sábado, 6 de julho de 2024

“ARQUIVOS DA NATUREZA”

Por A. Galpim de Carvalho
 
“Saxa loquuntur” é a expressão latina que quer dizer “as pedras falam”. São como que livros onde está escrita a história da Terra.

Esta interessante imagem, que retirei da Exposição de Maura Grimaldi, em Lisboa, de 27/06 a 27/07 de 2024, diz que as pedras, no seu falar de silêncio, revelam a quem as sabe escutar, não só de que foram e como foram feitas e, muitas delas, a respectiva idade Com efeito, as pedras, ou seja, as rochas podem ser entendidas como documentos escritos que os geólogos aprendem a ler. No caso particular das rochas sedimentares, as letras dessa escrita são, sobretudo, os seus minerais e os fósseis que muitas delas encerram, há milhões de anos. Nas outras duas classes de rochas, as magmáticas e as metamórficas, os fósseis, salvo em casos muito especiais e raros, não têm representação.

Fixemo-nos, portanto, nas rochas sedimentares, como as mais importantes neste discurso. Como constituintes mais peliculares da litosfera, acessíveis à curiosidade dos geólogos, estas constituem um domínio particularmente importante da Geologia e são o fulcro das preocupações da Sedimentologia, uma especialização relativamente recente que se fica a dever aos interesses das grandes empresas petrolíferas. Armazéns ou arquivos de vultuosa informação, estas rochas têm-nos permitido conhecer grande parte da história da Terra e da vida. Numa linguagem com preocupações de estilo, poder-se-ia dizer que as rochas sedimentares trazem consigo as marcas dos seus progenitores, as das condições ambientais em que foram geradas e, muitas delas, a data do seu nascimento. É, pois, nesta medida que podemos comparar as camadas de rochas sedimentares às páginas de um grande livro onde está escrita essa história.

Em 1941, o físico e cosmólogo ucraniano, naturalizado norte-americano, George Gamow (1904-1968).escreveu: “O Livro dos Sedimentos, reconstruído pelo esforço de diversas gerações de geólogos, equivale a um extensíssimo documento histórico, ao lado do qual todos os alentados volumes da História da Humanidade não passam de insignificantes opúsculos”.

Se o leitor abarcar os como e os porquês, os quando e os onde da dinâmica inerente aos processos que levam à alteração das rochas em superfície por efeito dos agentes externos, à erosão, ao transporte e à sedimentação, ou seja, à sedimentogénese; Se interiorizar os principais conceitos sobre os mais variados ambientes de sedimentação (marinho litoral, marinho profundo, fluvial, estuarino, deltaico, glaciário, eólico, lacustre, entre os mais conhecidos) que hoje nos rodeiam em todas as latitudes, a ponto de os poder correlacionar com os do passado; Se souber que foram ambientes iguais ou semelhantes a esses que, ao longo de milhares de milhões de anos, estiveram na origem de uma parte substancial das rochas da crosta (as sedimentares) e se adquirir preparação de base nestes domínios.

Irá entender a maravilhosa história do planeta que nos deu e assegura a vida, e deixará de olhar para a Geologia como uma disciplina desinteressante e fastidiosa que, tantas vezes, professores não habilitados, seguidores acríticos de manuais de ensino estereotipados, debitam sem entusiasmo, por dever de ofício, que o aluno decora por obrigação curricular e que lança no caixote do esquecimento, passado que foi o exame final.

Tem sido este o quadro nacional no ensino obrigatório, onde a Geologia sempre foi subalternizada. Foi este o quadro em que, salvo as sempre honrosas excepções, cresceram e se formaram as mulheres e os homens que hoje temos na política, na administração, nas empresas, na cultura, nos media, no cidadão comum.

