domingo, 23 de junho de 2024

A ESTUPIDEZ REVISITADA

A estupidez é a mercadoria
mais bem distribuída deste mundo:
ela veste-se de demagogia
ou do que quer que seja de imundo.

A estupidez é um grande muro,
que oferece ao inteligente
a resistência do escuro duro,
que se ergue forte e prepotente.

Ela exibe estrelas de general
e ri-se à grande dos que são sábios:
permite-se, à vontade, ser boçal,

saindo barbaridades dos seus lábios.
A estupidez sabe prevalecer
e sabe, sobretudo, não temer.
                                                                Eugénio Lisboa

Ponham-nos a ler!

Por Cátia Delgado
 
 
Foi apresentado, na passada quarta-feira, o novo livro, de título sugestivo - Ponham-nos a ler! - do reconhecido Michel Desmurget. O neurocientista francês, vem, com o resultado de novos estudos, asseverar que o melhor “antídoto”, a melhor forma de resistência para a escalada desmedida do digital é a leitura
 
Numa escrita que prima pela clareza, suportada por inúmeros estudos dignos de crédito, como já nos habituou, o autor não deixa dúvidas: o melhor caminho para a aprendizagem de qualquer área académica e, por inerência, para o desenvolvimento de aptidões intelectuais, é a leitura. De facto, pelo desenvolvimento de competências linguísticas podemos dotar as crianças e jovens das tão ambicionadas competências de espírito crítico e de pensamento complexo.  
 
Questionado, após o lançamento do primeiro livro, que alerta para os perigos que a exposição excessiva aos ecrãs representa para as crianças, o autor revela, agora, a melhor estratégia, de entre outras estudadas – como a arte, a música ou o desporto – para inverter os efeitos nefastos que esta tendência amplamente vulgarizada tem na cognição, em particular, mas também no desenvolvimento físico e emocional das crianças e jovens. Na apresentação do livro, Desmurget lembra que os jovens leem cada vez menos e pior, embora circulem informações contraditórias, e que, apesar dos esforços dos media para nos convencer do contrário, o uso indiscriminado de telemóveis nas escolas em nada ajuda. Embora se diga que ler no telemóvel também é ler, sobretudo o que é publicado nas redes sociais, o neurocientista afirma que ler o que está na internet não é muito nutritivo para a linguagem, sendo o tempo passado nos ecrãs inversamente proporcional ao tempo de leitura, além de que rouba tempo precioso às interações familiares e ao sono.

