terça-feira, 30 de maio de 2017

domingo, 28 de maio de 2017

AS INSISTENTES PALAVRAS

Enviado pelo académico e crítico literário Eugénio Lisboa, transcreve-se, com o prazer de sempre, mais um seu valioso texto literário publicado no “Jornal de Letras”:
“e as insistentes palavras
parecem desistir enquanto avançam”
Armando Silva Carvalho

Convocado para glosar estes dois versos em epígrafe, pareceu-me que poderia, sem dificuldade, glosar, quase interminavelmente, o insistente poder da palavra, no poema. As pistas são muitas. Tomemos por uma delas, um pouco ao acaso.
Nestes dois versos do poeta Armando Silva Carvalho, alude-se àquilo que é fundamental no texto poético e, também, no texto literário, em geral: a palavra, o poder da palavra, como elemento nuclear constituinte desse mesmo texto. A palavra: mas não se trata, aqui, de uma palavra qualquer, ou, antes, não é a palavra usada no seu modo corrente da fala de todos os dias. No texto poético, as palavras são usadas de modo muito especial, com o fim de permitirem ao poeta fazer uma exploração eficaz dos seus próprios assombros (como dizia Christopher Fry). Paul Claudel, falando de poesia, dizia: “São as palavras de todos os dias e contudo não são as mesmas.” (“Ce sont les mots de tous les jours et ce ne sont pas les mêmes”). São realmente as palavras de todos os dias, mas deslocadas – nem que ligeiramente – do seu sentido e uso corrente: por associações inesperadas e refrescantes com outras palavras ou por qualquer outro tipo de “deslocação”.
No texto literário e, sobretudo, no texto poético, interessa não só o significado da palavra, mas também o seu som, o seu volume, o seu peso. O poema faz-se com palavras usadas com toda a sua carga significante e sonora. Conta-se que o pintor impressionista Degas (o das bailarinas) se lamentou, um dia, junto do poeta Mallarmé, dizendo que, tendo embora ideias magníficas, não conseguia escrever um poema que prestasse. Sibilino, Mallarmé respondeu-lhe que um poema não se fazia com ideias, mas sim com palavras. É claro que a afirmação de Mallarmé contém alguma verdade, mas é extremista: os poemas fazem-se de facto com palavras, mas não com palavras, fazem-se também com ideias. Simplesmente, as ideias, só por si, não fazem o poema: é preciso construir essas ideias com palavras determinadas, associadas de maneira especial e colocadas no discurso de maneira peculiar. No final, fica-se sem muito bem saber se o que nos toca, nos comove, nos atinge é a ideia ou o modo como ela é formulada, com aquele acervo peculiar de palavras e com aquele som (aquela música) que emitem. É o que exprimia o poeta Paul Valéry, ao dizer: “O poema é uma hesitação prolongada entre o som e o sentido.” Isto é, hesitamos interminavelmente em decidir se é a ideia ou o som dela (a música dela) que nos atinge.
É extraordinário o inventário enorme que se pode estabelecer, de testemunhos dados por escritores eminentes – isto é, por pessoas que vivem e trabalham com palavras – sobre o poder nuclear da palavra, sobre o fascínio que, para eles, tem a palavra. Por exemplo, o grande contista e notável poeta inglês Rudyard Kipling observava: “Words are, of course, the most powerful drug used by mankind” (“As palavras são, é claro, a droga mais poderosa usada pela humanidade”).
Reparem que, nos dois versos de Armando Silva Carvalho, as palavras são “insistentes” e não desistem, apenas “parecem desistir”, porém “avançam”. Vem aqui a propósito assinalar que, muito embora, o poeta saiba que a sua matéria prima é a palavra, por vezes, hesita e duvida da sua eficácia, da extensão do seu poder, da sua total adequação ao projecto que tem em vista. Estes versos de T. S. Eliot são disso testemunho: “É estranho que as palavras sejam tão inadequadas. / No entanto, qual asmático lutando por um pouco de ar, / assim o amante deve lutar pelas palavras. /” Isto é: apesar de uma possível inadequação, o manipulador de palavras (o amante, o poeta) não deve desistir de as usar para os seus fins. E sabe que só com elas – as palavras – se poderá salvar.
No entanto, as palavras não são utilizadas, manipuladas  por toda a gente, com o mesmo grau de empenho, de intensidade, de investimento. O poeta francês Charles Péguy observava, a este respeito, que “uma palavra não é a mesma num escritor e noutro escritor. Um arranca-a do ventre. Outro tira-a do bolso do seu sobretudo.”
A palavra, repito, com o seu volume, o seu sabor, a sua sonoridade singular tem, no poema, um valor essencial. Faz-nos hesitar, como já disse, entre o som e o sentido.
A palavra tem de distinguir-se, de maneira muito clara e forte, do silêncio. Se o não fizer, melhor será que nos remetamos ao silêncio : Eurípedes: “Fala, caso tenhas palavras mais fortes do que o silêncio ou, então, guarda silêncio.”
O poeta sabe muito bem que vive de palavras e que fenece da falta delas: não da falta de quaisquer palavras, mas da falta daquelas palavras especiais de que precisa para fazer poesia. Perguntaram um dia ao poeta irlandês, William Butler Yeates se ele se sentia bem. Respondeu: “Não muito bem. Hoje só consigo escrever prosa.” Queria com isso dizer que, nesse dia, só conseguia usar palavras, para o fim básico da comunicação e não, daquela maneira especial que faz com que as palavras de todos os dias não sejam as mesmas palavras de todos os dias. Na prosa de pura – e básica – comunicação, as palavras perdem aquele peso e sabor especial que têm na poesia ou na prosa literária. “A poesia está para a prosa como o dançar está para o andar”, disse o poeta inglês John Wain. Na poesia, as palavras são diferentes, soam diferente, funcionam de maneira diferente, percutem um som diferente. Os testemunhos disto chegam-nos de todo o lado. O poeta francês Léon-Paul Fargue, por exemplo, dizia-o desta maneira: “É preciso que cada palavra que cai seja o fruto bem maduro da suculência interior.”
Poderíamos continuar, interminavelmente, nesta sinalização da palavra, como constituinte fundamental (mas não único) do texto poético ou, simplesmente, do texto literário.
Seja como for, repito, teimosamente, com Claudel: “São as palavras de todos os dias e contudo não são as mesmas.” São as “insistentes” palavras do poema de Armando Silva Carvalho, que “parecem” desistir mas não podem desistir, porque têm de “avançar”, com todo o seu som, com toda a sua música encantatória, para construírem, ante nós, atónitos, o poema.

A biometria em sala de aula

Imagem encontrada aqui
Agradeço a um leitor Anónimo o comentário que fez ao meu texto Pedagogias alternativas à escala global pelo facto de nele apontar uma questão e facultar uma informação.

A questão, que eu também tenho colocado mas que não discuti no mencionado texto nem noutros que o precederam, é a seguinte: porque é que o conceito de "pedagogias alternativas" se espalha tão rapidamente pelo mundo e é acolhido, com tanto empenho, pelos mais diversos agentes educativos? Porque é que têm sido abertas tantas escolas baseadas nesse conceito e conseguem, ao que se diz, captar cada vez mais alunos? Porque é que muitos pais (em geral, pessoas informadas) as escolhem para os seus filhos e dizem o melhor delas?

Dada a complexidade desta questão deixo-a para outra ocasião. Detenho-me, pois, na informação que o leitor facultou: uso do reconhecimento facial, por via da tecnologia, para identificar o nível de atenção dos alunos.

Devo dizer que a minha surpresa foi igual às muitas que tive quando soube do uso de drones em sala de aula para vigiar os alunos em situação de exame, da instalação de câmaras de filmar nesse e noutros espaço interiores e exteriores para controlar os seus comportamentos, da colocação de chips em uniformes e mochilas para sua segurança, etc. (por exemplo, aqui e aqui).

Sempre que tomo conhecimento de um novo modo de vigilância em contexto escolar, mediado por meios tecnológicos, penso que ele é a derradeira fronteira. Fronteira que, pelo facto de nunca dever ter sido alcançada, acabará por cair pela força da razão.

