quarta-feira, 20 de junho de 2018

O ESTADO CALAMITOSO DO ENSINO BÁSICO NACIONAL


Meu artigo de opinião publicado hoje no "Diário as Beiras":


“É de pequenino que se torce o pepino” (provérbio).

Por estes dias, foi publicado o relatório sobre as provas de aferição dos alunos do ensino básico levando-me a revisitar a crítica de Platão que, confrontado com a incapacidade das crianças contarem ou distinguirem os números pares dos ímpares, manifestou o seu muito e amargo desalento: “Quanto a mim, parecemo-nos mais com porcos do que com Homens e sinto-me envergonhado não só de mim, mas de todos os gregos”.

Devia este documento deixar todos os responsáveis por esta calamitosa situação arrasados pelo estado a chegou a educação deste nível de ensino em Portugal em que a servidão às técnicas pedagógicas deu aso à sedimentação da ignorância científica levando a que “no 5.º ano de escolaridade, na prova de Matemática o conteúdo em que os alunos tiveram mais dificuldade foi o de números e operações com 86.2% de desempenhos negativos (“Público”, 05/10/2017).

Haja a esperança de reformas de fundo, e não simples camim que se espalha na face de uma rapariga anémica para parecer uma mocetona cheia de saúde, que nos libertem de um ensino como simples meio de passagem de diplomas de ignorância, paradoxalmente, em oposição à  exigência do ensino da antiga União Soviética capaz de colocar em órbitra o primeiro objecto espacial: Sputnik (1957).

Da supracitada notícia do “Público” extraio um outro exemplo, desta feita, sobre a prova de Português de alunos do 8.º ano de escolaridade, em que “66.5 % tiveram dificuldades, ou de todo não conseguiram, responder a  perguntas que visavam avaliar o seu domínio da escrita, o mesmo acontecendo em relação à gramática com 70.3 % de alunos”.

Anos volvidos, do “Público(05/08/2011) respigo a notícia da reedição francesa do livro “Amor de Perdição” editado em França há uma dezena de anos e difícil de encontrar nas livrarias”. Assim, uma vez mais, se cumpriu o aforismo de que “santos ao pé da porta não fazem milagres”, mas daí a ter-se expurgado a prosa camiliana, “personificação do génio português” (Maria Amália Vaz de Carvalho), dos programas escolares do ensino secundário torna-se em verdadeiro atentado à cultura literária do país mais ocidental da Europa.

Aliás, sempre que falamos de Camilo não podemos divorciá-lo do seu papel de um dos melhores mestres da Língua de Camões desmerecedor do ódio de perdição que lhe dispensaram por omissão nos programas de Português do ensino secundário. Isto porque, a língua materna é o alicerce da forma de nos expressarmos correctamente e que tão necessária é ao literato como a quem diga ou escreva “supônhamos”, a quem em cada três palavras manuscritas dê um erro ortográfico, a quem dê pontapés na gramática com o à-vontade de um Cristiano Ronaldo a chutar à baliza.                                                                                                                                       
É conveniente que se retenha que esta irresponsabilidade se podia ter tornado numa  centelha do romance de Ray Bradbury, “Fahrenheit 451”, em que os livros eram incendiados por bombeiros de um regime totalitário para não distraírem as pessoas tornando-as pouco produtivas. Não estou, de forma alguma, a querer ver na proscrição das obras de Camilo um sistema educativo deste cariz. Apenas a pretender dizer que a ignorância oficial e oficializada é, também ela, uma ditadura por roubar ao estudante português o prazer  da leitura dos livros de Camilo e, num hipotético contágio epidémico, dificultar ao aluno espanhol a leitura de Cervantes, sonegar ao aluno francês o deleite da visitação ao Museu de Louvre e ao aluno alemão impedir a audição da Orquestra Sinfónica de Berlim.

E se, no tempo de Eça, segundo ele, não se lia, folheava-se, na actualidade a maioria dos nossos estudantes lê religiosa obsessivamente os jornais desportivos sem sequer folhear obras de referência literária ou científica limitando-se a servir-se da “Wikipédia” para os seus trabalhos escolares como quem se serve de um dicionário de bolso em vez de recorrer a um dicionário Houaiss ou da Academia de Ciências de Lisboa!

15 comentários:

António Pedro Pereira disse...