Partindo do pressuposto que ler é compreender, o grande problema da (não) leitura é a (não) compreensão do que se “lê”. Assim, a leitura (em papel) tem um valor acrescentado, não apenas para a aprendizagem de disciplinas como as línguas ou as humanidades, mas para se conseguir:
- alcançar aspetos cognitivos e emocionais;
- níveis mais elevados de inteligência.;
- desenvolvimento da linguagem;
- cultura geral;
- maior concentração, ao contrário dos ecrãs;
- desenvolvimento da expressão escrita;
- capacidade de pensar;
- melhor expressão oral;
- criatividade ...
Em entrevista recente, e focando-se no papel da escola e dos professores nesta batalha, o autor esclarece o que está a ser negado às crianças com a perda da leitura:
"Nos livros há mais palavras, mais gramática e mais complexidade [do que na língua falada] e esta complexidade e esta linguagem são a linguagem do pensamento. Quando a linguagem se deteriora nas crianças, o mesmo acontece com os conhecimentos gerais. Se compararmos as crianças que veem muita televisão com as que leem muito, as que leem têm mais conhecimentos gerais, mas não apenas sobre coisas que poderíamos pensar que são elitistas. A leitura dá-nos conhecimentos muito específicos sobre a vida e o nosso ambiente. Se o perdermos, perdemos a nossa capacidade de pensar de forma crítica. Um estudo da Universidade de Stanford perguntou se as crianças compreendiam o que era dito na Internet e a resposta é que tinham dificuldades. Tinham as palavras, mas faltava-lhes o conhecimento do mundo.
(...)
Antes, pensávamos numa educação humanista que não era para criar canalizadores, padeiros e médicos, mas para criar cidadãos. Isso é importante. E sim, estamos a perder isso. Agora falamos de saber-fazer. Penso que foi o Núncio Ordine que, numa das suas obras, falou da utilidade inútil da literatura, e é uma expressão magnífica. Não tem um efeito concreto, mas torna-nos mais inteligentes e mais capazes de pensar sobre tudo o que nos rodeia.
(...)
ninguém está a dizer que todos os ecrãs têm de ser retirados. Se os utilizarmos para computação, para procurar informação, ninguém nos dirá que não são corretos. A questão é saber a partir de que idade. Ensinar a utilizar os ecrãs não é o mesmo que utilizar os ecrãs para ensinar. Na verdade, o problema não é ensinar informática às crianças, mas sim o facto de não se poder contratar professores e ter de se pôr algo à frente dos alunos. Como não há professores, os ecrãs são melhores do que nada. Todos os estudos mostram que um professor competente é sempre melhor do que todos os ecrãs que podemos dar às crianças.
(...)
[Quanto à leitura] Não conheço nenhuma outra atividade que tenha um impacto tão profundo e universal na vida de uma criança como a leitura. Se queremos mudar as suas vidas em todos os aspetos, não há nada melhor. É a única coisa que traz o máximo pelo mínimo de investimento.
(...)
Quando pegamos num livro, ele tem uma espessura. O cérebro lida com a informação espacial do livro e é mais fácil lembrar-se e mover-se [através dele]. Num e-reader é o caos. Não há unidade e não se sabe onde se está. O tempo, graças à forma do livro, torna-se concreto. Há uma marca temporal, que é o número de páginas ou a relação entre as personagens. Vai-se compreender melhor um livro de papel do que um livro eletrónico.
(...)
temos de voltar a colocar a leitura no centro do sistema e limitar o tempo de ecrã. O que é reconfortante é o facto de haver uma sensibilização crescente para esta questão. Os meios de comunicação social, as pessoas, começam a interessar-se pelo assunto, porque se apercebem que existe um problema. O que é preocupante é que os estudos mostram que os professores já não leem e têm défices de linguagem.
(...)
É preciso que as pessoas compreendam que a leitura, quando se diz que é importante, é porque nos torna mais inteligentes e tem um efeito sobre o conhecimento, a criatividade, a imaginação e a nossa capacidade de escrever."

sexta-feira, 21 de junho de 2024

NOVIDADES EDITORIAIS - Classica Digitalia

Os Classica Digitalia têm o gosto de anunciar 2 novas publicações com chancela editorial da Imprensa da Universidade de Coimbra. Os volumes dos Classica Digitalia são editados em formato tradicional de papel e também na biblioteca digital, em Acesso Aberto.

Série “Autores Gregos e Latinos” [textos]

- Maria de Fátima Silva, Pausânias. Descrição da Grécia. Livro VI. Introdução, tradução do grego e notas (Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2024). 147 p. DOI: https://doi.org/10.14195/978-989-26-2590-4
[Pausânias é o nosso único testemunho de literatura periegética e o autor de um relato precioso sobre a Grécia da época de ocupação romana (séc. II d.C.). A sua descrição é a de alguém que viajou e sintetiza o que ‘viu’, com um olhar que não é só o de um turista curioso, mas de um intelectual que dispõe de uma sólida formação cultural e de uma informação ampla, em resultado de uma recolha criteriosa de todo o tipo de fontes, orais e escritas. Para com Pausânias mantemos em aberto uma enorme dívida: a de ter salvado um lastro de monumentos, de acontecimentos históricos, de figuras e de tradições que, sem ele, se teriam em definitivo apagado da memória dos homens.]

Série “Humanitas - Supplementum” [estudos]

- Claudia Beltrão & Violaine Sebillotte Cuchet, De caso a caso: a regra e a exceção: História cruzada – França/Brasil – de mulheres na antiguidade // Au cas par cas : la règle et l’exception : Histoire croisèe – France/Brésil – de femmes de l’antiquité (Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2024). 242 p. DOI: https://doi.org/10.14195/978-989-26-2563-8
[Este volume reúne onze estudos de caso sobre a atuação social de mulheres nomeadas na antiguidade greco-romana. Trata-se de estudos de caso baseados nos objetivos e na metodologia do Projeto Eurykleia – celles que avaient un nom. A hipótese a investigar é que as mulheres ativas que conhecemos através da documentação não são menos excecionais do que os homens ativos. Não mais se trata de escrever uma história da categoria de sexo isto é “as mulheres”. A história das mulheres e do género que hoje queremos escrever considera as mulheres como se considera os homens ou seja sem pressupor antigas interpretações a respeito delas. Trata-se de considerá-las em sua ação inseridas em suas sociedades. Em outras palavras, a nossa hipótese de trabalho consiste em considerar que as mulheres das sociedades antigas nem sempre ou sistematicamente foram sexualizadas.]

