quinta-feira, 19 de julho de 2007

MORSE VERSUS SMS

Sobre a evolução tecnológica: Qual é a maneira mais rápida de transmitir uma mensagem, por código Morse no telégrafo ou em texto por SMS num telemóvel?

8 comentários:

avelaneiraflorida disse...

UM DELírio!!!!!!!

A tecnologia e a capacidade humana...enfim, muitas coisas a aperfeiçoar...AINDA!

Anónimo disse...

Espectacular! Eis a razão pela qual não consigo adaptar-me aos telemóveis!
Adelaide Chichorro Ferreira

Authors disse...

Eheheh! ;)
Nunca menosprezar as velhas tecnologias (sem elas tambem nunca teriamos investigado para chegar as actuais:P)!

Carlos Medina Ribeiro disse...

Apenas um reparo:

O resultado poderia ser diferente se a língua usada não fosse Inglês mas, p. ex., o Português:

O alfabeto Morse foi concebido por forma a que as letras mais frequentes fossem também as mais curtas. Para o Inglês, trata-se do "E", a que corresponde um "ponto".

O competidor, com o SMS, usa um teclado em que isso não é tido em consideração.

José Reis Santos disse...

que granda abada...

Carlos Medina Ribeiro disse...

A ESTE CORONEL, HÁ QUEM ESCREVA!

(Do livro«Jeremias dá uma mãozinha», da PLÁTANO)

Dado que já aqui se falou de tecnologias antigas (como manivelas e corda), não posso deixar de referir uma outra que não lembraria ao Diabo e que, embora tendo a desvantagem de ser muito lenta, pode ser extremamente interessante, pois é totalmente gratuita.
Trata-se de mais uma das grandes ideias de um outro amigo meu, o impagável Coronel Reboredo, um octogenário viúvo e reformado (homem das Arábias que também deviam gostar de conhecer), que vive sozinho num enorme casarão do século XVIII onde, segundo garante, nunca se aborrece. E eu compreendo porquê, pois dedica todo o seu tempo livre – que é muito! - a fabricar engenhocas mais ou menos computorizadas que o divertem imenso.
*
Ora, um dia destes, de visita a sua casa para lhe devolver um livro do Pato Donald que me emprestara dez anos antes, fiz-lhe notar que o telefone estava a tocar já há algum tempo. Porque é que não o atenderia, tanto mais que até estava mesmo ao pé de si?
O aparelho calou-se nesse preciso momento, mas pouco depois voltou a repenicar.
- Chiu! - intimou-me o Coronel, estranhamente sisudo.
Dado que, pelos vistos, eu teria de ficar algum tempo quieto e calado, sentei-me num sofá que havia ali perto e centrei as minhas atenções numa misteriosa caixa de madeira negra, cheia de lâmpadas e transbordante de fios, que estava ao pé do aparelho telefónico. E, para cúmulo dos mistérios, vi que dessa coisa esquisita saía uma fina e longa tira de papel branco que mais parecia uma bicha-solitária!
- O idiota do Major Portaló continua a não querer usar a Internet para comunicar comigo – comentou ele – e o pior é que o emissor-receptor de Morse que ele costumava usar se avariou, e no Extremo-Oriente, onde agora está, não há peças.
- Então e ele, em vez de usar a Internet, telefona?! Deve sair-lhe por uma fortuna! – perguntei eu, admirado.
- Na realidade não gasta nada, porque eu também não atendo, como vês. – Foi a espantosa resposta que me deu.
Nesse preciso momento, mais uma vez o aparelho deu sinal de si e o Coronel, tornando a exigir-me silêncio, voltou novamente a sua atenção para a misteriosa caixa.
Quando a campainha parou de tocar, reparei que a tal fitinha de papel tinha dado mais um pequeno salto para fora; além disso, havia qualquer coisa traçada nela!
Mas não prolonguemos o mistério.
Passava-se o seguinte:
O Major Portaló, velho camarada de armas do Coronel Reboredo, comunicava agora por código Morse usando o telefone, fazendo sucessivas ligações para o meu amigo, que tinha o cuidado de não atender!
E, afinal, o princípio de funcionamento até era muito simples:
Se a campainha tocasse duas vezes, era um "ponto"; se tocasse quatro vezes, era um "traço"; e havia ainda códigos para a separação das letras, das palavras e das frases, correspondentes a intervalos de tempo pré-combinados entre os dois!
- Além de gratuito, isto é muito divertido – comentou o meu anfitrião – O único defeito é ser um bocadinho lento. Por isso, arranjei este pequeno automatismo que, com a ajuda de um microfone, analisa os toques de campainha do telefone e os intervalos respectivos. Depois, há uma ligação àquele computador através da porta série e um retorno pela porta paralela para imprimir nesta fita que mais parece uma serpentina. Depois, é só saber Morse… e pimba!, já está!
Fiquei assombrado!
- E o que é que o Major Portaló está agora a dizer nessa mensagem?
- Não faço a menor ideia, mas pelas primeiras palavras parece que é uma coisa muito importante. E daqui a mais uns toques já vamos saber, porque a comunicação deve estar quase a chegar ao fim.
Será preciso dizer que o outro começara a enviar a sua mensagem às 20h, hora local. Já devia ser, por lá, quase manhã e, pelos vistos, ainda não acabara!
Mas decidi esperar pois, a acreditar no Coronel, já faltava pouco.
Finalmente, ouviu-se um clarim a tocar (!) e acendeu-se uma luz violeta (obedecendo a mais algum programa ou código misterioso), que significava que o envio tinha terminado. E o Coronel, arrancando a tirinha de papel da maquineta, leu em voz alta, soletrando:

OLHA, AMIGO REBOREDO, QUERO DIZER-TE UMA COISA QUE ME PARECE MUITO IMPORTANTE: JA SAO HORAS E ACHO QUE VOU DORMIR

Carlos Medina Ribeiro disse...

Uma outra história, relacionada com Código Morse, foi publicada em tempos na revista «Internet Prática». É a de um indivíduo que tem uma camisola decorada com pontos e traços...

Ao contrário da anterior, está na Internet, em:

www.janelanaweb.com/humormedina/serapiao4.html

Anónimo disse...

Fui operador de comunicaçãoes da FAP em Moçambique onde o meio utilizado era o morse e havia dois instrumentos para comunicar: a chave normal, pressionando com o indicador e o médio rapidamente dá pontos e pressionando mais lentamente dá traços; o outro chamado de "vibro" que pressionado com o polegar dá traços e com o indicador dá pontos, escusado será dizer que quem utilizava este instrumento eram os indivíduos com muita experiência e que transmitiam numa hora 10 vezes mensagens do que aqueles que utilizavam a chave normal. Estes mocinhos dos SMS tiveram azar de confrontarem-se com super craques do morse.

FÁBULA BEM DISPOSTA

Se uma vez um rei bateu na mãe, pra ficar com um terreno chamado, depois, Portugal, que mal tem que um russo teimoso tenha queimado o te...