Caro Senhor Rui Batista:
Enquanto o senhor não perceber que foi, precisamente, este estado calamitoso, que se foi construindo desde 1974, que nos levou a termos cada vez menor percentagem de analfabetos, cada vez mais licenciados, mestrados e doutorados, mais formados a trabalhar no estrangeiro e, até, em instituições (agências e universidades) das mais prestigiadas no mundo, mais investigadores a ganharem prémios e bolsas milionários, bem pode continuar a pregar no deserto.
Fale à vontade, desabafe, homem, para ver se não tem algum problema grave com o seu coração: quem fala seus males espanta.
Quanto ao Relatório das provas de aferição, vale o que vale, isto é, nem vale muito nem pouco: não sabemos o que vale, pura e simplesmente.
Mas se o resultado tivesse sido o contrário, o senhor viria desenterrar outros argumentos em socorro da validade e manutenção dos seus fantasmas.
Sem uma série de instrumentos semelhantes, aplicados de forma persistente ao longo do tempo, sobre populações ou grupos comparáveis, não se pode comparar nada seriamente, meu caro senhor: elementar, meu caro Watson, diria o outro.
Numa coisa estarei de acordo consigo, mas só numa coisa: cada ministro sua sentença, seus processos e instrumentos de avaliação, seus fantasmas e lemas salvíticos (uns sempre contra os outros).
Mas como «os cães ladram enquanto a caravana passa», famílias alunos e professores, apesar de ministros e de arautos da desgraça (leia-se, Ruis Batistas, Guilhermes Valentes et. al.) vão fazendo o seu trabalho e estamos muito melhor do que estávamos há 40 anos, apesar da nossa longa tradição de miséria moral, analfabetismo, autossatisfação com os penachos de Dr. para uma escassa casta de reis (em terra de cegos quem tem um olho é rei).
O resto é conversa (fiada).
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P. S. É muito melhor continuar a escrever artigos inócuos como este seu, do que andar a gastar dinheiro em consultas e a tomar Lexotans (ou outros) para se acalmar, por não conseguir suportar este presente de «ignorância» generalizada nem regressar ao (seu) passado de «sapiência», em que até os engraxadores de sapatos eram doutores.

Rui Baptista disse...

Em breve, responderei ao seu comentário sem intenções psicanalíticas por dois motivos:1. Não incorrer em exercício ilegal de profissão; 2. Não roubar o pão a ganhar a quem está habilitado em a exercer.

Fico a aguardar o recibo pelo sua análise exaustiva da minha personalidade, a não ser que tenha sido feita "pro bono". Se assim aconteceu, feliz de quem tem amigos desinteressados porque, como sói dizer-se, dispensa bem os inimigos!


pela análise que me fez, se foi "pro bono" fico-lhe eternamente grato, quem tem amigos destes não necessita de inimigos!


aguardo o seu duplo recibo recibo pela análise que me fez

Rui Baptista disse...

Em breve responderei, com paciência de Job, ao seu comentário não tendo eu, a seu exemplo, intenções psicanalíticas por dois motivos: 1. Não incorrer em exercício ilegal de profissão (no ensino não há esse risco pela ausência de uma Ordem dos Professores!); 2. Não roubar o pão a ganhar a quem está habilitado para tal.


Não devendo ser esse o seu caso, fico a aguardar o recibo dos seus honorários para descontar em sede de IRS, a não ser que tenham sido feitos a título "pro bono" ficando-lhe eternamente grato!

P.S.: A repetição deste novo comentário fica-se a
dever ao facto (como verificará)do meu comentário anterior ter ficado empastelado com a repetição de algumas linhas do texto. As minhas desculpas!

António Pedro Pereira disse...

Caro Senhor Rui Baptista:
Aqui tem mais uma prova da ignorância larvar das gerações activas, formadas neste estado calamitoso de ignorância de que o senhor muito bem fala no seu post.

Portugal é o país europeu mais atrativo para os investidores, diz EY [a consultora que fez o estudo]
A capacidade de inovação é também destacada pela EY, que atribui os «louros» aos talentos nacionais.
«A capacidade de inovação portuguesa é uma das mais competitivas da União Europeia», lê-se no estudo. «Ainda que os investidores sinalizem espaço para melhorias, influenciadas pela procura global por talentos, os investidores sublinharam a formação e as capacidades com sendo uma das principais prioridades.»
https://eco.pt/2018/06/21/portugal-e-o-pais-europeu-mais-atrativo-para-os-investidores-diz-ey/

Ildefonso Dias disse...

Sr. Professor Rui Baptista, não posso deixar de corcordar mais consigo e menos com o leitor Manuel Sila, e explico:


- Quando no processo evolutivo civilizacional não se avança, ou se avança menos, o que é isso senão um retrocesso! bem vê que não é preciso um "estado calamitoso" para que haja retrocesso.