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ESCULTURA MEDIEVAL, A ARTE E AS PEDRAS.

Por A. Galopim de Carvalho
 
À semelhança da pintura, a escultura medieval aparece associada à construção religiosa românica, visando, não só a decoração das igrejas, mas, sobretudo, educar religiosamente os fiéis marcados pelo analfabetismo próprio desse tempo. Foi, em especial, nas igrejas construídas em locais de passagem, ao longo do caminho de peregrinação em direcção a Santiago de Compostela, que surgiram as primeiras esculturas deste estilo. É o que se pode ver em França, em Espanha e no norte de Portugal.

Há as esculturas incorporadas na parte exterior, sobretudo, no tímpano do portal, mostrando, logo à entrada da igreja, cenas da Bíblia e outras evocativas do inferno, onde prevalece a ideia do eterno castigo dos pecadores e de que, mais importante do que a vida terrena, é a salvação da alma. Como na pintura, as dimensões das figuras dependem da sua importância hierárquica. No interior da igreja, é, sobretudo nos capitéis das colunas que encontra lugar a escultura como forma de decoração, numa profusão de figuras, muitas vezes, fantásticas.

Na segunda metade do século XIII e primeira metade do XIV, distinguiram-se, como centros produtores ou escolas de escultura, Coimbra. Lisboa, Évora e Batalha. Houve mais algumas, mas menos importantes, como a de Santarém. Entre os principais materiais utilizados, ganharam estatuto de qualidade pedra de Ançã, o lioz e o mármore, embora, por vezes, também fosse utilizada a madeira. A pedra de Ançã é um calcário do Jurássico médio, com cerca de 75 milhões de anos, de textura muito fina, compacta e homogénea, sem veios. Particularmente macio, tem características óptimas para o trabalho de escultura. Deixa-se cortar facilmente e permite a execução de rendilhados ornamentais de grande pormenor e finura. No que se refere à cor, varia entre esbranquiçada e branco-amarelada, raramente branco-azulada. Tendo sido explorada e usada desde o tempo da ocupação romana, a utilização da pedra de Ançã na arte escultórica ganhou relevo a partir do século XIV, sendo de destacar o portal e o púlpito da igreja de Santa Cruz, em Coimbra, e o túmulo da Rainha Santa Isabel, no Convento de Santa Clara, a Nova, na mesma cidade. A sua grande qualidade como pedra trabalhável a ponteiro e a cinzel espalhou-a por Espanha e por vários países da Europa. 

Túmulo de Pedro Afonso, conde de Barcelos, esculpido em granito.
Uma curiosidade relacionada com esta pedra, tem a ver com o nome da cidade de Cantanhede, na vizinhança do local da sua exploração. Cantanhede radica no baixo-latim cantonieti, o lugar onde se explorava pedra de cantaria. Por sua vez, cantaria deriva de canto, do latim canthus, com o significado de pedra Lioz é o nome que, na nossa gíria do sector industrial e comercial, é dado aos calcários do Cretácico superior, com cerca de 95 milhões de anos, da região de Lisboa-Pero Pinheiro. O termo tem origem no francês antigo liois (hoje liais), que quer dizer pedra rija. Este calcário, próprio de um mar pouco profundo, de águas límpidas e mais quentes do que as que hoje banham as nossas praias no pino do Verão, foram essencialmente edificados por um tipo de bivalves, de conchas mais espessas do que as das ostras, conhecidos por rudistas. 
 