No século X, a Enciclopédia de Os Irmãos da Pureza, obra colectiva acabada por volta 980, diz, numa notável antecipação aos modernos conceitos, que “a erosão destrói perpetuamente as montanhas e que o escorrer das águas pluviais arrasta rochedos, pedras e areia para o leito das torrentes e rios; diz-se ainda que, por seu turno, ao escoarem-se, os rios acarretam tais materiais para os pântanos, lagos e mares, onde os acumulam sob a forma de camadas sobrepostas”.

No século XIII, Alberto, o Grande (1206-1280), aludia ao “lodo agarradiço e viscoso, trazido pelas águas, que cimenta a terra (material detrítico, desagregado) e a transforma em rocha dura”.

No século XIV, Jean Buridan (circa 1300-1360), filósofo francês e reitor da Universidade de Paris, questionou algumas das concepções aristotélicas e ecreveu, reformulando uma ideia vinda da Antiguidade: “Onde hoje se encontra o mar foi outrora terra e, inversamente, onde a terra firme está no presente, esteve o mar e aí voltará”. No século XV, Leonardo da Vinci (1452-1519) admitia que os fósseis encontrados nas montanhas eram restos de seres vivos depositados no fundo dos mares. Polemizando entusiasticamente com os defensores de ideias conservadoras, contrárias às suas, da Vinci descreveu notavelmente os grandes processos actuais e passados da erosão, sedimentação e fossilização, numa óptica muito próxima das concepções presentes.

No século XVII, o dinamarquês Niels Steensen (1638-1686), médico e cientista, teve papel igualmente importante na área da geologia sedimentar, no seu todo, incluindo a estratigrafia, muito antes desta disciplina se ter afirmado como tal, dizia: “se as conchas e outros restos de antigos seres vivos, encontrados nas rochas de uma dada região, são despojos de animais marinhos, as camadas que os contêm são necessariamente marinhas”, concluindo que o mar ocupara essa região. Por outro lado, ao dizer que “as camadas são formadas paralelamente à horizontal, em obediência à gravidade terrestre”, Steno introduziu o que ficou conhecido por “princípio da horizontalidade original”, concepção que lhe permitia concluir: “quando as camadas se encontram inclinadas, tal é devido a deformação posterior". Uma outra sua afirmação, segundo a qual, “qualquer camada é mais moderna do que a que lhe fica por baixo e mais antiga do que a que lhe está por cima”, foi considerada o “princípio fundamental da estratigrafia”, pois mostrou que as camadas sedimentares são cada vez mais modernas à medida que se sobe na série. Estas afirmações constituem hoje verdades mais do que evidentes, mas foram, na época, o abrir portas a grandes passos em frente. Com este autor, as sucessões de camadas sedimentares passaram a funcionar como “arquivos da natureza”, como lhes chamou, mais tarde, o naturalista e geólogo alemão Peter Simon Pallas (1741-1811), e o geólogo francês Faujas de Saint-Fond (1741-1819), ou como “anais do mundo físico”, no dizer do padre francês contemporâneo, Giraud Soulavie (1752-1813), fundador da moderna estratigrafia paleontológica.

No século XVIII, o geólogo escocês, James Hutton (1726-1797), considerado o pai da geologia moderna, afirmou “A história da Terra pode ser decifrada a partir do estudo das rochas sedimentares estratificadas, uma vez que estas rochas se geraram de modo comparável ao dos modernos sedimentos em formação sob os nossos olhos”. Este raciocínio é hoje usado, automaticamente, sem qualquer hesitação, quando, através do estudo das rochas sedimentares, procuramos conhecer o ambiente e as condições em que foram geradas. Uma tal concepção, que constituiu um passo decisivo neste tipo de investigação, assenta nos trabalhos de Hutton e do seu concidadão Charles Lyell (1797-1895). Conhecido por “Princípio do Uniformitarismo”, “Princípio do Actualismo”, ou “Princípio das Causas Actuais”, dele se conhece a expressão que ficou clássica – “O presente é a chave do passado”. Esta frase diz concretamente, na situação em que aqui é usada, que qualquer corpo de rocha sedimentar foi depositado por agentes geológicos vulgares, tais como gravidade, chuva, vento, água corrente, gelo, acções marinhas, etc., todos eles processos familiares nos dias de hoje.