- Temos hoje, por exemplo, melhores matemáticos que os da geracão de 40 do séc. passado? Não creio.

- Onde estão os nossos cientistas a dar cartas por esse mundo fora? Eu não os conheço, e quem os conhece, como os melhores dos melhores? Ou não serão apenas só mais uns individos que arranjaram a vidinha. O actual Ministro da Educacão, tambem tem um desses curriculos e méritos de que fala o leitor Manuel Silva, mas, só é, é ninguem no mundo cientifico. É a verdade nua e crua, que já não engana ninguem.

- Os alunos do 5. e 6. ano aprendem os "números décimais", estes são tratados nas aulas e manuais, não como numerais décimais, e sem o devido cuidado, são para eles como uma classe de números, ou não os distinguem e ficam confusos e desmotivados.

- Ensina-se no 6. ano as reflexões no plano, fala-se de uma "reflexão central" que, mais não é que uma rotação de 180, e uma translacção, mas não se fala de rotação e translacção, e se alguém perguntar a um aluno do 6. ano quais são os movimentos no plano eles não sabem responder. Sabem falar de reflexões mas desconhecem os movimentos do plano! Nunca ouviram falar de rotações e translacções! Não é engraçado isto, se não fosse sério dava para brincar.

- Tem razão quando fala no ensino ensino da antiga União Soviética, ainda hoje são da Rússia os melhores engenheiros e cientistas. São eles que garantem a independencia e integridade do país. Repare-se que um engenheiro interessado, das nossas universidades de engenharia, certamente não dispensa livros da antiga URSS,
os livros de cálculo diferencial e integral de N. Piskounov são disso um bom exemplo.



Cordialmente,

Rui Baptista disse...

A demora sobre a resposta aos seus comentários, de entre motivos que não vêm ao caso, ficou-se a dever a deixar passar uns dias para que eu pudesse digerir, com “fair-play”, a crítica que fez à utilização de percentagens de insucesso das últimas provas de avaliação de alunos do básico matéria ao alcance de antigos alunos do sério ensino primário capazes de fazerem essas contas sem necessidade de conhecimentos estatísticos.

Assim não o entendeu o meu contraditor, ou não quis entender, fazendo de um simples bichano um tigre, dois tigres, três “trigues” , capazes de dilacerar com garras afiadas quem entrasse na selva de duvidar de estudos comparativos entre diplomados, dos diversos graus de ensino, de antes de 25 de Abril e depois de25 de Abril.

Aceito o repto, por comungar da opinião de Leite Pinto, antigo ministro da Educação e catedrático do Instituto Superior Técnico, ao tempo do Estado Novo, quando nos advertiu que “há duas maneiras de mentir: uma é não dizer a verdade, outra fazer estatística”. Entrando neste campo minado, recorrendo, novamente, ao meu exigente exame da 4.ªclase do ensino primário, aí aprendi, por exemplo, não ser possível somar maçãs com laranjas.

Pois foram estas contas de somar que se passaram a fazer depois de 25 de Abril, quando antes se desobedecia a este desonesto critério, não se metendo no mesmo saco diplomas do básico, secundário e superior obtidos em critérios de antiga exigência, hoje com as “Novas Oportunidades”, passagens administrativas, diplomas de ensino superior antes e depois de Bolonha, para aumentar exponencialmente o número de analfabetos funcionais, qual pântano que engloba uns tantos nenúfares que fizeram sua formação com “sangue, suor e lágrimas”, as sua provas académicas mais exigentes em universidades nacionais ou estrangeiras de elevadíssimo prestígio, outra vezes com a velha cunha, outras tantas vezes, com explicações a partir do 1.º ciclo do básico (antigo ensino primário). E esse número é de tal maneira elevado que fez grassar o desemprego de licenciados e mestrados ou em funções que não podem deixar de provocar depressões diagnosticadas sem necessidade de deitar os pacientes em divãs freudianos.

Ou seja, “o barbarismo da nossa época é ainda mais estarrecedor pelo facto de tanta gente não ficar realmente estarrecida”, segundo Teilhard de Chardin!

Rui Baptista disse...

Com o grato prazer de responder a uma pessoa que muito estimo e admiro, o engenheiro Ildefonso Dias, fá-lo-ei, se possível hoje ou amanhã, tendo deste já colhidos ensinamentos sobre os programas do "papão" da Matemática

António Pedro Pereira disse...

