Prestei declarações ao Observador há dias sobre este assunto. Ver aqui. O assunto tem algumas subtilezas pelo que a peça jornalística teria lucrado com uma revisão científica. Assim, por exemplo:
- a temperatura só pode ser vista como o grau de agitação molecular no modelo dos gases perfeitos. De resto, a termodinâmica abstrai completamente da constituição dos sistemas.
- a 1.ª lei não está bem exposta. Diz que se um sistema estiver isolado termicamente, medimos toda a variação de energia interna ocorrida através de trabalho. Se não estiver isolado há fluxos de calor com o exterior, e nesse caso a variação da energia interna pode ser tanto por trabalho como por calor. Assim, a energia pode transferir-se mas nunca se cria nem destrói.
- Na 2.ª lei, a entropia não pode nunca diminuir nos sistemas isolados termicamente. Isto é a entropia pode ser criada espontaneamente e é criada nos processos irreversíveis nas condições. A definição de pequena variação de entropia como pequeno fluxo de calor sobre temperatura absoluta (em kelvin, com minúscula) pessupõe que processo é reversível.
- A 3.ª lei tem várias versões. Uma é que a entropia de um sistema (substância pura) é nula no zero absoluto. As partículas têm "agitação", embora mínima" e a essa temperatura. Existe um estado de ordem mínima, mas não se conhece nenhum estado de desordem máxima (seria eventualmente uma quarta lei). Há vários processos de arrefecer um sistema por etapas sucessivas, mas não se tira "metade do calor", pois nenhum sistema possui calor.
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