Por A. Galopim de Carvalho
Quando, na antiga Atenas, Platão, o discípulo de Sócrates e professor de Aristóteles, começou a agrupar outros pensadores para, em conjunto, reflectirem e dialogarem sobre múltiplos temas do pensamento, fê-lo nos chamados Jardins de Akademus (o herói dos mitos atenienses), pelo que o grupo passou a ser conhecido por “Akademia”.
Actualmente, o termo designa estabelecimentos de ensino superior, sociedades de caráter científico, artístico ou literário, ou certas escolas onde se ministram práticas desportivas, artísticas, de cozinha e outras.
Para mim, academia teve sempre a conotação de algo relacionado com intelectuais senhores da sua importância (há excepções como em todo o lado), para não usar a palavra “sábios”, como se dizia antigamente.
Há um bom par de anos, o Prof. Orlando Ribeiro (uma da excepções), geógrafo de prestígio internacional, meu mestre e amigo, contou-me que, numa das sessões que então se faziam na Academia das Ciência de Lisboa, um importante e enfatuado colega mais velho, académico como ele, de há muito jubilado, disse em conversa entre pares, para quem quis ouvir: "Com esta minha idade, faço tudo o que fazia na minha juventude".
Ao que ele, Orlando, num leve sorriso sacana, respondeu, de imediato: "Vossa Excelência, Senhor Professor, deve ter tido uma juventude muito triste!".
Ao que ele, Orlando, num leve sorriso sacana, respondeu, de imediato: "Vossa Excelência, Senhor Professor, deve ter tido uma juventude muito triste!".
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