As rochas sedimentares, no geral sedimentos antigos posteriormente compactados e transformados em pedra (litificados), guardam as marcas deixadas pelos ambientes e agentes deposicional semelhantes aos actuais. É, pois, com base neste princípio que se elaboram reconstituições paleoambientais, contemporâneas das rochas sedimentares correlativas. Hutton dizia, ainda, que “a Terra é um sistema dinâmico, cuja superfície está constantemente em transformação em virtude do calor armazenado no seu interior e dos efeitos causados em superfície pela energia solar”. Por outro lado, no desenvolvimento da teoria plutonista, de que foi o protagonista mais visível, as rochas sedimentares ganharam o significado que não tinham tido até então. Com efeito, o modelo cíclico implícito nesta visão resultava, segundo ele, de “um equilíbrio dinâmico entre o soerguimento do terreno (elevação de montanhas), por efeito do calor interno, e a sua erosão”. Hutton mostrou, também, que os materiais resultantes desta erosão eram acumulados em sucessivas camadas sedimentares e aí consolidavam, originando rochas como conglomerados, arenitos, argilitos, calcários, entre outras. Ao dizer que “as camadas de rochas sedimentares foram antigos sedimentos que se transformaram em rochas”, Hutton dava ênfase à petrificação ou litificação dos sedimentos, um processo geológico com duração de milhões de anos, habitualmente referida por diagénese.

Dizia ainda este, que foi professor de geologia da Universidade de Edimburgo, “que não via vestígios nas rochas que lhes indicassem um começo”. Esta outra particularidade da sua concepção cíclica trouxe novamente, para a ribalta das grandes controvérsias científicas da época, o problema da dimensão do tempo geológico, imenso na teoria huttoniana, em contraste com os cerca de 6000 anos defendidos pela Bíblia.

quinta-feira, 4 de julho de 2024

MEU DISCURSO NO DIA DA CIDADE DE COIMBRA:

 Quero agradecer à Câmara Municipal de Coimbra, na pessoa do seu Presidente, a grande honra de me distinguir com a medalha de ouro da cidade, hoje no Dia da Cidade. Agradecer também aos meus familiares, amigos e colegas, aqui presentes ou noutros sítios, que me acompanham neste momento de festa: ninguém faz nada sozinho e esta medalha é, com toda a justiça, também deles. E agradecer ainda ao Dr. José Urbano o generoso elogio que me fez: ele foi um dos meus mestres mais relevantes.  Com ele aprendi mais que física, aprendi vida. Como disse Georges Steiner em «As Lições dos Mestres», «a missão de professor é a mais privilegiada: é a de despertar noutro ser humano poderes e sonhos; induzir no outro o amor por aquilo que ama; e fazer do interior do seu discípulo o seu futuro.» Ninguém é nada sem os seus mestres, as pessoas de quem recebe a herança da humanidade e com quem aprende que essa herança se deve transmitir. Foi com o Dr. Urbano que fiz o meu primeiro artigo científico, pelo que foi ele que me abriu as portas para o maravilhoso mundo da ciência, que eu fiz por abrir a outros. Continua a ensinar-me generosidade, que é meu dever transmitir a outros. Agora elogiou-me de um modo que me tocou a mim, mas não só a mim, também decerto à minha mulher: ela ficou a saber que não é a única que me elogia, embora, devo dizer e estou grato, o faça com muito maior frequência.