Fácil é de se perceber que, até ao momento, me enganei sempre: as formas de vigilância consolidam-se e banalizam-se. A pouca discussão ética que se faz sobre o assunto fica retida algures em publicações inacessíveis, mas mesmo que estivesse acessível não colheria junto de ninguém, a começar pelas empresas de tecnologias e os seus engenheiros, passando pelos políticos e outros que decidem os rumos da educação formal, acabando nas próprias escolas, nos directores, professores e encarregados de educação.

Valores supremos como o da dignidade humana e alguns dos que a concretizam, como sejam a privacidade, são uma risada para os pragmáticos. E são os pragmáticos que levam a melhor.

Nesta questão da leitura da expressão facial dos alunos com recurso a meios tecnológicos é mesmo este modo de abordar os problemas que está em causa.

Na pesquisa que fiz sobressai o seguinte argumento: o professor deve perceber a variação da atenção e do interesse dos alunos ao longo da aula para reajustar procedimentos, que devem ser diferenciados. De acordo, é isso que, na verdade, se espera de um professor: detectado um aspecto crítico, espera-se que, na medida das suas possibilidades, em simultâneo, mantenha a turma a funcionar e responda a cada aluno.

Este argumento, que está certo, não justifica, no entanto, este meio biométrico. Nunca em circunstância alguma o pode justificar.

E isto porque o meio é invasivo do espaço do aluno, do seu corpo, do seu pensamento... abeira-se da sua alma, seja lá isso o que for. É um meio desumano porque não respeita a pessoa que o aluno é; mais, concorre para que ele não aprenda o que significa ser-se humano.

Enfim, é triste perceber que certos meios tecnológicos, podendo beneficiar a nossa vida, são usados precisamente para a desgraçar!

António Gião: os últimos anos de um meteorologista

Minha comunicação ontem no Encontro de História da Ciência no Ensino em Coimbra: 

António Gião (Reguengos de Monsaraz 1906 - Lisboa 1969) foi um meteorologista e físico teórico portu­guês do século com carreira feita em grande parte no estrangeiro. Após ter frequentado o 1.º ano na Universidade de Coimbra, foi para Es­trasburgo, onde se formou em Engenharia Geofísica e Física (Meteorologia) em 1927. Foi o primeiro português a publicar na Nature (uma carta em 1926, tinha ele 20 anos, so­bre nuvens).

Trabalhou nas Universidades de Bergen, Florença, Génova e Dublin, no Real Instituto Meteorológico da Bélgica, nos institutos Na­cional Meteorológico e Poincaré, de Paris. Atingiu notoriedade internacional, o que se revela na recepção de um convite para professor no MIT e de ouro para participar numa expedição internacional aérea ao pólo Norte em 1928.

Re­gressado a Portugal devido à guerra, passou a interessar‑se pela Física de Partículas e Cos­mologia. No início de 1946 enviou a Einstein, então em Prince­ton, uma carta endereçada de Reguengos de Monsaraz, onde propunha uma teoria das forças fundamentais. Na volta do correio, veio a resposta de Einstein, contendo alguns cál­culos, que exprimiam dificuldades técnicas da proposta de Gião, que replicou.

Em 1960, Gião foi nomeado, após convite, Professor Catedrático da Faculdade de Ciências de Lis­boa, onde teve problemas pedagógicos. Na década de 60, foi director do Centro de Cálculo Científico do Instituto Gulbenkian de Ciência, então emergente. Como di­rector desse Centro organizou em 1963 um encontro de Cosmologia em Lisboa, com a presença do alemão Pascual Jordan e do bri­tânico Hermann Bondi, um dos autores da teoria do estado estacionário.

Além de livros de referência em Me­teorologia, publicou mais de 150 artigos, quase sempre sozinho, muitos deles em revistas conceituadas como a Physical Review, a Comptes Rendus (apresentados por Louis de Broglie), o Journal de Physique, etc. Em Portugal, pu­blicou na Portugaliae Physica, revista da SPF cria­da em 1943 (um artigo sobre Meteorologia e outro sobre Teoria Quântica Relativista), na Portugaliae Mathematica e na Técnica (revista dos estudantes do IST).

Neste trabalho analisa-se em particular a produção científica de Gião nos seus últimos anos, publicada essencialmente nos Arquivos do Instituto Gulbenkian de Ciência, que dirigia.

Contam-se 16 artigos, 11 dos quais sozinho, em francês e em inglês. Os assuntos (física estatística, meteorologia teórica, cosmologia defesa do estado estacionário, física-matemática, e física de partículas) reflectem a pluralidade dos seus interesses.

sábado, 27 de maio de 2017

O avô e os netos falam de Geologia

Informação chegada ao De Rerum Natura.


Pedagogias alternativas à escala global

Na sequência do texto Pedagogias alternativas.
"Nos últimos anos as escolas que oferecem pedagogias diferentes da tradicional estão-se afirmando, tanto em Espanha como no resto do mundo, graças à procura do desenvolvimento intelectual, emocional e espiritual dos menores. O que oferecem estas alternativas ao ensino clássico?"
Assim se inicia um artigo publicado recentemente na imprensa espanhola (aqui) que dá conta do rápido avanço das "pedagogias alternativas".

Ainda que pequeno, esse artigo, reproduz ideias que (mais uma vez), afirmando-se como novas, encaixam num modo recorrente de conceber a educação formal cuja sustentação não vai além do senso-comum.

Modo esse que se traduz em discursos confusos, repletos de imprecisões e contradições, sempre carregado de elementos ideológicos muito sedutores, como sejam a crítica à "pedagogia tradicional" ou a promessa optimista de todos se desenvolverem, em todas as suas dimensões, felizes e sem esforço. 

Comentá-lo é, pois, uma tarefa difícil, demorada e delicada. Limito-me a apontar alguns dos elementos que convoca e que já se encontram profundamente entranhados no pensamento social.

1) Para que o desenvolvimento dos alunos seja saudável e harmonioso é preciso atender às suas necessidades vitais e educativas, potenciando todas as suas capacidades, intelectuais, afectivas e emocionais. Entre essas capacidades destacam-se a criatividade, a independência, a responsabilidade.

2) O método tem de proporcionar uma formação completa aos alunos e a possibilidade de "aprenderem felizes, através da criação do seu mundo em vez de se adaptarem ao existente". Isto significa: a adequação ao mundo em que vivemos, a preponderância do trabalho cooperativo e de projectos, um "mínimo de restrição e um máximo de consciência". 

3) O professor não ensina, "desenvolve a responsabilidade e a capacidade física, psicológica e intelectual". Além disso, estabelece com os pais uma "grande compreensão e compromisso".

Nada de novo, portanto. A designação "alternativa", é sonante mas não se justifica.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Pedagogias alternativas


"Pedagogias alternativas" e "educação alternativa". Os termos existem e já devem existir há muito mas confesso que os desconhecia até momento recente, em que os vi associados a outras manifestações alternativas.

Procurei informação e percebi que também os termos polarizam investigação académica em universidades conceituadas, que é publicada em livros e em revistas com factor de impacto; entidades internacionais que insistem em exercer influência na educação escolar, incluem-nos nos seus textos. Não é, pois, algo "marginal" aos circuitos que conferem legitimidade científica ao que se faz. 

E é claro, há escolas alternativas, métodos alternativos, recursos alternativos... onde cabe tudo!

Confesso que me custa ver nomes como o de João de Deus, de Maria Montessori e de outros pedagogos com obra consolidada, ainda que compreensivelmente, situada, misturados com outros que me abstenho de referir.

E, claro, custa-me ver os seus conceitos e propostas pedagógicas serem retorcidos, a compor um discurso que em circunstância alguma subscreveriam.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

O lugar dos professores nos sistemas educativos

Vale a pena ler o editorial do jornal Faro de Vigo do dia 21 deste mês, cujo título é El profesor como eje de la enseñanza necesaria (aqui).

O que nele se diz em relação à situação dos professores e do ensino em Espanha poderia, em grande medida, ser transposto para Portugal. É estranho que um pouco por todo o mundo se tenha de dizer que os professores têm um lugar importante nos sistemas educativos.

