Sobre a evolução tecnológica: Qual é a maneira mais rápida de transmitir uma mensagem, por código Morse no telégrafo ou em texto por SMS num telemóvel?
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8 comentários:
UM DELírio!!!!!!!
A tecnologia e a capacidade humana...enfim, muitas coisas a aperfeiçoar...AINDA!
Espectacular! Eis a razão pela qual não consigo adaptar-me aos telemóveis!
Adelaide Chichorro Ferreira
Eheheh! ;)
Nunca menosprezar as velhas tecnologias (sem elas tambem nunca teriamos investigado para chegar as actuais:P)!
Apenas um reparo:
O resultado poderia ser diferente se a língua usada não fosse Inglês mas, p. ex., o Português:
O alfabeto Morse foi concebido por forma a que as letras mais frequentes fossem também as mais curtas. Para o Inglês, trata-se do "E", a que corresponde um "ponto".
O competidor, com o SMS, usa um teclado em que isso não é tido em consideração.
que granda abada...
A ESTE CORONEL, HÁ QUEM ESCREVA!
(Do livro«Jeremias dá uma mãozinha», da PLÁTANO)
Dado que já aqui se falou de tecnologias antigas (como manivelas e corda), não posso deixar de referir uma outra que não lembraria ao Diabo e que, embora tendo a desvantagem de ser muito lenta, pode ser extremamente interessante, pois é totalmente gratuita.
Trata-se de mais uma das grandes ideias de um outro amigo meu, o impagável Coronel Reboredo, um octogenário viúvo e reformado (homem das Arábias que também deviam gostar de conhecer), que vive sozinho num enorme casarão do século XVIII onde, segundo garante, nunca se aborrece. E eu compreendo porquê, pois dedica todo o seu tempo livre – que é muito! - a fabricar engenhocas mais ou menos computorizadas que o divertem imenso.
*
Ora, um dia destes, de visita a sua casa para lhe devolver um livro do Pato Donald que me emprestara dez anos antes, fiz-lhe notar que o telefone estava a tocar já há algum tempo. Porque é que não o atenderia, tanto mais que até estava mesmo ao pé de si?
O aparelho calou-se nesse preciso momento, mas pouco depois voltou a repenicar.
- Chiu! - intimou-me o Coronel, estranhamente sisudo.
Dado que, pelos vistos, eu teria de ficar algum tempo quieto e calado, sentei-me num sofá que havia ali perto e centrei as minhas atenções numa misteriosa caixa de madeira negra, cheia de lâmpadas e transbordante de fios, que estava ao pé do aparelho telefónico. E, para cúmulo dos mistérios, vi que dessa coisa esquisita saía uma fina e longa tira de papel branco que mais parecia uma bicha-solitária!
- O idiota do Major Portaló continua a não querer usar a Internet para comunicar comigo – comentou ele – e o pior é que o emissor-receptor de Morse que ele costumava usar se avariou, e no Extremo-Oriente, onde agora está, não há peças.
- Então e ele, em vez de usar a Internet, telefona?! Deve sair-lhe por uma fortuna! – perguntei eu, admirado.
- Na realidade não gasta nada, porque eu também não atendo, como vês. – Foi a espantosa resposta que me deu.
Nesse preciso momento, mais uma vez o aparelho deu sinal de si e o Coronel, tornando a exigir-me silêncio, voltou novamente a sua atenção para a misteriosa caixa.
Quando a campainha parou de tocar, reparei que a tal fitinha de papel tinha dado mais um pequeno salto para fora; além disso, havia qualquer coisa traçada nela!
Mas não prolonguemos o mistério.
Passava-se o seguinte:
O Major Portaló, velho camarada de armas do Coronel Reboredo, comunicava agora por código Morse usando o telefone, fazendo sucessivas ligações para o meu amigo, que tinha o cuidado de não atender!
E, afinal, o princípio de funcionamento até era muito simples:
Se a campainha tocasse duas vezes, era um "ponto"; se tocasse quatro vezes, era um "traço"; e havia ainda códigos para a separação das letras, das palavras e das frases, correspondentes a intervalos de tempo pré-combinados entre os dois!
- Além de gratuito, isto é muito divertido – comentou o meu anfitrião – O único defeito é ser um bocadinho lento. Por isso, arranjei este pequeno automatismo que, com a ajuda de um microfone, analisa os toques de campainha do telefone e os intervalos respectivos. Depois, há uma ligação àquele computador através da porta série e um retorno pela porta paralela para imprimir nesta fita que mais parece uma serpentina. Depois, é só saber Morse… e pimba!, já está!
Fiquei assombrado!
- E o que é que o Major Portaló está agora a dizer nessa mensagem?
- Não faço a menor ideia, mas pelas primeiras palavras parece que é uma coisa muito importante. E daqui a mais uns toques já vamos saber, porque a comunicação deve estar quase a chegar ao fim.
Será preciso dizer que o outro começara a enviar a sua mensagem às 20h, hora local. Já devia ser, por lá, quase manhã e, pelos vistos, ainda não acabara!
Mas decidi esperar pois, a acreditar no Coronel, já faltava pouco.
Finalmente, ouviu-se um clarim a tocar (!) e acendeu-se uma luz violeta (obedecendo a mais algum programa ou código misterioso), que significava que o envio tinha terminado. E o Coronel, arrancando a tirinha de papel da maquineta, leu em voz alta, soletrando:
OLHA, AMIGO REBOREDO, QUERO DIZER-TE UMA COISA QUE ME PARECE MUITO IMPORTANTE: JA SAO HORAS E ACHO QUE VOU DORMIR
Uma outra história, relacionada com Código Morse, foi publicada em tempos na revista «Internet Prática». É a de um indivíduo que tem uma camisola decorada com pontos e traços...
Ao contrário da anterior, está na Internet, em:
www.janelanaweb.com/humormedina/serapiao4.html
Fui operador de comunicaçãoes da FAP em Moçambique onde o meio utilizado era o morse e havia dois instrumentos para comunicar: a chave normal, pressionando com o indicador e o médio rapidamente dá pontos e pressionando mais lentamente dá traços; o outro chamado de "vibro" que pressionado com o polegar dá traços e com o indicador dá pontos, escusado será dizer que quem utilizava este instrumento eram os indivíduos com muita experiência e que transmitiam numa hora 10 vezes mensagens do que aqueles que utilizavam a chave normal. Estes mocinhos dos SMS tiveram azar de confrontarem-se com super craques do morse.
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