(Ainda, sempre... Eugénio Lisboa)
O silêncio eterno dos espaços infinitos aterra-me.
Blaise Pascal
Je m’en fous prós espaços infinitos,
chegam-me bem os espaços finitos,
cheios, todos, de chicana merdosa
e de gente que não dá pela rosa!
A Pascal deslumbrava o infinito,
que dá tesão a tanto erudito.
Para mim, o finito tem que chegue
para que não deixe que eu sossegue.
Quanto menos infinito, melhor,
já nos chega, para chatice, o menor!
O infinito é falsa poesia,
que até descamba em astrologia!
O finito, pequeno e mesquinho,
dá-se bem com quem está sozinho.
Eugénio Lisboa
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