Estes organismos recifais, característicos desse período, cobriram os fundos litorais e, proliferando uns sobre os outros, construíram, camada após camada, os estratos de calcário que ainda podemos ver em Lisboa, por exemplo, sob o aqueduto das Águas Livres, na Avenida Calouste Gulbenkian, ou na base do bairro dos Sete Moinhos, à entrada de Lisboa pela ponte Duarte Pacheco. O lioz ocorre em cores variadas, entre esbranquiçados, beijes, amarelados, rosados e avermelhados. O mais branco foi a pedra usada em termos de cantaria ao serviço da arquitectura urbana, vulgar e monumental, de todas as épocas, a partir da Idade Média, em especial na cidade de Lisboa, em palácios, igrejas, fontes e chafarizes. Na primeira metade do século XIX, o lioz, nas suas diversas, cores, foi a pedra escolhida na reconstrução e enriquecimento de altares-mores de igrejas e de outros espaços interiores, em pavimentos e revestimento de paredes, como os das Bibliotecas do Convento de Mafra e joanina de Coimbra. Muita desta pedra trabalhada, nomeadamente padieiras e ombreiras, arcos e pelourinhos, foram transportados para diversas regiões do antigo Império Português.
 
O mármore, no dizer dos geólogos. Foi um calcário d o final do Ordovícico, com cerca de 450 milhões de anos, transformado por metamorfismo. É, pois, uma rocha metamórfica de grão fino a grosseiro, essencialmente constituída por calcite, por vezes com bandeado de óxidos de ferro, amplamente usada em construção civil e em estatuária. Acrescente-se que a calcite é um mineral constituído por carbonato de cálcio, a mesma substância química das conchas e outros restos esqueléticos. Nos domínios industrial e comercial, mármore é toda rocha susceptível de serração e polimento. Na Antiguidade, era toda a pedra usada em cantaria. Foram muitos os oficiais, alguns deles verdadeiros artistas, que trabalharam nestas escolas. Um ou outro “assinou” as suas obras, mas a maioria não inscreveu na pedra algo que os permita icentificar.
 
Um dos que temos registo, foi Mestre Pero, aragonês, no século XIV. Ao certo, só sabemos que nos chegou do lado de lá da fronteira, talvez de Aragão, mas havia quem dissesse que fosse originário de Castela. Sabemos que que viveu grande parte do seu tempo entre nós, que a sua actividade começou em Coimbra. nos anos de 1330, e que teve um papel de grande relevo na renovação da escultura gótica em Portugal. Fez desaparecer a rigidez tão característica da escultura românica, tornando as estátuas mais naturais, esguias e com mais movimento. Relativamente às arcas tumulares, introduziu um novo tipo, em forma de paralelepípedo assente sobre leões. Grande parte da sua obra foi realizada na sua oficina em Coimbra, não se sabendo, ao certo, o que foi o seu trabalho pessoal e o dos oficiais seus colaboradores. Foi possível atribuir-lhe várias obras em diversos locais do território nacional. Foram muitas e de entre elas, estou a recordar-me do túmulo de D. Isabel de Aragão, a Rainha Santa, como é mais conhecida entre nós., considerada a sua obra-prima, Os túmulos de Dona Inês de Castro e do rei D. Pedro I são duas magníficas peças esculpidas num calcário muito homogéneo e macio da região de Coimbra, muito provavelmente, a chamada pedra de Ançã. São a demostração perfeita da escultura gótica, cuja autoria continua desconhecida. 
 
Túmulo de Inês de Castro, esculpido e calcário de Ançã.
 Há quem os atribua a artistas franceses. Mas também há quem defenda serem expressão da escultura tumular portuguesa da segunda metade do século XIV. Foram mandadas executar por d. Pedro I, já ele estava na posse do trono de Portugal. Terminado o túmulo de Dona Inês, em 1360, ordenou que o colocassem no braço sul do transepto e que trasladassem para ele os restos mortais da sua rainha, até então sepultados em Coimbra. De seguida, ordenou que se fizesse um túmulo semelhante para ele e determinou este fosse colocado frente ao de sua amada esposa, para aí repousar e a poder olhar, de frente, no dia da ressurreição dos mortos. A rara qualidade da pedra usada permitiu que as faces dos túmulos fossem minuciosamente decoradas com os brasões das respectivas famílias, cenas bíblicas e motivo vegetalistas e geométricos.

Num contraste imenso com a escultura em granito, como a que se praticou, na mesma época, no Norte de Portugal que, por mais que os artistas quisessem, a dureza e a granularidade desta pedra não lho consentia. Por exemplo, em Lamego podemos observar excelentes túmulos em granito, como é o de D. Pedro, Conde de Barcelos, filho natural de D. Dinis, no mosteiro de S. João de Tarouca, esculpido no século XIV.
 
A. Galopim de Carvalho

quarta-feira, 19 de junho de 2024

O LUGAR RESIDUAL DA ESCRITA EM EXAMES NACIONAIS DE PORTUGUÊS

 "Sem escrever uma linha, um aluno pode ter positiva."

