Por Isaltina Martins e Maria Helena Damião
Carmen Soares e Douglas Cairns, respectivamente, professores de Estudos Clássicos nas Universidades de Coimbra e de Edimburgo, publicaram, no dia 29 julho, um artigo de opinião sobre "A vitalidade das Humanidades". Este é o título que lhe deram. Os "preconceitos enraizados" acerca das Humanidades, de que falam, com toda a razão, têm sido bem laborados pelos paladinos da eficácia e da eficiência ao ponto de dominarem o espaço público. Mas, como dizem, as Humanidades resistem, estão vivas e assim hão-de continuar.
(...) Muito raras são as vozes com espaço na comunicação social a conseguir passar para o grande público exemplos do melhor que se ensina e investiga em Portugal nesta área [das Humanidades]. E se isto é assim nas Humanidades em geral, o que dizer sobre as disciplinas que as integram que mais arriscam a soar a “antigo” e “fora de moda”, como os Estudos Clássicos?
De facto, o estatuto periférico a que são votadas as Humanidades acentua-se ainda mais quando elas estudam as línguas, literaturas, culturas, a filosofia ou a história da Grécia e Roma antigas. Há preconceitos enraizados que associam os Estudos Clássicos a ideias de “antiquarismo”, elitismo e estagnação, sempre com a ameaça de extinção a pairar – o que talvez ajude a explicar alguma da ausência de interesse por estas áreas no espaço público (...)
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