Eis breves passagens:
A excelência educativa depende mais das qualidades das pessoas - a capacidade dos professores, a disposição dos alunos e a atitude dos pais - do que do dinheiro. Um aumento de recursos não garante melhorias (...). 
Os sucessivos governos têm abandonado os professores à sua sorte, preferem-nos disciplinados e sobrecarregados de burocracias de normas e de regulamentos do que motivados, ambiciosos e inovadores (...).
A educação é o mais importante que qualquer sociedade pode legar às gerações futuras (...).

quarta-feira, 24 de maio de 2017

OUTRA TESE ORIGINAL


A ideia de tese académica circunscrita a temas selectos, apresentada em papel, com uma determinada estrutura e redigida num certo tipo de escrita faz, definitivamente, parte da história da universidade.

As especificidades de novos públicos que a frequentam, a aproximação que procura fazer em relação à sociedade e a parceiros de relevo, as exigências que recaem sobre ela, nomeadamente de ordem económica e política, a necessidade de auto-financiamento, são alguns dos factores que têm contribuído para lhe mudar o rumo. E isso vê-se nas teses que produz e que agora são disponibilizadas online em acesso aberto. 

Em 2008 demos exemplos neste blogue disso mesmo - ver, por exemplo, o Mestrado em "Gestão e Manutenção de Campos de Golfe" (aqui) e a tese de doutoramento intitulada "A situação epistemológica da astrologia através da ambivalência fascinação/rejeição nas sociedades pós-modernas" (aqui).

Tem corrido no nosso país a notícia de uma tese de mestrado em "Gestão do Desposto" que apresenta diversas razões para nos surpreender (aqui) e que, ainda assim, foi bem bem sucedida. A equipa do Portugalex não deixou de lhe dedicar um sketch (aqui). 

Como noutras coisas não estamos sós. Tem sido notícia na imprensa internacional o caso de um álbum de música rap que foi apresentado como tese final de licenciatura em "Língua e Literatura Inglesa" e aprovado com summa cum laude minus, uns 18 valores na escala que usamos. E isto na prestigiada universidade americana de Harvard (ver, por exemplo, aqui).

“MATERIAIS E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS E AMIGAS DA SOCIEDADE”



No próximo dia 30 de Maio, terça-feira, pelas 18h00, realiza-se no Rómulo Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra a palestra intitulada Materiais e tecnologias sustentáveis e amigas da sociedade”. A palestrante será Elvira Fortunato, Professora do Departamento de Ciências dos Materiais da Universidade Nova de Lisboa. 



Elvira Fortunato tem-se distinguido pela invenção do transístor de papel. A sua investigação tem sido destacada por vários prémios internacionais. Por exemplo, Elvira Fortunato foi a primeira investigadora portuguesa a receber a medalha Blaise Pascal, da Academia Europeia de Ciências, em 2016.

Resumo da palestra:
Nos últimos 50 anos, observámos uma mudança drástica na nossa vida diária, uma vez que a sociedade nunca antes foi tão eficiente e interligada. Isso fornece um ambiente colaborativo que é essencial para o crescimento económico e progresso como são exemplo o: Silicon Valley para tecnologia da microeletrónica e Boston para a área da biotecnologia. Este desenvolvimento vertiginoso foi em parte ditado por uma regra empírica e impulsionada economicamente conhecida como a "lei de Moore". Na verdade, hoje um microprocessador tem mais de 7 mil milhões de transístores integrados numa área de aproximadamente 350 mm2. Esta inacreditável capacidade de integração com elevadas velocidades de processamento, capacidade de memória e múltiplas funcionalidades dá origem ao que chamamos hoje: eletrónica ubíqua. Apesar da importância da tecnologia do silício, existem aplicações em que é impossível, tecnicamente ou economicamente usá-lo. Displays ou mostradores são o exemplo mais notório, mais se quisermos que eles sejam flexíveis por exemplo.
Nesta palestra apresentaremos resultados sobre as novas tecnologias desenvolvidas no CENIMAT | i3N como eletrónica transparente e eletrónica de papel onde é possível ter o uso de materiais sustentáveis utilizados em aplicações disruptivas.

Esta palestra insere-se no ciclo "Ciência às Seis" coordenado por António Piedade.

Publico em geral
Entrada livre

Link para o evento no facebook

terça-feira, 23 de maio de 2017

UMA TESE ORIGINAL


A tese de mestrado em Gestão do Desporto de Fernando Madureira, líder dos superdragões, feita numa instituição de ensino superior do Norte (ISMAI), foi divulgada pela revista VISÃO: 

 O parágrafo mais importante do resumo, com as conclusões do estudo, é este:

 "Pela análise da investigação que efetuamos, podemos concluir que a venda de Merchandising na Bancada Sul do estádio, que é uma óptima forma de os adeptos conhecerem os produtos e vestirem-se à “Super Dragões” e o ajuste do preço dos bilhetes à procura é também um aspeto a poder ser aproveitado de forma a aumentar o número de adeptos."

 Se não percebeu em português, tente perceber em inglês a última parte do abstract:

 "By analyzing the research we perform, we can conclude that the sale of Merchandising Bench South of the stadium, which is a great way for fans to know the products and dressed to the "Super Dragões" and the price adjustment of tickets will demand is also in one aspect can be exploited to increase the number of fans."

 No corpo da "tese", de três dezenas de páginas, onde se sucedem os erros de ortografia e pontuação, encontram-se verdadeiras "pérolas" como estas:

 "No futebol actual é necessário haver uma estruturação do público em geral e sobretudo haver uma estratégia entre o clube e uma claque de apoio."

 "A ideia é desenvolver todo um conjunto de pressupostos para que o apoio seja cabrangente a todo o Estádio do Dragão, Dragão Caixa e que os adeptos possam ser essa voz"

 "De acordo com a análise da literatura, verificamos que existem diferentes dimensões da qualidade relativamente aos diversos autores, bem como aos estudos por eles realizados. "

 "Como referem Camara et al. (1997), podemos entender mudança como um processo, que marca num sistema, uma diferença entre um instante e outro. "

 "Odiernamente, o mercado da compra online está cada vez mais seguro nas questões aliadas à venda, como corrobora Martins (cit. in Moreira, 2015) ao referir que um dos maiores receios de quem não está habituado a efetuar compras online, é o fator segurança. "

" Dentro deste conceito já é possível que um adepto possa comprar produtos alusivos à claque (Super Dragões) na página de Facebook. Podemos observer na figura 7 alguns dos produtos disponíveis e que por sua vez poderão ser comercializados. "

"A bilhética é um element crucial deste projecto. Aqui, uma boa estratégia fará com que todo o conceito seja empregue de forma eficaz e coerente junto dos adeptos do FC Porto. "

"Quando falamos de 'futebol', pensamos logo em dar às pessoas um canal na qual coloquem toda esperança e paixão em torno da equipa. Portanto, o futebol torna-se ainda mais importante, não
não só para os adeptos, mas para todo o público que venera o futebol. " .

Enfim, as conclusões:

" Com este trabalho podemos observer o quanto importante é inovar na qualidae dos serviços em geral e nos serviços desportivos em particular, nomeadamente no futeol. ó para os adeptos, mas para todo o público que venera o futebol. Realçou-se a importânciaccomo dinamizar a Bancada Sul do Estádio do Dragão e as consequentes estratégicas que poderão ser implementadas para um melhor aproveitamento e dinamização do espaço."

Parece que a nota final foi 17.  O que menos interessa é saber se a "tese" é de um superdragão, de um diabo vermelho ou de um juveleo. O que interessa aqui mais é o estado do ensino superior português, politécnico no caso.

ALIEN, COVENANT: O NOVO FILME DE RIDLEY SCOTT

As migrações podem ajudar Portugal?

Vídeo da Fundação Francisco Manuel dos Santos:




MIgrações e sustentabilidade demográfica

U

Um dos maiores problemas que Portugal tem é demográfico. Um estudo de João Peixoto (ISCTE) e colaboradores foi lançado ontem pela Fundação Francisco Manuel dos santos. O estudo já está disponível gratuitamente. Basta fazer download aqui. 

