domingo, 27 de junho de 2010

Guilhermina Suggia, professora

"Fui sua discípula durante 10 anos. Esse período da nossa convivência e amizade foi fabuloso. Ouvi-a tocar muitas vezes em ensaios e concertos com minha Mãe e com meu Pai. Aprendi muito nas suas lições e ouvindo-a em concertos, com a sua maneira de tocar muito comunicativa e emotiva."
Madalena Sá e Costa

Quando se celebram os 125 anos do nascimento da extraordinária violoncelista Guilhermina Suggia, é justo que se assinale a sua vertente de professora, que o foi de brilhantes músicos como Madalena Sá e Costa. Vertente que foi muito justamente lembrada por Maria do Carmo Vieira no livro que antes referimos no De Rerum Natura:

"Séneca grato ao mestre Átalo cuja escola frequentou, cita-o a Lúcilio na carta que escreve: o docente e o discente devem-se unir num propósito comum: o primeiro, ser útil ao discípulo, o segundo tirar benefício do convívio com o mestre.

Ouvindo na Antena 2 uma entrevista a Madalena Sá e Costa, ecoam em mim as palavras de Átalo no elogio que a violoncelista faz à sua mestra Guilhermina Suggia, numa demonstração inequívoca de que beneficiar do convívio daquele que é mestre implica forçosamente empenho e muito trabalho, a que se alia o prazer de aprender."

Na fotografia: Final do ensaio do primeiro concerto de Madalena Sá e Costa. Com Guilhermina Suggia e Augusto Suggia, em 1931 (no Teatro Gil Vicente, Palácio de Cristal, Porto).

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