Se eu soubesse sentir o que sinto,
se o que sinto fosse de se dizer,
se não fosse que, ao dizê-lo, minto,
a vida seria outro viver.
Porque sentimos mais do que sentimos
e muitíssimo mais do que dizemos.
Sentimos só o que consentimos
e do que sentimos pouco sabemos.
O que sinto é uma caverna escura,
onde se esconde o que se não diz:
se senti-lo já é uma loucura,
dizê-lo, só à custa de ardis.
Sentir está sempre além do que sentimos
e, deste, tantas vezes, nós fugimos.
Eugénio Lisboa
quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
SENTIR
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
PARA UMA HISTÓRIA DA MINERALOGIA, NUMA CONVERSA FICCIONADA DO AUTOR COM D. JOÃO III
Por A. Galopim de Carvalho (Do meu livro Conversas com os Reis de Portugal - Histórias da Terra e da Vida , Ancora Editora, 2013) - Soube q...

-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Não Entres Docilmente Nessa Noite Escura de Dylan Thomas (tradução de Fernando Guimarães) Não entres docilmente nessa noite seren...
Sem comentários:
Enviar um comentário