Caro Senhor Rui Batista:
Cuidado com as críticas às Novas Oportunidades, anda por aí um antigo 1.º Ministro, muito crítico desta forma oportunista de obter graduações (mas, certamente, muito mais ética do que a de outro que concluiu a licenciatura de aviário ao Domingo), que, mal saiu do poleiro, tratou logo de obter uma equivalência marada a professor catedrático.
Há cada Nova Oportunidade...
Ou como diz o ditado popular, no melhor pano cai a nódoa.

Rui Baptista disse...

Escreveu Camilo, “pode-se asnear no tratamento, mas na gramática gira mais fino”. Por isso, rogo-lhe que reveja a escrita do meu apelido que escreveu, e rescreveu: “Batista” (sem p). E o caso não é tão inócuo como isso na era dos computadores.

Dou-lhe um exemplo contado por um amigo meu. Tendo ido à faculdade do filho para marcar um exame ao ser-lhe pedido o nome por falta do “p” em Baptista foi-lhe dito não constar esse nome nos alunos do último ano desse curso. Repontou o pai, não pode ser eu, não pertenço ao número de pais cujos filhos cabulões dizem andar no último ano quando permanecem no primeiro ano e dele não saem.


Como se veio a verifica, tratava-se da omissão de uma simples letra de um dos seus nomes.

Conto-lhe, um caso passado no meu tempo de oficial miliciano. Um meu camarada levava a vida a pedir para se deslocar a Lisboa às frequências do último ano do respectivo curso. No regresso perguntava-lhe o comandante do regimento. Então fulano como correu o exame? Respondia ele, não correu muito bem, meu comandante, tive só, por exemplo, 16 valores.

Soubemos, tempos depois, que ele estava apenas matriculado nesse curso para ter tido acesso ao oficialato miliciano no tempo de ser exigido esse “conditio sine qua non”!

Para reforçar o pedido de me não alterar o apelido conto-lhe de memória o caso passado com Eça. Quando lhe cortaram a água da habitação escreveu aos respectivos serviços alegando que não tendo poder para cortar a água ao presidente da Companhia das Águas limitava-se a cortar-lhe outra coisa!!!

Se reincidir em cortar-me o p do meu apelido, corre o risco de eu achar que tenho o direito de lhe cortar o cabelo, na gíria militar, à eca (careca)!

Respeitosamente me subscrevo, Rui Baptista (com p)

António Pedro Pereira disse...

Caro Senhor Rui Baptista:
Como é evidente, não tive qualquer propósito malicioso quando grafei o seu nome sem p, tanto mais que, como em tempos confessou, esse nem é o seu nome verdadeiro.
Porque o grafei correctamente noutro comentário.
Peço, pelas gralhas, as minhas desculpas.
Quanto ao assunto do meu comentário nada respondeu, o que é sintomático.
Dou por encerrada a minha intervenção a propósito do seu «post».
Cumprimentos.

Rui Baptista disse...

Meu caro Engenheiro Ildefonso Dias: Longe do tempo do(s) meu(s) último(s) ano(s) de aprendizagem da Matemática, 6.º e sétimo anos dos liceus, em que tinha que demonstrar, se bem me recordo em que tinha que demonstrar, por exemplo, que 2x3=3x2, pensando eu para com os meus botões ser um desperdício de tempo, demonstrar uma coisa que saltava à vista desarmada. Santa ignorância, a minha! Depois lá vinham os arranjos, as combinações (sem ser as que os hoje os políticos fazem para desfazer amanhã) e as permutas (de fotos com artistas de cinema ou jogadores da bola) apelidados hoje de “cromos” num mundo povoado de cromos de toda a espécie.

Hoje os programas mudam a bel-prazer de quem neles manda, por vezes longe da realidade escolar, a exemplo de sindicalistas que se eternizam nos lugares em sacrifício em prol da Grei, sem, como refere, serem testados os seus efeitos. E os chamados testes das cruzinhas criaram verdadeiros cemitérios que enterram debaixo de terra a ignorância dos alunos que não conseguem redigir uma linha com cabeça, tronco e membros, e dão erros de ortografia em cada três palavras que escrevem!

E numa altura em que a formação dos professores de Matemática era feita em cinco anos de ensino universitário exclusivo desta disciplina, a partir do final do ensino primário, baixou ela para quatros anos de ensino politécnico para os 2.º e 3º ciclo do ensino básico e, espantai-vos ó gente!, simultaneamente para Matemática e Ciências da Natureza, como que a modos da qualidade do ensino estar na razão inversa da formação dos professores. No esquecimento de Eça: “Para ensinar há uma condição a cumprir – saber”! Professores encharcados de teorias pedagógicas para que as asneiras que ensinam aos alunos deixem marcas indeléveis. Programas e professores, seja desculpada a heresia, se for caso disso!, que comparo-os a corridas de automóveis com carros fórmula 1 tendo-os a pilotar recém-encartados ou carros utilitários conduzidos por verdadeiros ases do volante!