Isto foi o que me disse uma professora que está a corrigir exames nacionais de Português do 9.º ano de escolaridade, com quem falei depois de ter lido este artigo de opinião, assinado por uma professora da disciplina e saído ontem no jornal Público.

 
Verifiquei e... sim, é possível acontecer pois 17 perguntas, das 21 que constituem o exame, são de escolha múltipla! Atendendo à cotação, se os alunos acertarem um número elevado deste tipo de perguntas podem ter mais de dez valores sem nada redigir ou redigindo mal, cometendo os mais diversos tipos de erros.
 
Isso está certo? 
 
Em termos técnicos, não me posso pronunciar, pois não conheço o referencial de avaliação, no caso, as Aprendizagens Essenciais. Em termos de princípios educativos, a decisão do IAVE não pode deixar de ser questionável porquanto a redacção (correcta em função dos diversos aspectos previstos) é uma das competências fundamentais implicada na aprendizagem da língua materna.

MAIS NOVIDADES DA GRADIVA

 Novidades Gradiva Junho de 2024 | Já disponível: "Luís de Camões", de António José Saraiva. De €14,50 por €13,05.

Por ocasião da celebração dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, a Gradiva reedita os estudos de referência que o ensaísta, investigador, professor e crítico literário António José Saraiva dedicou a um dos poetas maiores da história da literatura portuguesa.

Autor de um trabalho ímpar no âmbito do ensaísmo e da historiografia cultural do século XX português, António José Saraiva reúne neste seu livro as principais teses camonianas que marcaram o seu pensamento. Atravessado pelo espírito crítico, livre e interrogativo que sempre o acompanhou, este retrato da vida e obra do Poeta inclui um primeiro capítulo dedicado à sua biografia, assim como, a análise dos diversos estilos camonianos, da poesia lírica e dos principais aspectos da epopeia Os Lusíadas, o que faz dele uma introdução inestimável para os leitores que pretendam iniciar-se na compreensão das dimensões literária, histórica e humana do legado de Luís Vaz de Camões.

Já disponível: "Novas Janelas para a Filosofia", de Aires Almeida, Desidério Murcho. De €16,50 por €14,85.

Seja porque temos convicções sobre o que é correcto ou incorrecto fazer, seja porque temos convicções sobre o que é ou não justo na nossa sociedade, todos temos vários pressupostos filosóficos, quer nos apercebamos disso, quer não. Este livro abre novas janelas para o mundo da filosofia, ajudando-nos a explorar os seus horizontes e a reflectir com autonomia sobre os nossos pressupostos filosóficos.

Trata-se, pois, de uma obra do máximo interesse para qualquer pessoa com gosto pela reflexão, curiosa acerca dos pressupostos filosóficos que inevitavelmente temos e desenvoltura intelectual para pôr em questão as suas próprias posições. Pelo rigor no tratamento dos temas, mas também pela simplicidade e clareza, é uma leitura indispensável para professores e alunos em universidades e escolas.

Já disponível: Reedição "Contacto", de Carl Sagan. De €22,00 por €19,80.

Um livro extraordinário em que o célebre astrofísico americano Carl Sagan usa brilhantemente a liberdade da ficção para imaginar a maior de todas as aventuras: o primeiro encontro da espécie humana com outros seres inteligentes.

Quando é descoberto um sinal que parece vir de fora do nosso sistema solar, uma equipa multinacional de cientistas decide identificar a sua origem. O que se segue é uma viagem reveladora até às estrelas para o encontro mais fascinante da história da humanidade. Que seres existirão para lá do nosso Universo? Por que razão decidem observar-nos? E o que pretendem de nós? Pleno de suspense, transbordante de conhecimento, drama humano e surpresa, Contacto está escrito com aquele misto de paixão científica e sólida inteligência que distingue o autor. Um romance simultaneamente profundo e absorvente que transporta o leitor, assim como os seus protagonistas, às estrelas, sem o fazer duvidar de que poderá vir a ser assim mesmo.

Já disponível: "A Sabedoria dos Mitos: Ilíada, volume 3", de Luc Ferry, Didier Poli, Clotilde Bruneau e Pierre Taranzano. De €20,99 por €18,89.

