Li a seguinte notícia no Público de hoje (ver aqui)
Deixemos a eterna questão do carácter opcional ou obrigatório da disciplina de Cidadania, ou de Educação para a cidadania, ou da Cidadania e desenvolvimento (isto para não invocar as múltiplas designações que sugiram antes destas) e o facto de esta componente estar mais dependente das políticas partidárias do que dos desígnios formativos que devem ser os da educação escolar pública, e foquemo-nos nos domínios e temas ou áreas, como se lhe queira chamar.
Ora, a partir de 2016, o Bem-estar animal (seja isso o que for, tal como o "bem-estar" humano... não se leia a desvalorização da vida animal, que, de resto, também inclui os humanos) está contemplado como domínio opcional (veja-se abaixo "Domínios opcionais") na Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC). Ou seja, esta área já consta no currículo escolar, como se pode constatar num quadro constante na publicação oficial dessa Estratégia
Os agrupamentos de escolas/as escolas não agrupadas, ao abrigo da sua
autonomia (atenção ao Projeto de
Autonomia e Flexibilidade Curricular vigente)
podem, caso entendam, escolher esta área.
Poder-se-á dizer que não sendo obrigatória, corre-se o risco (se é um risco) de a área não ser escolhida. Bom, a autonomia permite, legalmente, fazer escolhas curriculares. E convenhamos, nem todas as dezassete (e outras) áreas atribuídas à cidadania podem ser obrigatórias, a menos que descartemos (ainda mais) o tempo de disciplinas escolares ou as dispensemos de todo.
Mas o que eu queria realçar é que, neste como noutros casos, seria muito conveniente que os políticos com responsabilidade na formulação de políticas curriculares, estudassem a fundo o currículo vigente (sim, dá trabalho, muito trabalho!) para que não fizessem passam para a opinião pública ideias que serão meias verdades.
Sem comentários:
Enviar um comentário