terça-feira, 1 de junho de 2010
FEIRA DO LIVRO DO PORTO
Informação recebida da Feira do Livro do Porto:
80ª Feira do Livro do Porto 2010 (programa)
A 80ª Feira do Livro do Porto, que abre hoje, 1 de Junho, e decorrerá até ao dia 20 de Junho na Av. dos Aliados na Baixa do Porto irá homenagear Manuel António Pina, escritor e jornalista, um dos nomes fundamentais da literatura portuguesa contemporânea, autor de quatro dezenas de livros, que se dividem pela poesia (já duas vezes reunida, a última em Poesia Reunida, 1974/2000, em fim de edição), ficção, crónica e literatura infanto-juvenil, e ainda várias peças de teatro. Obras suas foram levadas ao cinema, TV e BD, musicadas e editadas em disco. A sua poesia tem sido também traduzida e publicada em vários países. Mantém uma crónica diária no Jornal de Notícias, uma das mais lidas e citadas. Um novo livro com uma selecção destas crónicas será publicado ainda este ano, tal como nova reunião da sua poesia, acrescentada de inéditos.
O ponto alto desta homenagem terá lugar no dia 5 Junho, às 17h30, na sessão MANUEL ANTÓNIO PINA EM DESTAQUE, em que participarão, para além do escritor, Álvaro Magalhães, que falará da obra para a infância e juventude, Luís Miguel Queirós, que abordará a poesia, e Sousa Dias, organizador da citada antologia de crónicas no prelo, que se irá debruçar sobre Manuel António Pina cronista. No dia seguinte terá lugar um concerto pelo Bando dos Gambozinos, que por várias vezes interpretou poemas de MAP.
Um ano volvido sobre o desaparecimento de João Bénard da Costa, a FLP também homenageia aquele a quem Eduardo Lourenço chamou “O Senhor Cinema português”, de que foi um dos grandes protagonistas nas últimas décadas. Foi através do seu olhar que muitos vimos e aprendemos (e continuaremos a aprender com os muitos livros que nos deixou) a ver os filmes. A ver o que lá está e o que não nos tínhamos apercebido que lá estava. Os seus textos (as muitas Folhas da Cinemateca – agora também em livro – as muitas crónicas, monografias, catálogos) seduzem-nos e levam-nos aos filmes. Que João Bénard da Costa amava. E gostava de partilhar esse amor connosco .Em textos “parciais e apaixonados”. Pelo cinema. Pela pintura. Pela literatura. Pela música. Pela vida.
Para além dos catálogos da Cinemateca, JBC publicou Os Filmes da Minha Vida, Os Meus Filmes da Vida (já em segunda edição), um segundo volume Os Filmes da Minha Vida, o livro sobre actores e actrizes Muito Lá de Casa, histórias do cinema português, etc. Acaba de sair o 1º de uma série de 4 volumes de Crónicas – Imagens Proféticas e Outras, organizado por Lúcia Guedes Vaz, que no dia 4 estará presente na sessão A CASA ENCANTADA DE JOÃO BÉNARD DA COSTA, juntamente com Maria João Seixas, actual directora da Cinemateca Portuguesa, e João Pedro Bénard. Segue-se a exibição, ao ar livre, de JOHNNY GUITAR, de Nicholas Ray, o filme da vida dos filmes da vida de João Bénard da Costa, numa cópia cedida pela Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema.
Neste programa desafiámos também a colaborar connosco instituições do Porto que trabalham na área da cultura. Ao Cineclube do Porto, reactivado e a comemorar o 65º aniversário, propusemos mostrar alguns dos filmes mudos do seu espólio, num filme-concerto na abertura da Feira. A sessão, que terá lugar esta noite, junta 2 filmes de Fernando Ferreira, antigo cineclubista, Bastão Piloto + Obsessor, e a curta The New York Hat, de D.W. Griffith. A acompanhar as imagens, música original do Trio de Jazz da ESMAE.
A Associação de Estudantes da ESMAE, a mais importante das escolas de artes do espectáculo do Porto, que agora comemora 20 anos, foi outra das instituições convidadas. Para além do filme-concerto de abertura, haverá uma praça ESMAE, por onde passarão dezenas de músicos de áreas diversificadas, em cerca de dezena e meia de concertos.
O INATEL, que costuma organizar na cidade o Cinema Fora do Sítio, com exibições de cinema ao ar livre no Verão, dá-nos o apoio nas sessões de cinema.
Na quinta-feira, 3 de Junho, arranca uma longa série de encontros com escritores. Nesse dia é tempo de balanço da primeira década do século XXI, pelos escritores e críticos Eduardo Pitta (que falará sobre a ficção), José Mário Silva (a poesia) e Miguel Real (o ensaio).
