A imagem é, simbolicamente, forte. Foi, claro está, criada para o ser.
Traduz na perfeição o "ar do tempo", aquele que se respira em todo o lado e, a avaliar pelos currículos oficiais, nas escolas públicas.
A Acrópole (Atenas, século V aC.), património mundial da Unesco, símbolo do alvorecer do que designamos por cultura ocidental, a qual inclui o amor ao conhecimento e o despertar da democracia, pisada, esmagada por uma sapatilha de certa marca comercial com implantação global.
2 comentários:
ao menos podia pôr a marca sempre era um acrescento, é um sinal dos deuses o ténis de zeus a abençoar os endividados gregos, é tudo uma questão de perspectiva
Os currículos vigentes nas escolas públicas portuguesas refletem a política geral de Panem et Circenses do Governo da República, que, um dia, há de resgatar jornaleiros agrícolas, operários fabris, soldados e marinheiros, da pobreza para que foram lançados por ocasião do golpe militar do 25 de Novembro de 1975. Note-se que, "muitas das vezes" , as escolas ficam abertas nas férias para continuar a distribuir comida aos alunos. Do omnipresente circo, no pior sentido da palavra, "em contexto de sala de aula", já nem se fala porque os jornais e as televisões só querem novidades. Se, ao menos, os trabalhadores por turnos forem aumentados, no decorrer da próxima legislatura, e a carne, o peixe, os ovos, a farinha, o pão, os grelos, a manteiga, o açúcar, as batatas, os nabos e o vinho não tiverem IVA, menos mal!
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