OBSERVADOR EM PAPEL


O jornal on-line Observador fez três anos (parabéns!) e resolveu publicar em papel uma selecção dos seus artigos. Um dos artigos escolhidos foi "Um cientista e um padre entram num bar", na p. 70, do
jornalista João Francisco Gomes, que parte de uma entrevista comigo e com o padre jesuíta, director do Observatóruio do Vaticano, Guy Consolgmano. O artigo pode também ser lido on-line, mas em papel é outra coisa.

Na figura o padre Georges Lemaître e Albert Einstein.

Encontro Nacional de História da Ciência no Ensino

Vai-se realizar em breve em Coimbra. Apresentarei uma contribuição sobre os últimos anos do meteorologista português António Gião, professor da Faculdade de Ciências de Lisboa e director de uma secção científica da Fundação Gulbenkian :

https://www.uc.pt/fctuc/dquimica/2EHCE/PR/

segunda-feira, 22 de maio de 2017

LEV- LITERATURA EM VIAGENS: RESUMO DE UM FESTIVAL LITERÁRIO ONDE ESTIVE


http://www.dn.pt/artes/interior/um-festival-em-que-a-realidade-do-pais-quase-atrapalhou-8476316.html

100 ANOS DO PORTUGAL FUTURISTA


CONGRESSO INTERNACIONAL "100 Futurismo"

LISBOA // Fundação Calouste Gulbenkian
CALL PAPERS / INSCRIÇÕES
2ª FASE: Até 31 de julho de 2017

FADO GALÁCTICO

Crónica primeiramente publicada no Diário de Coimbra e outra imprensa regional.



O brilho das estrelas conta-nos a história do Universo.
Mas nem tudo o que brilha no céu nocturno, para além da Lua, são estrelas individuais como o nosso Sol. É possível detectar pelo menos o brilho de três galáxias a olho nu (sem telescópios): a galáxia de Andrómeda, a Grande Nuvem de Magalhães e a Pequena Nuvem de Magalhães. Só a primeira é visível em Portugal. As outras duas só são visíveis no hemisfério Sul. Contudo, hoje sabemos existirem muitos milhões de galáxias por esse Universo fora.
Mas nem sempre foi assim. No início do século XX, os astrónomos julgavam que a nossa galáxia, a Via Láctea, era a única no Universo. E os limites do Universo de então eram o da nossa galáxia. Mas os astrónomos conheciam “objectos” designados por nebulosas e nas primeiras décadas do século passado houve grande discussão sobre a sua natureza e se estariam ou não dentro da nossa galáxia.
Devemos ao astrónomo norte-americano Edwin Hubble (1889 – 1953) a identificação dessas nebulosas como galáxias existentes muito para além da Via Láctea e também a vertiginosa constatação de que estas se afastavam uma das outras a uma velocidade tanto maior quanto a maior a distância que as separavam.
Desde então, os avanços tecnológicos permitiram a construção de telescópios cada vez mais sensíveis e o número de galáxias conhecidas aumentou como nunca antes teria siso possível. E, quando foi possível colocar no espaço, fora da turbulência da atmosfera terrestre, telescópios como o que honra Edwin Hubble por ter o seu nome, o conhecimento sobre o campo profundo, negro a olho nu, do Universo, apresentou-nos miríades de galáxias.
Para o estudo das galáxias, para conhecer a sua evolução, é necessário analisar a luz que delas nos chega e isso é feito através de técnicas de espectroscopia avançada. A luz é proveniente principalmente das estrelas que compõem as galáxias, mas há também uma parte que resulta da ionização do gás interestelar que existe nas próprias galáxias. Distinguir a contribuição de cada uma das fontes não tem sido tarefa fácil e o recurso a programas informáticos (algoritmos) de análise de dados tem sido imprescindível.
Neste contexto, uma nova ferramenta informática acaba de ser apresentada num artigo recente aceite para publicação na revista científica Astronomy & Astrophysics. Este novo algoritmo foi desenvolvido pelos astrofísicos do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) Jean Michel Gomes e Polychronis Papaderos. FADO (acrónimo de Fitting Analysis using Differential evolution Optimization) foi o nome que estes cientistas atribuíram a esta nova técnica de análise, numa homenagem ao estilo desta música património imaterial da humanidade. “Cada galáxia tem um “fado” – uma narrativa da sua biografia, desde o nascimento das primeiras estrelas. Este destino está escrito no seu espectro eletromagnético, que contém os registos fósseis das múltiplas gerações de estrelas que se formaram, ao longo de milhares de milhões de anos, bem como do gás que essas estrelas ionizam com a sua radiação”, pode ler-se num comunicado do IA.
Uma das características inovadoras do FADO é o uso de algoritmos genéticos, que simulam a evolução de uma galáxia como se a de um organismo vivo se tratasse. O tratamento dos dados permite que se reproduza a emissão observada das estrelas e do gás na galáxia separando as duas contribuições da luz captada. Segundo o comunicado citado, “os modelos anteriores tinham grandes incertezas, em parte porque só tinham em conta a contribuição da luz emitida pelas estrelas. No entanto, a contribuição do gás ionizado pode somar até 50% de toda a luz da galáxia”.
É uma importante contribuição desta instituição científica portuguesa, o IA, para melhor compreendermos a formação e a evolução das galáxias.


António Piedade

sexta-feira, 19 de maio de 2017

NOVO 12F



Já saiu o projeto NOVO12F, da Texto Editores, de que sou coautor:

http://nlstore.leya.com/texto/newsletters/2017/email_projetos17/Novo12F.html

NOVOS LIVROS GRADIVA MAIO


Novos livros da Gradiva em Maio:

Harry G. Frankfurt
Sobre a Verdade

A vida pessoal, social e profissional seria impossível sem a verdade. O autor mostra que distinguir entre verdadeiro e falso é algo pressuposto nas situações mais banais. Ao contrário do que agora é moda dizer, a verdade é necessária para nos compreendermos e relacionarmos e para percebermos a realidade. Sem jargão filosófico, este é um pequeno livro muito acessível e de leitura imperativa, neste nosso tempo relativista da pós‑verdade.

«Gradiva Breve», n.º 7, 88 pp., € 9,00
http://www.gradiva.pt/?q=C/BOOKSSHOW/9220

Eduardo Lourenço
Da Pintura

Uma obra sobretudo com textos inéditos que entram pelo mundo da arte, e da pintura em particular, com páginas preenchidas de sabedoria, experiência e interesse, ou não fosse Eduardo Lourenço um dos grandes pensadores contemporâneos. Dividido em três secções — Estética, Exposições, Pintores —, o percurso aqui proposto é abrangente.

24.º livro da colecção «Obras de Eduardo Lourenço»

«Obras de Eduardo Lourenço», n.º 24, 312 pp., € 13,50
http://www.gradiva.pt/?q=C/BOOKSSHOW/9222

Umberto Eco e Jean‑Claude Carrière
Não Contem com o Fim dos Livros

Há muito que se ouve anunciar a morte dos livros. Mas os autores desta obra negam essa possibilidade, pois o fim dos livros determinaria também o da espécie humana. Inúmeros episódios e referências culturais, muito humor e a indispensável ironia juntam‑se numa obra inteligente e estimulante.

«Fora de Colecção», n.º 490, 264 pp., € 13,50
http://www.gradiva.pt/?q=C/BOOKSSHOW/9221


O SEXO CONTADO EM TRÊS MINUTOS


Ver a actuação de David Bidarra o grande vencedor português do FameLab 2017, minuto 37.37 do vídeo:

http://www.cienciaviva.pt/famelab/

LIÇÕES DE EINSTEIN EM TEMPO DE PÓS-VERDADE


A liberdade de que Einstein precisou é aliberdade de que precisamos hoje. Minha declarações à LUSA, transcritas pelo DN e outros jornais.

http://www.dn.pt/lusa/interior/literatura-em-viagem-reco

O QUE É SER PORTUGUÊS?