Como hoje é o Dia de Coimbra, gostava de prestar a minha homenagem à cidade onde, não tendo nascido, vivo desde os meus sete anos, portanto, há mais de 60 anos. Foi em Coimbra que estudei, primeiro na escola dos Olivais, depois no Liceu D. João III, hoje José Falcão, e depois ainda na Universidade de Coimbra. Morador nem Santo António dos Olivais lembro-me de em rapaz vir a pé à Baixa requisitar livros na Biblioteca Municipal, comprar o jornal  e voltar de eléctrico, porque para cima os santos não ajudam. Foi em Coimbra que vivi como caloiro, há 50 anos, o 25 de Abril. Tanta gente aqui passou  que, como eu, se encantou por Coimbra: destaco Vitorino Nemésio, que sendo dos Açores escolheu a cidade, especificamente Santo António os Olivais, para sua última morada. E, antes dele, António Nobre, o autor do extraordinário poema «Carta a Manoel» do livro «Só» (1872) que me permito citar: «Contudo, em meio desta fútil coimbrice,/ Que lindas coisas a lendária Coimbra encerra! (…) Quero mostrar-te Coimbra. Hás-de gostar. Partamos. / Dá-me o teu braço e vem daí comigo, vamos! » Coimbra tem tanto para mostrar… Esta é a cidade da Regina Rocha, do Diogo Ribeiro, do José Alves Reis e outros (que me perdoem não dizer todos os nomes), que têm mostrado Coimbra ao país e ao mundo, com quem tenho a honra de partilhar a homenagem de hoje.

Coimbra, diz a canção, é uma lição de «sonho e tradição». Embora pareça muitas vezes pesar mais a tradição, pela minha parte gostava que prevalecesse o sonho. Coimbra tem um rico passado, mas eu não estou decerto sozinho ao afirmar que pode ter um futuro ainda mais rico: o melhor, em Coimbra, ainda está para vir. Coimbra pode ser bem melhor do que tem sido. Temos de ousar criar esse futuro. Depende, em boa medida, de nós, do nosso sonho, da nossa vontade e do nosso esforço. Coimbra deu-me muito e eu quero retribuir a Coimbra o que me deu: já dei os meus livros que vão ficar à beira do Mondego, e posso dar mais da minha vontade e do meu esforço. Quando a vontade e o esforço de muitas pessoas se juntarem, a nossa cidade será o que muitos de nós ansiamos, um sonho realizado. Cito de nome António Nobre: «Dá-me o teu braço e vem daí comigo, vamos!»

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Gempedia: A Comprehensive Glossary for Gemstones and Gemmology

Por A. Galopim de Carvalho

Gempedia: A Comprehensive Glossary for Gemstones and Gemmology By Rui Galopim de Carvalho, 2024. AIGS – Asian Institute of Gemological Sciences Co. Ltd, Bangkok, Thailand, https://shop.gem-a.com/product/gempedia-by-ruigalopim-de-carvalho, 719 pages, ISBN 978-9727809172. GBP50.00 softcover.
 
When I was asked to review Gempedia, I was very pleased to do so. When I received the book, however, I wasn’t sure what I had gotten myself into: 718 pages, with an average of 10 items on each page. What a task! I started checking every word, but soon realised that it would take me at least half a year to go through this enormous work. So I scanned through it, and spot-checked entries here and there, and am quite impressed. The book starts with a foreword by Gem-A’s CEO Alan Hart, who describes how the idea of Gempedia was born. This is followed by an introduction by the author himself, dealing with the story of the book, the sources he used, and explanations of the content and the possible flaws one may encounter. 
 
He also mentions his special interest in some subjects that may have gotten more attention than others, and requests that readers contact him if they find a mistake or missing terms. The introduction ends with a huge list of acknowledgments of people who provided assistance and/or inspiration. After this, the glossary goes straight to the letter A. As I was scanning through the book, I thought of many terms and checked to see if they were included—and they all were. Sometimes they were a little bit hidden, and sometimes the descriptions were a bit too short or too long, but they were there. I then consulted a diamond reference book (Herbert Tillander’s Diamond Cuts in Historic Jewellery Gempedia: A Comprehensive Glossary for Gemstones and Gemmology By Rui Galopim de Carvalho, 2024. AIGS – Asian Institute of Gemological Sciences Co. Ltd, Bangkok, Thailand, https://shop.gem-a.com/product/gempedia-by-ruigalopim-de-carvalho), which has a useful glossary for diamonds at the end, and compared it with the contents of Gempedia. Approximately two-thirds of the terms in Tillander’s glossary were present. 
 
