Texto na sequência de vários outros entre os quais o que se pode encontrar aqui.
Devo começar por dizer que nunca abandonei as batalhas cívicas que travei. Perdi umas, mas foram mais as que ganhei. Já não tenho a saúde e a energia físicas de então, mas o cérebro ainda funciona e os dedos ainda mexem no teclado do computador. É importante acrescentar que, nestas lutas, continuo a contar com a solidariedade de muitos colegas e amigos.
Devo começar por dizer que nunca abandonei as batalhas cívicas que travei. Perdi umas, mas foram mais as que ganhei. Já não tenho a saúde e a energia físicas de então, mas o cérebro ainda funciona e os dedos ainda mexem no teclado do computador. É importante acrescentar que, nestas lutas, continuo a contar com a solidariedade de muitos colegas e amigos.
É uma luta que dura há 34 anos, que teve uma fase muito dura entre 1990 e 1993, que foi ganha com a abertura dos dois túneis da CREL sob a jazida, luta que continuou e que teve outra vitória em 2001, com a aprovação, pela Câmara Municipal de Sintra (era presidente a Drª Edite Estrela) do projecto do Museu e Centro de Interpretação de Pego Longo, após luz verde do então Instituto de Conservação da Natureza. Projecto que morreu com o final desta vereação, numa qualquer gaveta da Autarquia.
De 2001 para cá, ou seja nos últimos 19 anos, não obstante as múltiplas diligências que nunca deixei de fazer, a degradação com destruição parcial da jazida agravou-se a um ritmo exponencial sob o total abandono e negligência das entidades que tinham, por lei, obrigação de a vigiar e proteger, nomeadamente as duas últimas vereações da Autarquia e o Instituto de Conservação da Natureza que, em 2007, foi também “da Biodiversidade” e, em 2012, mudou para “das Florestas”, abandono e negligência que não estou na disposição de esquecer.
Já o disse e volto a dizer que estamos a viver um período em que temos outras urgências bem mais gritantes, sendo imperioso que, pelo menos, se tente travar a degradação e a destruição em curso, intervindo no sentido de remediar, consolidar e, em suma, proteger eficazmente a jazida, na esperança de melhores dias, em que haja disponibilidade financeira para valorizar um património natural cuja importância extravasa as nossa fronteiras.
A. Galopim de Carvalho
Sem comentários:
Enviar um comentário