Aquiles decide-se por fim a entrar na peleja para defrontar Heitor, o príncipe troiano que tirou a vida ao seu primo Pátroclo. A sede de vingança do filho de Tétis é insaciável e o rasto de sangue que deixa no seu encalço nas linhas troianas, terrível. Mas uma vez massacrado e humilhado o inimigo, Aquiles é por sua vez abatido por uma flecha de Páris, irmão de Heitor, guiada por Apolo. Desmoralizados com a morte do seu herói, os Gregos veem o moral afundar-se face a uma cidade que agora consideram inexpugnável. Mas isto só dura até ao dia em que Ulisses, o dos mil ardis, congemina um estratagema…

Já disponível: "Capitão Cuecas, volume 5: A Fúria da Maquiavélica Mulher-Elástica", de Dav Pilkey. De €15,00 por €13,50.

AGORA FINALMENTE A CORES.

Desta vez o George e o Harold meteram-se num molho de brócolos! Hum, talvez esta seja uma imagem demasiado apetitosa para o que realmente aconteceu. A verdade é que criaram um verdadeiro MONSTRO: a Mulher-Elástica! Estão a ver um daqueles seres que conseguem desmontar equipamentos banais e criar robôs obedientes com peças usadas? E que chega ao cúmulo fazer com que o Capitão Cuecas, sim, o próprio, se sinta completamente derrotado? Ainda por cima quer dominar o mundo. Contado até custa a acreditar, não é? Terão de ler o livro para saber tudo. Vale mesmo a pena!

Será que as maldades da Mulher-Elástica vão significar o fim dos nossos heróis? As coisas estavam a ficar realmente complicadas. Ora lê, para descobrires como tudo aconteceu. E já agora… tem cuidado!

"A Arte de Argumentar", de Anthony Weston.

A Arte de Argumentar
Anthony Weston

 

€15,00 12,00

 
A necessidade de bons argumentos talvez seja hoje maior do que nunca. Mas não bastam bons argumentos para se argumentar bem. Por isso, com o sentido de oportunidade que caracteriza as suas escolhas, na quinta edição de A Arte de Argumentar de Anthony Weston não podia ser mais certeiro: apresenta um novo capítulo sobre o debate público e torna límpido que argumentar bem requer igualmente uma ética.

Os Dragões do Éden
Carl Sagan

 

€19,70 11,82

 
Com Os Dragões do Éden, Prémio Pulitzer, para muitos a mais bela obra do autor, os leitores de "Ciência Aberta" irão participar numa grande aventura... Num Éden perdido onde os dragões reinavam encontram-se as fundações da nossa inteligência e das nossas paixões... Sagan conduz-nos, numa visita guiada, até esse mundo perdido...
"Os Engenheiros do Caos", de Giuliano da Empoli.

Os Engenheiros do Caos
Giuliano da Empoli

 

€14,50 11,60
 

No mundo de Donald Trump, de Boris Johnson, de Jair Bolsonaro ou de Matteo Salvini cada dia tem a sua gafe, a sua polémica, o seu brilharete. Ao contrário do que se possa pensar, por detrás das aparências de carnaval populista está o trabalho árduo de ideólogos, cientistas e especialistas em big data, sem os quais os líderes populistas dificilmente teriam chegado ao poder. Estes são os engenheiros do caos, cujo retrato Giuliano da Empoli pinta. Uma investigação que mostra uma galeria de personagens, muitas delas desconhecidas do público em geral, que estão a mudar as regras do jogo político.
"A Crise do Capitalismo Democrático", de Martin Wolf.

A Crise do Capitalismo Democrático

Martin Wolf

 

€31,50 25,20

 
A democracia liberal está em crise e o autoritarismo está a crescer. Além disso, os laços que deveriam ligar os mercados abertos a eleições livres e justas estão ameaçados. As vozes dividem-se: de um lado, as que defendem que o capitalismo é melhor sem democracia; do outro, as que defendem que a democracia é melhor sem capitalismo.

Este livro é uma réplica vigorosa a ambos os pontos de vista, clarificando as razões pelas quais o divórcio entre o capitalismo e a democracia seria um grande mal. Pelo meio, a ideia de que a cidadania é muito mais do que um slogan ou uma intenção romântica: é a ideia que nos pode salvar.

NOVIDADES DA GRADIVA

 

Novidades Junho 2024. Já disponível "Mussolini", de Catherine Brice, Luca Blengino, David Goy e Andrea Meloni. De 20,99€ por 18,99€.

