Luís Umbelino, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra responde à pergunta que (estranhamente) insistimos em fazer: para que serve o conhecimento que categorizamos nas humanidades.
Isaltina Martins e Maria Helena Damião
Por A. Galopim de Carvalho Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...
2 comentários:
É bom ouvir quem sabe e utiliza esse saber para o genuíno exercício da hermenêutica.
Não quem usa o saber para defender opções prévias, mesmo que às vezes vão ao arrepio da realidade.
Como aqui acontece tantas vezes quando se fala de Educação.
Para que servem as humanidades?
As respostas serão incompletas e não darão a satisfação desejada, porque há tanto ou mais de implícito, quanto de explícito, no conhecimento e estudo e fazer, das humanidades, sendo elas inerentes ao próprio processo sociocultural do homem.
Enquanto expressões do homem em torno do homem, sobre o homem, para o homem, as humanidades realizam o modo de ser/aspirar do homem, nas mais diversas situações históricas, o modo de pensar/sentir/julgar/querer/desejar/agir/sofrer/sonhar/ser feliz, o modo de comunicar/falar/escrever/aprender/ensinar...
As humanidades realizam a própria estrutura sociopolítica das sociedades, com as Instituições socioculturais e o Direito e as religiões, quer enquanto práticas, quer enquanto critérios de vida e de conduta, quer enquanto sistemas normativos.
E, claro está, as humanidades enquanto sistema profundo de reflexão racional sobre o homem e sobre elas próprias, o que, de resto, nos traz de volta sempre aquela pergunta: para que servem as humanidades?
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