Novo poema de Eugénio Lisboa:
BALANÇOS
Chega, enfim, a hora
dos balanços,
as contas certas a
deixar aos vivos:
o deve e o haver sem
esquivanços,
tudo exacto e sem
paliativos.
Agitámo-nos talvez
demasiado?
Produzimos
provavelmente pouco?
Deram-nos mais do que
por nós foi dado?
Quem nos amou, amámos
nós tão pouco?
Quanto aprendemos,
tanto ensinámos?
Nem sempre dissemos o
que sentimos?
Fomos nós generosos,
quando amámos?
Foram muitas as vezes
que mentimos?
Tudo isto tem de estar
no balanço,
porque, só assim, parto
em descanso
Eugénio Lisboa.
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