Na próxima quarta-feira, dia 24 de Maio, pelas 18 horas, no RÓMULO - Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra, situado no piso 0 do Departamento de Física da FCTUC, o Doutor Onésimo Teotónio de Almeida, Professor e Director do Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros da Brown University, Providence, Rhode Island, EUA estará em diálogo sobre PORTUGALIDADE com Carlos Fiolhais, director do RÓMULO. A sessão é aberta a todos os interessados.

Onésimo Teotónio de Almeida nasceu no Pico da Pedra, na ilha açoriana de S. Miguel, em Dezembro 1946. Frequentou o Seminário de Angra do Heroísmo, nos Açores, obteve o Bacharelato na Universidade Católica Portuguesa em 1972, emigrou para os EUA e fez o Mestrado em 1977 e doutorou-se em Filosofia em 1980 pela Brown University (Department of Philosophy), em Providence, Rhode Island. Ainda aluno de pós-graduação na Brown University, começou a leccionar no Centro de Estudos Portugueses e Brasileiros que ajudou a criar. Em 1981 foi nomeado Assistente nesse Centro; em 1987, promovido a Professor Associado e em 1991, a Professor Catedrático. O Centro, agora Departamento, foi dirigido por ele de 1991-2003. É Fellow do Wayland Collegium for Liberal Learning, um Instituto de Estudos Interdisciplinares na Brown University, onde lecciona uma cadeira sobre Valores e Mundividências.

O seu último livro que vai estar em debate em Coimbra é “Obsessão da Portugalidade” (Quetzal). Para além dos muitos livros, tem centenas de escritos em revistas e livros colectivos. Fundou e dirige a editora Gávea-Brown, dedicada à edição em inglês de obras de literatura e cultura portuguesas, que edita também a revista Gávea-Brown – a Bilingual Journal of Portuguese American Letters and Studies, que ele fundou e co-dirige. É co-editor do e-Journal of Portuguese History e de Pessoa Plural, ambas revistas electrónicas editadas em cooperação internacional e publicadas na Brown University. É co- editor de uma colecção de obras de Lusophone Studies na Sussex Academic Press. Desde 1979 mantém um programa bimensal no Portuguese Channel, de New Bedford, Massachusetts, e durante dois anos manteve um programa semanal – “Onésimo à conversa com…” – na RTP Açores. Foi colaborador regular n’ O Jornal e no Diário de Notícias. É colaborador regular na revista LER, na PNETLiteratura e no JL. Foi eleito Membro da Academia Internacional de Cultura Portuguesa e sócio- correspondente da Academia da Marinha. Em 2013 recebeu um Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Aveiro.


quarta-feira, 17 de maio de 2017

DIA NACIONAL DOS CIENTISTAS


Minha entrevista  e da Joana Lobo Antunes à Antena 1 no Dia Nacional dos Cientistas, celebrado no aniversário de José Mariano Gago:

https://www.rtp.pt/play/p517/e288763/entrevistas-manha-1

A SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES E A CIÊNCIA

Informação recebida da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA):

SPA SAÚDA OS CIENTISTAS PORTUGUESES COMO AUTORES
E QUER DEFENDER OS SEUS DIREITOS E APOIAR A DIFUSÃO
DAS SUAS OBRAS

A Sociedade Portuguesa de Autores congratula-se com o facto de hoje, 16 de
maio, ser comemorado o Dia do Cientista Português, por ser a data do
nascimento do cientista e político José Maria Gago, falecido em 17 de Abril
de 2015. Mariano Gago foi, enquanto ministro, quem mais contribuiu para o
desenvolvimento da actividade investigação científica em Portugal nas
últimas décadas e para o apoio aos principais intervenientes nesse processo.
Nesta data, a SPA apela aos cientistas portuguesas que, na maior parte dos
casos, também são autores, para perceberem que a SPA é a instituição que
de forma mais regular e eficiente pode defender os seus interesses e direitos
como criadores.

Ao longo dos anos, poucos cientistas portugueses se assumiram plenamente
como autores, excepção feita ao Prof. António Manuel Baptista, com vasta
obra publicada e que foi um grande comunicador televisivo e radiofónico e se
manteve ligado como cooperador à SPA até ao final da vida.

Portugal tem uma longa e brilhante tradição científica que vem de Pedro
Nunes e Garcia de Orta e passa por nomes mais recentes como o Prémio
Nobel da Medicina Egas Moniz. Nas gerações mais recentes, há numerosos
autores que, independentemente da dinâmica do seu trabalho como
investigadores, podem ser membros de direito pleno da SPA, que está em
condições de os representar e defender.

O apoio ao trabalho científico deve provir dos sectores público e privado,
dado que as vantagens dessa acção beneficiam toda a comunidade.
A SPA já discutiu este assunto em detalhe com um membro do governo e
pretende levar mais longe este esforço, admitindo mesmo a possibilidade de,
através do seu Fundo Cultural, poder vir a apoiar a divulgação merecida de
trabalhos científicos, embora não disponha de meios financeiros para apoiar
formas concretas de investigação, que exigem outros recursos de muito
maior dimensão.

Recordando José Mariano Gago, que também foi autor de vários livros, a SPA
saúda hoje os cientistas portugueses, felicita-os pelo exemplar trabalho que
muitos realizam e reafirma a sua sua disponibilidade para defender os seus
direitos e vir a apoiar a difusão de algumas das suas obras. A ciência é uma
das vias pelas quais Portugal acompanha as exigências da modernidade e
contribui para se construir um modelo de desenvolvimento e progresso que
verdadeiramente beneficie a comunidade.

Lisboa, 16 de Maio de 2017

Mais informações em www.spautores.pt

DAVID BIDARRA GANHA A FINAL PORTUGUESA DO FAMELAB

Ler no jornal A Cabra: aqui.

SOBRINHO SIMÕES EM COIMBRA




Na próxima quinta-feira, dia 18 de Maio, pelas 18 hiras. No Rómulo Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra, situado no Dep. Física, o Doutor Manuel Sobrinho Simões, professor de Medicina da Universidade do Porto, dará uma conferência seguida de debate intitulada “Uma espécie acidental”. A conferência ssinala a semana do aniversário de José Mariano Gago e em que se debatem os “caminhos de conhecimento” que ele ajudou a abrir. Sobrinho Simões, que recebeu o grande Prémio Ciência Viva em Novembro passado, no Dia Nacional da Cultura Científica, será apresentado por Carlos Fiolhais, Director do Rómulo.

A sessão é aberta a todos os interessados.

Manuel Sobrinho Simões nasceu no Porto, licenciou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, FMUP (1971) e doutorou-se em Patologia Oncológica (1978). Fez o pós-doutoramento em 1979-80 no Instituto de Cancro da Noruega. Criou (1989) e dirige desde a sua fundação o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade Porto (IPATIMUP), um dos três laboratórios europeus acreditados pelo Colégio Americano de Patologistas. Segundo a revista britânica “The Patologist”, é o patologista mais influente do mundo, por ter contribuído “mais do que qualquer outra pessoa, para a visibilidade da patologia na Europa”.  Sobrinho Simões destaca-se também por apoiar e formar patologistas em todo o mundo, sendo reconhecido pelos seus pares como “um professor entusiasta que está sempre disponível para partilhar aquilo que sabe”.

Presidiu à Sociedade Europeia de Patologia de 1999 a 2001, depois de ter sido secretário-geral de 1989 a 1997 e do Colégio Europeu de Patologia.  Foi co-autor de cerca de 330 artigos científicos e de 24 livros ou capítulos de livros publicados na Europa, EUA e Japão que deram origem a mais de 9000 citações. Realiza anualmente 200 a 300 casos de consulta diagnóstica (tumores da tiróide, sobretudo) para instituições da Europa, Estados Unidos da América, América do Sul e África.

Distinguido com vários prémios como o Prémio Bordalo (1996), o Prémio Seiva (2002) e o Prémio Pessoa (2002), em 2004, recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e, em 2009, tornou-se Comendador da Ordem do Mérito Real da Noruega.