What was missing were some weights or a few old descriptions of cuts or weights. I then checked Gempedia for various terms found in a gemmological journal, and could not find any important ones missing. All of the gem materials I checked for in Gempedia are listed, including rare and newer ones such as johachidolite and johnkoivulaite, and many misnomers are explained. Several famous gems and pearls are listed. Pearls have an exceptionally large coverage, including known species of shells and the pearls they produce. Historic places and jewellery pieces are covered, as are important mining areas, instruments commonly used in gemmology, major laboratories, treatment methods and their detection, and some cutting and trading centres, as well as old and new cutting styles. In summary, there is not much that is not covered! 
 
Of course, there are some typos or spelling errors, and some terms are missing. After all, it is a glossary and not an encyclopedia. (Gemmology probably should have its own encyclopedia, but that cannot be done in one volume, and probably not in a lifetime.) Since further editions of Gempedia are planned, this reviewer strongly recommends that anyone who notices an error report it to the author, as requested in the book’s introduction. Since the first printing of the book, a list of errata has already been issued, and can be downloaded from https://ruigalopim.com. 
 
A minor point of criticism I have heard from others (and noticed myself) is an inconsistency in choice of entities and places that are included. Some laboratories are listed, while others are not, although they have similar importance in the industry. The same applies to cutting and trading centres. As for the listing of famous gems, this also needs more attention in the future, as some are not mentioned. In summary, the advantages of having such an important compilation of accurately defined gemmological information by far outweigh the few missing terms. As such, this book should be included in any gemmological library and be readily available to every gemmologist in a gem lab. For the author, updating this book will probably continue throughout his lifetime, yielding many editions, as changes in gemmology are never-ending, with new mines found, new treatments encountered and new methods of detection developed. Please carry on!

Dr Lore Kiefert fga Dr Lore Kiefert Gemmology Consulting Heidelberg, Germany

APOKÁLYPSIS

Por A. Galopim de Carvalho

Quem estudou História sabe que sempre foi assim.
A par da sólida, distraída e despudorada riqueza,
sobrevive a mais triste, indigna e irremediável pobreza.
Sempre assim foi e sempre assim será.
Mas virá um dia,
não sei quando, mas virá,
em que, esgotados os recursos do planeta,
exaurido pela sobreexploração a que estamos a assistir,
os pobres, com séculos de experiência na pobreza,
levarão a palma na luta pela sobrevivência

Esta dolorosa desigualdade continua sem dar sinais de diminuir,
numa sociedade onde a riqueza do planeta, a ciência e a tecnologia
têm tudo o que é preciso para a erradicar.
O mundo das finanças ainda não percebeu que este drama vai ter um fim.
Não sabemos quando, mas vai ter.
Mais próximo do que se possa imaginar.

Ricos e pobres serão iguais, mas na pobreza.
Nesse futuro, um diamante vale menos do que um copo de água.
Nesse futuro, os pobres estarão em vantagem
porque ganharam toda a sabedoria de viver em pobreza.

O Mundo tem de dar uma volta!
Muito grande!
Mais cedo ou mais tarde, mas vai dar.
E será com muito sofrimento,
mas vai dar.

Liberto do “Homo sapiens”,
O Mundo irá renascer
Para um novo ciclo de milhares de milhões de anos.
Talvez possa gerar um novo ser
mais inteligente do que “esta coisa” que somos nós.
Em sucessivos ensaios e erros
regulados pelas leis da física e do acaso.
Para tal só necessita de tempo.
E isso não lhe irá faltar.

“ARQUIVOS DA NATUREZA”

Por A. Galpim de Carvalho   “Saxa loquuntur” é a expressão latina que quer dizer “as pedras falam”. São como que livros onde está escrita a ...