sábado, 10 de fevereiro de 2024

15 CITAÇÕES DE VOLTAIRE, O CAMPIÃO DA ACUTILÂNCIA E DO SEMPRE A PROPÓSITO

Voltaire (1694 – 1778), foi um dos ilustres fundadores do iluminismo, um aguerrido defensor de causas e o manejador de uma das mais vivas e acutilantes penas que jamais existiram em França ou algures. Prolífico escritor, filósofo, contista, poeta, dramaturgo, ensaísta, historiador, epistológrafo que nos legou um admirável acervo de correspondência inimitável, certeira, escorreita, sempre ladina e instrutiva (cerca de 20 000 espécies, de que possuo apenas 1000…), este incansável promotor e agitador de ideias, que não hesitou em opor-se ao Rei e à Igreja Católica, pagou a sua temeridade com a Bastilha (duas vezes) e o exílio em Ferney, perto de Genebra. O que não o impediu de ser eleito para a Academia Francesa e de, no final da vida, ter beneficiado de um cortejo triunfal até Paris. Frederico da Prússia fez tudo para o ter como hóspede, na sua corte, e Ferney tornou-se a corte intelectual de toda a Europa.

Deixou-nos várias obras de valor perene, mas bastaria o seu inigualável CANDIDE, para ficar, para sempre na história da literatura universal. E, já agora, a sua novela ZADIG OU O DESTINO, é um magnífico precursor do romance policial.

Dou, a seguir, de entre as centenas de aforismos insertos na sua obra, 15 que escolhi e traduzi. 
 
Eugénio Lisboa

O melhor governo é aquele onde há o mínimo de homens inúteis.

A felicidade é frequentemente a única coisa que se pode dar sem se possuir e é, dando-a, que ela se obtém.

Fala-se sempre mal quando nada se tem a dizer.

Revelar o segredo de outro é traição, revelar o seu próprio é tolice.

Decidi ser feliz porque é bom para a saúde.

O fanático é um monstro que ousa dizer-se filho da religião.

A beleza agrada aos olhos, a doçura encanta a alma.

A política é a arte de mentir a propósito.

Aquilo a que chamamos acaso é talvez, apenas, a causa ignorada de um efeito conhecido.

Não estou de acordo com o que V. diz, mas bater-me-ei até ao fim para que o possa dizer.

Achou-se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros.

A dúvida é um estado mental desagradável, mas a certeza é ridícula.

Não foi Deus quem inventou o homem, mas o homem quem inventou Deus.

1 comentário:

Anónimo disse...

Campeão é com "e".
"Errar humanum est".

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