Actualmente, é professor catedrático e director do Departamento de Patologia e Oncologia da FMUP, chefe de serviço no Hospital de São João e vice-presidente do Health Cluster Portugal, 

segunda-feira, 15 de maio de 2017

DESCIDA DO AMAZONAS


Informação recebida da Âncora:

Lançamento do livro Descida do Amazonas, Caminho de Pedro Teixeira – Revisitar o 3.º Império
Coordenação de: António de Bacelar Carrelhas

Com a participação de:
Cronistas: António Correia; Fernando Lamy
Historiadores: Anete Costa Ferreira; Jorge Couto; Renata Malcher Araújo
Ilustrador científico: Pedro Salgado
Depoimentos: Alexandre de Sousa Pinto; Alípio Jorge Rodrigues da Silva;
António Emídio de Silva Salgueiro; Joaquim do Rosário; Luís Aires-Barros;
Manuel Barão da Cunha; Rómulo Alexandre Soares; Vasco Rocha Vieira

A sessão terá lugar no dia 16 de Maio, às 15:00 horas, na Livraria/Galeria Municipal Verney, Oeiras.


«A ideia e o propósito de António Pedro de Bacelar Carrelhas de organizar esta expedição merecem todo o agradecimento e aplauso. Trata-se de dar a conhecer Pedro Teixeira, herói português que viveu no Brasil na primeira metade do século xvii, e um feito incompreensivelmente perdido e esquecido nas sombras da História. Pensado com grande visão politica e estratégica e realizado com sentido patriótico, inteligência, diplomacia, coragem, capacidade de liderança, de assumir riscos e responsabilidades, a expedição de Pedro Teixeira, de 1637 e 1639, constitui-se como um acontecimento de referência para a formação do território soberano do Brasil.»

Vasco Rocha Vieira
Tenente-general do Exército Português



António de Bacelar Carrelhas nasceu em Lisboa, Portugal, em 1937. Reside em São Paulo desde 1977. É advogado e administrador de empresas, e até 2003 foi diretor executivo do grupo financeiro português Espírito Santo. Foi o “delegado empregador” de Portugal junto à Organização Internacional do Trabalho – OIT, em Genebra, durante o conturbado período da Revolução dos Cravos, de 1974 a 1977. Foi presidente da Câmara Portuguesa de Comércio de São Paulo, da Federação de Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, da qual foi fundador. Foi, também, conselheiro do Governo Português para a internacionalização da economia e tem diversas condecorações concedidas pelos governos português e brasileiro. Escreveu o livro Cavalo Encilhado não passa duas vezes. Um «pisa mundo» apaixonado por história, natureza e viagens. Idealizador e realizador de expedições como esta de Pedro Teixeira.

PORTUGAL CATÓLICO: A BELEZA NA DIVERSIDADE

Informação recebida dos editores de uma obra (publicada pelo Círculo de Leitores) na qual colaborei com um capítulo intitulado "A Igreja e a Ciência:"


Portugal Católico. A Beleza na Diversidade. Uma obra sonhada, uma obra realizada!

Com o mecenato especial e pessoal do Senhor Alexandre Soares dos Santos e o apoio da Conferência Episcopal Portuguesa, da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal, da Fundação Calouste Gulbenkian, da União das Misericórdias Portuguesas e da Santa Casa da Misericórdia do Porto, esta é a réplica da obra elaborada de forma intensa e em tempo recorde – sensivelmente em sete meses. Reúne 204 textos-síntese, de 190 autores, intercalados com uma forte componente imagética, constituída por fotos (aéreas e terrestres), gravuras que acompanham os conteúdos escritos e um conjunto de poemas de diversos grandes autores portugueses que se distribuem em 14 capítulos. Simbolicamente, o número 14 dos capítulos representa quer as 14 estações da Via Sacra, quer as 14 Obras de Misericórdia.

Esta obra de dimensão monumental é inaugurada com textos do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do Cardeal Patriarca de Lisboa e Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente, e conta com a participação das mais diversas figuras da cultura, da ciência e da sociedade portuguesas, entre as quais, Eduardo Lourenço, Guilherme d’Oliveira Martins, Pedro Mexia, Adriano Moreira, José Manuel Pureza, José Mattoso, Artur Santos Silva, Carlos Fiolhais, João César das Neves, Rui Vieira Nery, Manuel Barbosa, José Pedro Paiva, José Leite Abreu, Henrique Manuel Pereira, José Cordeiro, José Carlos Miranda, Daniel Serrão, Henrique Leitão, Francisco Senra Coelho, Vasco Pinto Magalhães, Manuel Braga da Cruz, José Carlos Seabra Pereira, Gonçalo Portocarrero, Leonor Xavier, Jaime Nogueira Pinto, Jorge Wemans, João Seabra, Manuela Silva, entre outras.

O projeto inicial teve por referência uma recente obra francesa intitulada La France Catholique (Paris, Éditions Michel Lafon, 2015), de Jean Sévilla. Ao longo de sete meses, a obra portuguesa, sob a direção de José Eduardo Franco e José Carlos Seabra Pereira, ganhou uma identidade própria, afirmando um âmbito muito mais amplo e profundo em relação à obra francesa, apostando mais no conteúdo e diversidade de temas e incluindo, ainda, uma publicação infanto-juvenil e um spot de divulgação da obra. O resultado de cerca de 800 páginas acaba por apresentar uma radiografia abrangente da Igreja Católica e constituir-se numa espécie de dicionário enciclopédico do catolicismo contemporâneo português.
Não estamos perante uma obra que pretenda ser a voz oficial da instituição eclesial na linha da clássica expressão apologética. Esta obra traduz-se, isso sim, num fundamentado e aliciante quadro da condição do catolicismo em Portugal, pondo em evidência as múltiplas óticas, facetas e as dinâmicas várias da comunidade católica e da sua Igreja. 

Optou-se, neste projeto, pela leitura da diversidade que encontramos no quadro do catolicismo português, perpassando a história e, sempre que foi possível, evidenciando o contexto atual de cada uma das temáticas abordadas. Abordam-se temas do âmbito da teologia, da pastoral, do eclesial, da medicina, da política, da justiça, da sociedade, do ambiente, da música, da arte, da comunicação social, do turismo, da educação, da solidariedade, do desporto, etc. Salientamos ainda um aspeto de particular significado: a participação da comunidade judaica e da comunidade do Islão. Na tela de fundo sempre esteve presente a opção pela evidência da Beleza na Diversidade que sustenta todas estas temáticas.

beleza na diversidade, para além de estar presente nas múltiplas temáticas abordadas, está patente também na diversidade de pensamento dos autores que colaboram nesta obra. Nesta unidade na diversidade emerge a beleza que se funda nas três frases que estão patentes na capa e fita suporte da obra: “Que sejam um, como Nós somos Um. Eu neles e Tu em mim.” (Jo 17, 22-23); “É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei.” (Jo 15, 12); “Luz terna suave no meio da noite leva-me mais longe.” (Da Liturgia das Horas)

Desde a sua origem, este projeto sempre privilegiou dois públicos em especial: Sua Santidade, o Papa Francisco, que receberá um exemplar único, no marco importante da sua vinda a Portugal, e o grande público dos mais vários quadrantes socioculturais, crentes e não crentes. Para o público em geral a obra será lançada, primeiro numa edição especial do Círculo de Leitores em novembro de 2017, e depois numa edição corrente em abril de 2018.

Este projeto é promovido por instituições universitárias: a CIDH (Universidade Aberta), o CLEPUL (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), a FLUL (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) e o IECCPMA (Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes), em cooperação com o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura da CEP.


Os diretores da obra Portugal Católico. A Beleza na Diversidade.