 

Eles fizeram história...

Napoleão, Catarina de Médicis, Gengis Khan, Charles de Gaulle... A vida dos grandes personagens fascina tanto como permite entender uma época. Quem eram verdadeiramente, como e porquê marcaram a História? Autores de banda desenhada e historiadores unem aqui os seus talentos para apresentar retratos biográficos apaixonantes, narrando estes destinos brilhantes que moldaram o nosso.

 

No final da Primeira Guerra Mundial, Benito Mussolini encabeça um movimento revolucionário e violento, o fascismo, que congrega os desiludidos com a vitória mutilada de Itália. Em 1922, Mussolini dirige o movimento e impõe uma revolução fascista que dura até à Segunda Guerra Mundial, refundando inteiramente o sistema político e económico. O seu grande desígnio é criar uma nova Itália, organizada e poderosa, que tem à cabeça um chefe infalível, o Duce (o Guia). Empenha-se desde muito cedo em fazer de Roma o centro do poder e a nova cidade ideal, conforme aos ideais do fascismo. Literalmente reconstruída por um Mussolini que transforma o aspecto da cidade eterna à luz de um fascismo conquistador, Roma é como que testemunha privilegiada desse período.

EGAS MONIZ - Uma biografia

EGAS MONIZ - Uma biografia
João Lobo Antunes

 

€17,00 15,30

 
Esta é a primeira biografia de uma das mais fascinantes personalidades médicas do século XX, a quem se devem duas contribuições científicas fundamentais: a angiografia e a psicocirurgia. Uma narrativa que o autor pretendeu que fosse objectiva e crítica, e para a qual dispôs de numerosos documentos e cartas inéditos.
Um Neurocirurgião em Construção

Um Neurocirurgião em Construção
João Lobo Antunes

 

€17,00 15,30

 
«A aprendizagem do ofício, o cumprimento durante toda a vida dos hábitos de um bom aluno, terão contribuído para fazer de mim um razoável professor ou, melhor dito, um professor feliz.»

Neurocirurgião em Construção reúne as últimas memórias de um dos grandes nomes da Medicina e da cultura portuguesas e de um dos mais brilhantes ensaístas da sua geração. 31 capítulos que sintetizam o percurso, marcado pela ética e a auto-exigência, que levou João Lobo Antunes a tornar-se cirurgião do cérebro começando pela sua infância em Benfica até ao meu regresso a Portugal, em 1984. 
Um Modo de Ser

Um Modo de Ser
João Lobo Antunes

 

€16,00 14,40

 
Prémio Pessoa 1996 
 
Neste volume de extremo interesse para os especialistas, mas igualmente acessível a leigos, o autor reflecte o modo pessoal de viver a Medicina, inspirado numa filosofia humanista que pretende preservar valores essenciais da profissão.
Lições

Lições
Ian McEwan

 

€25,00 22,50

 
Lições é a história íntima épica da vida de um homem através de gerações e convulsões históricas: da Crise de Suez à Crise dos Mísseis de Cuba, da queda do Muro de Berlim à actual pandemia, Roland Baines cavalga a maré da história, mas mais frequentemente luta contra ela.
Expiação

Expiação
Ian McEwan

 

€16,67 15,90


Expiação é, porventura, o melhor romance de Ian McEwan.
Descrevendo de forma brilhante e cativante a infância, o amor e a guerra, a Inglaterra e a situação de classes, contém no seu âmago uma exploração profunda - e muito comovente - da vergonha, do perdão, da expiação e da dificuldade da absolvição.

Prémio para o Melhor Livro de Ficção de 2002 atribuído pelo The National Book Critics Circle.
A Ciência e os Seus Inimigos

A Ciência e os Seus Inimigos
Carlos Fiolhais, David Marçal

 

€13,00 11,70

 
Um livro com histórias de ciência, de dois autores e divulgadores bem conhecidos do público português: Carlos Fiolhais e David Marçal. Aqui se analisam temas muito actuais à luz da ciência, com um misto de informação, interesse e humor, tornando o livro apelativo para múltiplos leitores.
E aproveite as nossas promoções: clique aqui!

A ESTUPIDEZ REVISITADA

A estupidez é a mercadoria mais bem distribuída deste mundo: ela veste-se de demagogia ou do que quer que seja de imundo. A estupidez é...