MNHN.
O local de reunião foi o escritório da própria pedreira e para ali se correu regularmente durante meses até se conseguir o objectivo final: salvar a jazida.
Monumento Natural. Por proposta minha, era eu Director do MMNHN, esta jazida foi classificada como Monumento Natural, em 1966, pelo Decreto Regulamentar 12/96 de 22 de Outubro.
Segundo Grupo de Trabalho
Em Janeiro de 1997, foi criado pelo ICN, por diligência da então Presidente Teresa Andresen, um grupo de trabalho visando o “Programa de Intervenção no Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios da Serra d’Aire”, coordenado pelo Dr. José Manuel Alho, de que fiz parte e no qual pudemos contar com a valiosa participação do Arqtº. Martins Barata. Os trabalhos prosseguiram a bom ritmo, havendo, na altura, disponibilidade financeira para executar algumas das propostas iniciais e outras surgidas no seio deste grupo de trabalho, isto enquanto durou a equipa ministerial liderada pela professora Elisa Ferreira.
Desde a sua abertura ao público e até 2002, houve financiamento para inovações importantes, com destaque para o “painel do tempo”, uma pintura mural com 25 m de comprimento, da autoria de Martins Barata, anexa ao jardim jurássico, e o “aramossaurus”, uma enorme estrutura metálica, estilizando um gigantesco saurópode em tamanho natural, do tipo daqueles que deixaram ali os seus rastos há 175 milhões de anos, concebida pelo mesmo arquitecto. Esta mais-valia, assim chamada porque o estudo inicial, em modelo reduzido, foi construído em arame, está implantada em local cimeiro, é visível de todos os pontos do Monumento Natural.
Numa primeira fase, o PNSAC abriu a jazida ao público, com um mínimo de equipamentos que permitiam uma visita, não a ideal, mas satisfatória, antecedida de uma explicação prévia em vídeo, seguida de um percurso a pé, ao longo de um itinerário traçado, apoiado com vários painéis explicativos. Satisfazia-se, assim, ainda que provisoriamente, alguma pressão que se fazia sentir por parte da imprensa e de um público legitimamente curioso e sempre interessado.
Desde logo fico claro que esta jazida é um local de potencial científico, pedagógico, cultural e, por todas estas razões, também, turístico.
1. científico, porque foi alvo de estudo (publicado em diversos trabalhos, incluindo uma dissertação de doutoramento);
2. pedagógico, na perspectiva de prestar apoio ao ensino, dirigido a grupos escolares nas áreas da geologia regional (Maciço Calcário Estremenho), da paleontologia e da paleobiologia dos dinossáurios, da educação ambiental e, ainda, na reciclagem e na actualização de conhecimentos destinadas a educadores e professores;
3. cultural, na medida que tem preocupações de divulgação do saber científico, destinado ao público, não só no domínio da temática da jazida, como no das Ciências da Natureza e do Ambiente, em geral;
4. turístico, por enquanto intencionalmente moderado, será função do investimento que aqui se venha a fazer e na perspectiva de que ali, mesmo ao lado, dez quilómetros a Norte, o Santuário de Fátima recebe milhões de visitantes por ano.
Protocolo de 18 de Maio de 1998 Com vista à conveniente musealização do que passou a ser designado por Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios da Serra d’Aire, o MNHN assinou, em 18 de Maio de 1998, um protocolo com Instituto de Conservação da Natureza (ICN), o Instituto de Promoção Ambiental (IPA)e a Associação para o Desenvolvimento das Serras d’Aire e Candeeiros (ADSAICA). Neste espírito, seja qual for o regime (público ou privado) da sua exploração turística, o MNHN continua a ter competência para participar na elaboração das citadas regras e na fiscalização do seu cumprimento por parte das eventuais entidades concessionárias, e deverá ser chamado a fazê-lo.
Além deste aspecto, o MNHN, como entidade neste processo com idoneidade científica para o objectivo em vista, deverá continuar a participar na produção de toda a documentação informativa no que concerne os aspectos científicos, pedagógicos e culturais da ocorrência, tais como guias, folhetos, brochuras, cartazes, postais, diapositivos, vídeos, etc.
Nunca, no espírito deste protocolo o Museu foi chamado a participar no que ali se decidiu fazer. A 9 de Julho de 2022, teve lugar, na dita pedreira, a inauguração do Centro de Interpretação e de um bem pensado conjunto de passadiços que permitem ver de perto os longos trilhos com pegadas de dinossáurios. Tratou-se da concretização de uma pequena parte do dito programa preliminar. Sou o primeiro a felicitar o ICN e a ADSAICA pelas intervenções inauguradas, estou certo de que muito mais se poderá e deverá fazer e tenciono envolver-me, ao limite das minhas capacidades, na sua concretização.
Nessa ocasião tornei público um meu propósito relativamente a este Geomonumento. Era um sonho ambicioso, mas todos sabemos que “sempre que um homem sonha, o mundo pula e avança. O que eu então pretendia e pretendo ultrapassa o muito e bom que já li se fez. Trata-se de uma iniciativa pessoal que só me compromete a mim, não só na qualidade de cidadão, que sempre fui sou, mas também na de quem, desde a primeira hora, ali deixou muito trabalho. Já o afirmei, por palavras faladas e escritas, que não pretendo ultrapassar ninguém. Felizmente que o relacionamento com o ICNF foi o melhor que se podia desejar e que o sucesso alcançado se, sobretudo, ao trabalho do Eng.º Rui Rombo, Engª geóloga Lia Mergulhão e Drª Ana Falcão. O sonho começa a ser realidade.
Tenho 93 anos, muito provavelmente não o irei ver concluído, mas vê-lo arrancar já é uma felicidade.
Este meu propósito, muito claro e frontal, era:
1. divulgar amplamente a real importância desta jazida.
2. convencer as entidades que o tutelam a encontrarem meios para fazer nascer um projecto a ser” pensado em grande”, com projecção internacional, compatível com as características que o distinguem a nível mundial;
3. convencer as mesmas entidades a encontrarem o financiamento necessário à sua execução.
Oportunamente, informei, deste meu propósito, o Director Regional de Lisboa e Vale do Tejo do ICNV, os presidentes das Câmaras Municipais de Torres Novas e Ourém e o presidente da Associação para o Desenvolvimento das Serras d’Aire e Candeeiros (ADSAICA) e o Reitor da Universidade de Lisboa.
Sou o primeiro a felicitar o ICN e a ADSAICA pelas intervenções que acabam de inaugurar, estou certo de que muito mais se poderá e deverá fazer e tenciono envolver-me, ao limite das minhas capacidades, na sua concretização.
ESTAMOS TODOS DE PARABÉNS Ontem, 09 de Dezembro de 2024, no pequeno auditório do Monumento Natural com Pegadas de Dinossáurios de Ourém-Torres Novas, foi assinado, pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Associação Portuguesa dos Industriais de Mármores, Granitos e Ramos Afins (ASSIMAGRA) e Associação para o Desenvolvimento das Serras d’Aire e Candeeiros (ADSAICA), o protocolo para a 1ª fase da musealização deste importante geomonumento.
A utopia é a força que transforma os sonhos em realidade.