José Carlos Seabra Pereira               José Eduardo Franco


Plano detalhado da Obra

PORTUGAL CATÓLICO.
A beleza na diversidade
[dir. por José Eduardo Franco e José Seabra Pereira]



1.      Prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa (Presidente da República)
2.      Prelúdio de D. Manuel Clemente (Cardeal Patriarca de Lisboa e Presidente da CEP)
3.      Limiar de António Guterres (Secretário Geral da ONU)
4.      Poema de Fernando Echevarria

INTRODUÇÃO

I. A FORÇA DOS FUNDAMENTOS
Preâmbulo

1.      A beleza do Espírito, Eduardo Lourenço
2.      O poder da palavra e a palavra do poder, Adriano Moreira
3.      Louvor e simplificação do cristianismo no quotidiano, Daniel Serrão
4.      Modelações cristãs do “projeto Portugal”, José Eduardo Franco
5.      Religiosidade popular e inculturação bíblica, Ricardo Tavares
6.      Humanismo e catolicismo, Sebastião Tavares de Pinho
7.      Receção do Magistério Pontifício, João Seabra
8.      Dizer e agir dos bispos, Manuel Morujão
9.      Perspetiva cristã e estimativa moral, Jorge Teixeira da Cunha
10.    Fundamentos da justiça e políticas públicas, Mário Pinto
11.    Raízes cristãs dos Direitos Humanos, Susana Mourato Alves-Jesus
12.    Pensar aberto, Anselmo Borges
13.    Conciliação na separação: concordatas, Bruno Cardoso Reis
14.    Tempus Colligendi: valorização e difusão do património cultural da Igreja, José António Falcão 
15.    Sentido deiforme na religiosidade tradicional, João Tiago Pinheiro Teixeira
16.    Sacralidade e espiritualidade das expressões musicais, Rui Vieira Nery

II. A BELEZA DA DIVERSIDADE
Preâmbulo
1.      Unidade e diversidade do catolicismo português, Vítor Gonçalves
2.      O dom da fortaleza em tempos da homologação, Margarida Miranda
3.      Dinâmicas diocesanas e papel do episcopado, José Pedro Paiva e Paulo Rocha
4.      Da paróquia territorial à comunidade transterritorial, Alfredo Teixeira
5.      Perfil do clero e a exigência da formação, José Paulo Leite Abreu
6.      Ordens e congregações: entre a contemplação e a ação, David Sampaio
7.      Diaconado permanente, Fernando Magalhães
8.      Ordens militares: do esforço de guerra ao esforço da solidariedade, Paula Carreira
9.      Institutos seculares e sociedades de vida apostólica, Pedro Gil
10.    Condição apostólica dos leigos, Alexandra Viana Lopes
11.    Padres em dispensa do ministério, Alípio Afonso
12.    Os antigos alunos dos seminários na Igreja e na sociedade, António Agostinho  
13.    Realidades de fronteira e o Evangelho do quotidiano, Leonor Xavier
14.    Pastoral do anticlericalismo, Luís Machado de Abreu
15.    Para uma pastoral dos afetos e da relação, Fernando Ventura
16.    Uma Igreja que ri, José Eduardo Franco e Cristiana Silva

III. ESTAR NO MUNDO
Preâmbulo
1.      Do germinar ao florescer da democracia..., Guilherme d’Oliveira Martins
2.      Uma perceção contemporânea de país religioso num estado laico, Luís Salgado de Matos
3.      Participação no processo de constituição europeia, Manuel Lopes Porto
4.      Vida diplomática, Marcello Duarte Mathias
5.      Matriz cristã das fundações: o caso da Fundação Calouste Gulbenkian, Artur Santos Silva
6.      Lei de Deus e Rule of Law, José Miguel Júdice  
7.      Igreja e constituição, Paulo Ferreira da Cunha 
8.      Pensar o direito e fundar a justiça, Pedro Barbas Homem
9.      Atualizar os Direitos Humanos, Pedro Caridade Freitas
10.    Fé em Deus, lealdada à pátria, luta pela justiça, Jaime Nogueira Pinto
11.    Ação política, João Relvão Caetano
12.    Movimento monárquico, Mendo Castro Henriques
13.    Relação com a maçonaria, Octávio Carmo  
14.    Valor e proteção do trabalho, Margarida Seixas
15.    Sindicalismo, Fernando Abreu
16.    Escutar a cidade, Jorge Wemans
17.    Pensamento ecológico, Luísa Schmidt
18.    Igreja e o ambiente: doutrina e testemunhos, Viriato Soromenho-Marques
19.    Medicina e cristianismo, José Manuel Silva
20.   Fé e sentido na prática e competição desportivas: o caso do Futebol, Joaquim Franco

IV. O ESPLENDOR DO SILÊNCIO
Preâmbulo
1.      Espiritualidade e Mística: a inevitável paixão Deus-humano, Eugénia Magalhães
2.      Inteligência espiritual, Luís Gonzaga
3.      As Ordens do silêncio, João Inglês Fontes
4.      Jovens e Retiros espirituais, Vasco Pinto Magalhães
5.      As novas vocações religiosas, Filipe Avillez 
6.      Experiência da parábola da comunidade de Taizé, António Marujo
7.      Comunidades orantes e as novas tecnologias, António Valério
8.      Os calados que falam: o silêncio que cria luz, Eugénia Magalhães
9.      Deus do silêncio que fala música, Rão Kyão

V. REZAR, CELEBRAR E PEREGRINAR
Preâmbulo
1.      O poder da santidade: a intercessão dos santos, José Saraiva Martins e Maria José Figueiredo
2.      Um experiência de conversão, Catarina Belo
3.      O cuidado da liturgia e da prática dos sacramentos, João Cambado
4.      Música litúrgica, José Carlos Lopes Miranda
5.      Itinerância e espiritualidade, Delmar Barreiros
6.      Santo António: universal e peregrino, Luís Machado de Abreu 
7.      Santuários de referência, Maria José Figueiredo
8.      Ressurgimento dos caminhos de peregrinação, Lourenço de Almeida
9.      A centralidade de Fátima, Joaquim Franco
10.    Fátima no mundo, Manuel Arouca
11.    A mensagem de Fátima na Rússia, José Milhazes
12.    Romagens, romarias e outras tradições populares, Alberto Júlio Silva  
13.    Turismo religioso e pastoral do turismo, Carlos Alberto da Graça Godinho
14.    Para uma nova pastoral dos cultos tradicionais, Ricardo Tavares
15.    Alma orante no fado,  José Campos e Sousa

VI. SOLIDARIEDADE INTEGRAL
Preâmbulo
1.      Uma prática médica assente em valores, Levi Guerra
2.      Pastoral da saúde, Vítor Feytor Pinto e José Manuel Pereira de Almeida
3.      Médicos e medicina, Amadeu Pardo de Lacerda
4.      Pastoral para a pessoa com deficiência, Alice Cabral
5.      Saúde Mental, Aires Gameiro 
6.      O valor social, cultural e pastoral da velhice, Matilde Sousa Franco
7.      O cuidado da fragilidade, Isabel Galriça Neto
8.      O combate à pobreza e a batalha do desenvolvimento, Eugénio Fonseca
9.      Confrarias: a sobrevivência de uma rede antiga de assistência, António Rebelo
10.    Misericórdias: um património de marca portuguesa, Joel Araújo
11.    O papel das IPSS e dos Centros Sociais e Paroquiais para uma solidariedade integral, José Maia
12.    Caritas em Portugal, Márcia Carvalho
13.    Grupos e redes de assistência, Acácio F. Catarino
14.    Cooperação com as autarquias, Fausto Oliveira
15.    Da solidariedade internacional à responsabilidade partilhada, Susana Réfega

VII. ABRAÇAR AS MARGENS E AS MINORIAS
Preâmbulo
1.      A comunidade cigana, Manuela Mendonça
2.      Pastoral dos migrantes, Maria Beatriz Rocha-Trindade
3.      Obra da Rua, Henrique Manuel Pereira
4.      Cuidar das pessoas em situação de Sem-Abrigo, Henrique Joaquim
5.      Vinha de Raquel, Maria José Vilaça
6.      Espaços de fronteira, José Maria da Silva Rosa
7.      Pastoral penitenciária, Inês Leitão
8.      O Mundo das drogas, Manuel Matias  
9.      Humanizar as prostitutas, Maria de Fátima Magalhães
10.    A perseguição religiosa no mundo e a relevância do tema, Catarina Martins Bettencourt

