Os homens que amam a humanidade
detestam as pessoas, uma a uma.
Esse amor convive bem com crueldade
e vive, hirto, em penosa bruma.
O amor abstracto é confortável,
porque tem muito poucas exigências.
É um amor frio e pouco afável,
que não se desgasta em minudências.
É amor distante e algo sinistro,
incapaz de um orgasmo verdadeiro.
É um despacho seco de ministro,
um amor que ao amor é estrangeiro.
Amar a humanidade, em geral,
é um amor castrado e doutrinal.
Eugénio Lisboa
segunda-feira, 14 de abril de 2025
OS AMANTES DA HUMANIDADE
As palavras de Eugénio Lisboa
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1 comentário:
Não consigo absorver este poema.
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