Claro que no meio de terras pantanosas florescem nenúfares, isto é num medíocre ensino aparecem cientistas de excepção de que colho exemplo em António Damásio e Carlos Fiolhais, todavia com doutoramentos feitos em Universidades estrangeiras de renome à escala do planeta Terra. Nunca em universidades de vão de escada!”

Perdoe-me, estimado Engenheiro Ildefonsoo Dias, as cores baças e descoloridas que me atrevi a pôr na tela do seu comentário que merecia muito mais que um pintor de monos, como eu. A velhice leva a estes, e outros, atrevimentos!

Um abraço do Rui Baptista.

Rui Baptista disse...

No comentário anterior, referi-me aos nomes de António Damásio e Carlos Fiolhais tendo deixado, não no tinteiro mas no teclado, o nome de Sobrinho Simões por imperdoável esquecimento. Além disso corrijo o doutoramento de António Damásio que foi feito na Universidade de Lisboa e de Sobrinho Simões na Universidade do Porto, o seu pós- doutoramento é que foi feito no estrangeiro.

Fica, portanto, completa um friso de académicos que muito se distinguiram no mundo cultural além -fronteiras, das três universidades mais antigas de Portugal: Lisboa, Coimbra e Porto.

Ildefonso Dias disse...

Senhor Professor Rui Baptista, é um gosto ler aquilo que coloca no Blog. Aquilo que escreve é a sua opinião, sincera, e não contempla politiquisses, e isso é uma qualidade cada vez mais rara nas pessoas, tão manietadas que estas estão neste jogo de interesses e de bem parecer nos dias de hoje.

É evidente que as pessoas para aprender têm que se esforcar, mas no mundo do facilitismo, em que tudo aparece já pronto para consumo, quem quer fazer esse esforço!

Em informática, se é possivél criar um blog, uma página da Web, sem escrever uma única linha de código (programação)... então não há necessidade de aprender nada, (nem sequer saber o que é html, CSS, JavaScript, uma framework, etc...) porque os outros fazem isso!! parece bem assim não é. Não! dirão logo muitas pessoas, e com razão, que é necessário um mínimo de comprensão das coisas... outras pessoas dirão que não é preciso porque temos os melhores especialistas do mundo, somos os melhores todos nos querem... eu digo apenas que deve-se ensinar correctamente as crianças nas escolas, e deve-se ensinar desde cedo, a escrever num editor de texto e mostrar as suas enormes possibilidades em contraste ao processador de texto, deve-se ensinar a linha de comando (command-line) e não só a interface gráfica do Sistema Operativo, etc... para descobrir vocações.

Para nada serve dar um Magalhães, foi uma estupidez enorme gastar tanto dinheiro dessa forma, o que é preciso é trabalho, rigor e exigência de todos, aquilo que o Professor Rui Baptista, e muito bem, não encontra principalmente nos governantes.


Um Abraço forte,

P.S.: Peço desculpa por alguns erros de escrita que apresento nos meus comentários e que não corrijo. Dizer tambem que não tenho formação em informática, apenas saiu-me agora este desvario, e refiro aspectos que para mim são óbvios, e que vou aprendendo (autodidacta) nos tempos livres e que me interessam.

Rui Baptista disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rui Baptista disse...

Eliminei o comentário anterior por estar gralhado. Reproduzo-o depois de corrigido:



Obrigo-me a responder-lhe para lhe explicar, e aos leitores,que não comentei o seu comentário sobre as Novas Oportunidades por julgar deduzir-se que a nossa concordância em as criticar era por demais evidente.

Para não passar por mentiroso, quanto a eu ter dito não ser Rui Baptista o meu nome verdadeiro nunca o disse, Sob minha palavra é esse o meu nome de baptismo, embora incompleto Completo é: Rui Vasco Júlio Pereira da Silva Baptista.

Quanto às gralhas, como costumo dizer, elas não pousam ousam! Iliterato informático que sou, e me confesso, seria estultícia demasiada ver o argueiro no olho do vizinho e não ver trave no meu, como diz o povo.


Os meus cumprimentos, "sans rancune"!

Rui Baptista

"A escola pública está em apuros"

Por Isaltina Martins e Maria Helena Damião   Cristiana Gaspar, Professora de História no sistema de ensino público e doutoranda em educação,...