A palavra pode só o que pode,
por mais que ensaie ir mais além:
diante de um mundo que explode,
sabe que é só impotente refém.
O apocalipse está bem perto
e já se lobrigam os seus cavalos:
são esbeltos bichos em céu aberto,
anunciando tremendos abalos!
Para os travar, temos a palavra,
mínimo guerreiro, que mal nos resta:
cheia de horror, com coragem, lavra
terreno que a peste já infesta.
Heroica, fala e diz em voz alta
que é a vaga final que nos assalta.
Eugénio Lisboa
sexta-feira, 23 de agosto de 2024
A RENDIÇÃO DA PALAVRA
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O TEMPO QUE ESTAMOS A VIVER (2)
Por Galopim de Carvalh o Artigo saído ontem, no jornal Público Os portugueses e portuguesas que estão na força da vida, todos eles e elas ...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Não Entres Docilmente Nessa Noite Escura de Dylan Thomas (tradução de Fernando Guimarães) Não entres docilmente nessa noite seren...
Sem comentários:
Enviar um comentário