segunda-feira, 18 de junho de 2018

Maria do Carmo Vieira contra o acordo ortográfico

MARIA DO CARMO VIEIRA, na Rádio Renascença, contra o "Acordo Ortográfico" de 1990; em especial, relativamente às crianças e professores que "têm de ensinar erros crassos"

Selecção áudio, de 4 minutos, da Página "Tradutores contra o Acordo Ortográfico":
"No programa "Da Capa à Contracapa" (Rádio Renascença, 16/06/2018), a professora Maria do Carmo Vieira aponta a fraude científica e política do Acordo Ortográfico, e desmonta a falsa questão da reversão.
Áudio retirado daqui: https://bit.ly/2tdX47v
Subscreva a iniciativa de referendo:https://participacao.parlamento.pt/initiatives/192
 "

4 comentários:

Anónimo disse...

O golpe político-militar de 25 de abril de 1974 foi o último estertor da morte anunciada do Império Português. Em vez de dizer Império Português, no período anterior, podia ter dito simplesmente Portugal, no sentido de que basta dizer Rússia quando nos estamos a referir ao Império Russo. A grande diferença é que os russos, atualmente, têm força para defender o seu país, e Portugal, nos séculos XIX e XX, entrou definitivamente num período negro e decadente da sua História, sem dinheiro nem capacidade para se defender da cobiça e das guerras que lhe moveram as grandes potências mundiais, vendo-se no século XXI reduzido a uma nesga de terra pouco fértil e difícil de cultivar de onde continuam a fugir espavoridas as populações rurais, dando assim campo aberto a fogos gigantescos que, verão após verão, reduzem as florestas e aldeias abandonadas a montes de pedras e cinzas.
A razão principal e, atrevo-me a dizer, única, para as impotentes autoridades políticas portuguesas terem aprovado o Novo Acordo Ortográfico, foi a aceitação da submissão absoluta da nossa língua à maneira de falar e pronúncia brasileiras, na esperança de que, pelo menos pela via linguística, possamos vir a partilhar um pouco da pujança económica futura, certa e segura, de Angola e do Brasil. Aqui, recordo que, entre os anos de 1815 e 1822, existiu o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, com capital no Rio de Janeiro, que só acabou porque, nessa altura, as grandes potências queriam explorar à vontade os portugueses do Brasil, livres de qualquer interferência de Portugal. Portanto, sou a favor de um acordo ortográfico aprovado livremente por todos os países onde se fala português, mas sem imposições hegemónicas ditadas apenas pela economia e demografia, como acontece com o acordo vigente.

Anónimo disse...

A referida evolução da Língua, por decreto, é mais um exemplo do chamado "progresso" como lei da natureza. O humanismo no seu melhor... este AO90 é uma fraude do mais miserável!

Cisfranco disse...

O AO90, embora poucos tenham a coragem de o defender - tantas são as aberrações ortográficas que ele institui - vai-se impondo pela calada, por mais manifestos que haja contra ele. Os políticos parlamentares mantêm-se mudos sobre o assunto não lhes dizendo respeito tal assunto... Já agora, sempre esperei que o excepcional Presidente da República viesse a ventilar o assunto...

Anónimo disse...

Se o professorado português fosse minimamente consequente com os objetivos últimos da sua lancinante luta contra o último acordo ortográfico, já há muito tempo que Suas Senhorias, a cáfila de políticos que nos têm vindo a desgovernar, tinham sido chamados à pedra, onde prestariam contas ao bom povo português, que mais uma vez se vê atraiçoado pelas costas! Agora, a única saída digna possível será apelar para um referendo com boletins de voto com respostas do tipo sim/não, dando ao povo soberano a última palavra sobre o último acordo ortográfico.

"A escola pública está em apuros"

Por Isaltina Martins e Maria Helena Damião   Cristiana Gaspar, Professora de História no sistema de ensino público e doutoranda em educação,...