A ideia de tese académica circunscrita a temas selectos, apresentada em papel, com uma determinada estrutura e redigida num certo tipo de escrita faz, definitivamente, parte da história da universidade.
As especificidades de novos públicos que a frequentam, a aproximação que procura fazer em relação à sociedade e a parceiros de relevo, as exigências que recaem sobre ela, nomeadamente de ordem económica e política, a necessidade de auto-financiamento, são alguns dos factores que têm contribuído para lhe mudar o rumo. E isso vê-se nas teses que produz e que agora são disponibilizadas online em acesso aberto.
Em 2008 demos exemplos neste blogue disso mesmo - ver, por exemplo, o Mestrado em "Gestão e Manutenção de Campos de Golfe" (aqui) e a tese de doutoramento intitulada "A situação epistemológica da astrologia através da ambivalência fascinação/rejeição nas sociedades pós-modernas" (aqui).
Tem corrido no nosso país a notícia de uma tese de mestrado em "Gestão do Desposto" que apresenta diversas razões para nos surpreender (aqui) e que, ainda assim, foi bem bem sucedida. A equipa do Portugalex não deixou de lhe dedicar um sketch (aqui).
Como noutras coisas não estamos sós. Tem sido notícia na imprensa internacional o caso de um álbum de música rap que foi apresentado como tese final de licenciatura em "Língua e Literatura Inglesa" e aprovado com summa cum laude minus, uns 18 valores na escala que usamos. E isto na prestigiada universidade americana de Harvard (ver, por exemplo, aqui).
1 comentário:
Toda a boa ciência só existe fora do sistema académico, aliás, da Academia o ar é mais do que bafiento!
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