Haverá também lugar para falar de Portugal (Rui Tavares, historiador, dramaturgo, blogger e um dos mais brilhantes e surpreendentes cronistas da actualidade; e, na véspera, Álvaro Domingues, autor de A Rua da Estrada, e Miguel Carvalho, que coligiu algumas das suas crónicas em Aqui na Terra); do centenário da República (os historiadores Fernando Rosas e Manuel Loff); da educação (Eduardo Marçal Grilo e Carlos Fiolhais); da viagem (Alexandra Lucas Coelho e Francisco Bélard); dos Livros do Desasossego de Pessoa/Soares e da biblioteca de Pessoa (Jerónimo Pizarro, responsável pela edição crítica do Livro do Desassocego e co-autor de A Biblioteca Pessoal de Fernando Pessoa, acabados de sair; João Botelho, em fase final de montagem do seu Filme do Desassossego; Onésimo Teotónio de Almeida). E num volta-face surpreendente, Pedro Mexia, Ricardo Araújo Pereira e Zé Diogo Quintela, sob a batuta de Carlos Vaz Marques, vão falar “agora a sério”.
Haverá também uma série de Leituras Cruzadas, onde se cruzarão conversas sobre as mais recentes obras dos autores: João Paulo Sousa (O Mundo Sólido), valter hugo mãe (a máquina de fazer espanhóis); Inês Pedrosa (Os Íntimos), Patrícia Reis (Antes de Ser Feliz); António Osório (A Luz Fraterna), José Tolentino Mendonça (O Viajante sem Sono e nova edição aumentada de A Noite Abre Meus Olhos – Poesia Reunida); Fernando Pinto do Amaral (O Segredo de Leonardo Volpi), Paulo Kellerman (Chega de Fado); Ana Luísa Amaral (Inversos – Poesia 1990-2010), Nuno Júdice (Guia de Conceitos Básicos); João Tordo (As Três Vidas), Rui Vieira (Vozes no Escuro); António Mega Ferreira (A Blusa Romena), Filipa Leal (A Inexistência de Eva); Pedro Eiras (Tentações), e Rui Zink (O Anibaleitor).
António Costa (comissário do programa)
Programa (até dia 7 de Junho)
terça, 1 Junho, 22h
Filme-concerto
Bastão Piloto + Obsessor, de Fernando Ferreira + The New York Hat, de D.W. Griffith
Música original Trio de Jazz da ESMAE: Contrabaixo, Diogo Dinis / piano, Pablo Dinis / percussão, Nuno Oliveira
Praça Gen. Humberto Delgado
(sessão organizada em colaboração com o Cineclube do Porto e a Associação de Estudantes da ESMAE)
quinta, 3 Junho, 18h
2000/2010: BALANÇO DA DÉCADA
Eduardo Pitta, José Mário Silva, Miguel Real
(auditório)
sexta, 4 Junho, 21h
A CASA ENCANTADA DE JOÃO BÉNARD DA COSTA
Maria João Seixas, João Pedro Bénard, Lúcia Guedes Vaz
(auditório)
sexta, 4 Junho, 22h
exibição ao ar livre do filme JOHNNY GUITAR, de Nicholas Ray
(homenagem a João Bénard da Costa, em colaboração com a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema e o apoio do INATEL)
Praça Ge. Humberto Delgado
sábado, 5 Junho, 17h30
MANUEL ANTÓNIO PINA EM DESTAQUE
Álvaro Magalhães, Luís Miguel Queirós, Sousa Dias, Manuel António Pina
(auditório)
sábado, 5 Junho, 21h30
LEITURAS CRUZADAS
João Paulo Sousa, valter hugo mãe
(praça Azul)
domingo, 6 de Junho, 17h30
LEITURAS CRUZADAS
Inês Pedrosa, Patrícia Reis
(auditório)
segunda, 7 Junho, 18h30
(RE)PENSANDO A EDUCAÇÃO
Carlos Fiolhais, Eduardo Marçal Grilo
(auditório)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O corpo e a mente
Por A. Galopim de Carvalho Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
1 comentário:
O evento é muito bom, mas o local é muito mau.
No meio da Avenida, com trânsito constante de ambos os lados,à chuva e à soalheira(bem sei que na capital também o é, mas não é a mesma coisa...), preferia no Palácio..., ou na Alfândega; enfim, num local 'apropriado'...
O conceito de 'feira' é tomado demasiado à letra.
Admiro a paciência dos escritores e demais participantes...
Quanto aos leitores e curiosos avulsos, bem, o entusiasmo e a paixão são tais, que mal damos pelo ambiente. Mas damos. Um niquinho.
:)
Enviar um comentário