VIII. A FECUNDIDADE DO PENSAMENTO E DA COMUNICAÇÃO
Preâmbulo
1.      Pastoral da Cultura, José Carlos Seabra Pereira
2.      Intelectuais e escritores, Pedro Mexia
3.      Teologia e teólogos, Porfírio Pinto
4.      Filosofia e pensamento católico, Luís Machado de Abreu
5.      A filosofia portuguesa e o catolicismo, Joaquim Domingues
6.      Igreja e Ciência, Carlos Fiolhais
7.      Amor e cuidado: fundamentos das Ciências Médicas, Walter Osswald
8.      Ciências da Vida e Bioética, João Carlos Loureiro
9.      Catolicismo na historiografia, António Leite da Costa
10.    Arquivos de cultura e ciência: as bibliotecas das ordens religiosas, Luana Giurgevich e Henrique Leitão
11.    Imprensa e editoras católicas, Luís Filipe Santos
12.    Informação católica e comunicação social: Agencia Ecclesia e outros meios, Paulo Rocha
13.    Teologia em fragmentos: opinião religiosa na imprensa, António Marujo
14.    Rádios católicas, Nelson Ribeiro
15.    Igreja na televisão, António Rego
16.    Fátima: a reconstrução de um fenómeno religioso no deslumbramento mediático, Joaquim Franco
17.    Aventuras da Bíblia em português, António Marujo
18.    É preciso levantar o céu, José Mattoso


IX. INSPIRAR A ARTE E FABRICAR PATRIMÓNIO
Preâmbulo

1.      Igreja, madre e mecenas das artes, Vítor Serrão
2.      Património e ação cultural das misericórdias, Francisco Ribeiro da Silva
3.      Herança arquitetónica católica: Monumentos e património edificado, Joana Balsa de Pinho
4.      O Legado de bens culturais, Fátima Eusébio
5.      Iconografia, Marco Daniel Duarte
6.      Espiritualidade e arte contemporânea, Paulo Pires do Vale
7.      Música erudita, José Carlos Lopes de Miranda
8.      Tradição e atualidade da “Serenata a Nossa Senhora”, Carlos Noronha Lopes
9.      A cena inspirada: valores cristãos no teatro, Júlio Martín da Fonseca
10.    Projeção inspirada: marcas cristãs no cinema, Inês Gil
11.    As marcas cristãs na arquitetura dos jardins: o caso da Arrábida, Cristina Castel-Branco
12.    Sabores da Fé, Luís Lavrador  
13.    Arte e espiritualidade na religiosidade popular, José Silva Lima
14.    A questão cristã na poesia e na narrativa, José Seabra Pereira e Annabela Rita
15.    A arte e o património vivos de uma Igreja global, João Paulo Oliveira e Costa
 
X. MOVIMENTOS NA HISTÓRIA
Preâmbulo
1.      As estatísticas e os católicos que se dizem, Paulo Rocha
2.      Catolicismo e mudança social, Eduardo Duque
3.      Ver, julgar e agir: o movimento e ação na História, António Moniz
4.      Ação Católica: um tempo, uma resposta, um destino, João Gomes
5.      Projetos e trajetos desde os anos 60: o caso do CADC, José Carlos Seabra Pereira
6.      Lideranças portuguesas no catolicismo mundial, Octávio Carmo
7.      Prelaturas e atualização da orgânica eclesial: o caso da Opus Dei, Pedro Gil
8.      Renovação dos carismas laicais e novos movimentos, Octávio Carmo
9.      Nascidos da diáspora: o caso do Metanóia, Jorge Wemans
10.    Movimento por um Mundo Melhor e renovação pastoral, António Marujo
11.    Dinâmicas de associativismo dos médicos católicos, António Sarmento
12.    Pela defesa da vida e da família, Isilda Pegado
13.    Os movimentos da pastoral da Família, Maria Leonor Cabral Antunes
14.    Equipar humana e espiritualmente a visa conjugal, Bernardo Mira Delgado
15.    Divorciados, recasados, uniões de facto, Vítor Neto e Marília Monteiro
16.    Pastoral Castrense, Manuel Linda
17.    Pastoral do mar, Eugénia Costa Quaresma
18.    Movimento ecuménico: unir os cristãos, Timóteo Cavaco
19.    Diálogo inter-religioso, Cristina Milagre
20.   Relações com a comunidade judaica, Isaac Assor
21.    Relações com a comunidade islâmica, Abdool Magide Vakil
22.   Diálogo com os não-crentes, João Duque

XI. EMPREENDER, CRIAR E DISTRIBUIR RIQUEZA
Preâmbulo
1.      Atualizar a Doutrina Social da Igreja, António Bagão Félix
2.      A gestão dos bens da criação, José Manuel Pureza
3.      Catolicismo empreendedor, José Porfírio
4.      Empresários católicos e a multiplicação da riqueza ao serviço das pessoas, A. Pinto Leite
5.      Uma economia com futuro com lugar para uma economia social e solidária, Manuela Silva
6.      Ideários e prática de uma economia de comunhão, Pedro Vaz Patto e José Maria Raposo
7.      Capitalismo vs comunismo, João César das Neves
8.      Ética cristã para a empresa, João Evangelista Ribeiro
9.      Trajeto e alcance atual da Comissão Nacional Justiça e Paz, Pedro Vaz Patto

XII. UNIVERSALIZAR A BOA NOVA
Preâmbulo

1.      Universalização do cristianismo e globalização da língua portuguesa, Fernando Cristóvão
2.      Catolicismo na insularidade atlântica e na diáspora americana, João Lavrador
3.      Igreja em Portugal fora de portas, Manuel Joaquim Gomes Barbosa
4.      Institutos, grupos e dinamismos missionários, Tony Neves
5.      Missões de alto risco, Tony Neves
6.      Missões populares, Francisco Senra Coelho
7.      Nova evangelização na cidade, Henrique Matos
8.      Voluntariado missionário, Ana Patrícia Fonseca
9.      Átrio dos Gentios, Rui Rego
10.    Os NEC’s – Núcleo de estudantes católicos e Missão País, Miguel Câmara Machado e Pedro Cunha Matos
11.    Exemplo dos papas viandantes, Octávio Carmo  


XIII. EDUCAR AS NOVAS E AS VELHAS GERAÇÕES,
Preâmbulo
1.      Formação para os valores no sistema educativo, Roberto Carneiro
2.      A Educação Moral e Religiosa Católica nas escolas, Luís Manuel Pereira da Silva
3.      Projetos educativos católicos: pedagogos, atividades e presença, Jacinto Jardim e Rita Balsa Pinho
4.      As escolas católicas, Jorge Cotovio
5.      Formação e difusão bíblica, Herculano Alves
6.      Ensino da Teologia, Porfírio Pinto
7.      A Universidade Católica Portuguesa, Arnaldo de Pinho
8.      Ensino da música, Maria Helena Vieira
9.      A pastoral dos jovens, Rui Alberto
10.    Ética para um desporto ao serviço da humanidade, José Carlos Lima
11.    Preparar para a vida em liberdade: o caso singular do Escutismo católico, João Marques Costa
12.    Campos de férias Miguel Câmara Machado e Pedro Cunha Matos


XIV. SEMENTES DO FUTURO
Preâmbulo
1.      Vaticano II e as novas gerações, Diogo Freitas do Amaral
2.      A Igreja e a liberdade de ensino, Manuel Braga da Cruz
3.      Crianças e educação para a Fé, Maria Isabel Azevedo de Oliveira Catarina Martins Bettencourt 
4.      Vozes e ecos cristãos na literatura infanto-juvenil, José António Gomes 
5.      Dinâmicas universitárias, Eduardo Duque
6.      Grupos de jovens: procura de experiências com sentido, Jacinto Jardim
7.      Igreja digital, Luís Miguel Figueiredo Rodrigues
8.      Novas linguagens da música cristã, Jorge Castela
9.      Confissão e direção espiritual, Gonçalo Portocarrero de Almada
10.    Seminários, José Manuel Cordeiro
11.    Chamados pelo Senhor, Afonso Sousa e Pedro Sousa
12.    Dinâmicas da Pastoral da Cultura, Rui Jorge Martins
13.    A força da fé – escola de campeões, Fernando Santos


CONCLUSÃO

Poema de Fecho de Ramos Rosa

BIBLIOGRAFIA

ABREVIATURAS

SIGLÁRIO

TÁBUA DE AUTORES E INSTITUIÇÕES

ÍNDICE GERAL

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...