No dia em que se comemora o dia do professor e em que aconteceu uma manifestação nacional, gostaria de ter lido no cartaz, além das palavras de ordem ("respeitar a carreira", "antecipar a aposentação", adequar horários", "eliminar a precariedade", e "concursos justos"), algo como "direito de ensinar" ("direito" porque a manifestação era de carácter sindical, se o não fosse, acrescentaria "dever de ensinar").
Apesar da justeza inerente às reivindicações, que ciclicamente os professores fazem relativas à carreira e às condições de trabalho, é reiterado e notado o seu esquecimento de afirmação da sua função. Função vocacionada para o Bem do outro, o que lhe confere uma inegável marca de altruísmo.
Claro que esse esquecimento não é português, é muito mais geral. Os sindicatos, nas suas reuniões internacionais deveriam ponderá-lo com seriedade pois o ensino está, realmente, a fugir das mãos dos professores.
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