quarta-feira, 17 de setembro de 2014

PREVISÕES

Aproximam-se, no mundo e em Portugal, três eleições renhidas. Eis as minhas previsões, que por serem previsões podem naturalmente falhar:

- No referendo sobre a  independência da Escócia vai ganhar o não, embora por pouco. À última hora o "conservadorismo" vai prevalecer, porque os escoceses vão recear uma aventura que não sabem onde irá desembocar.

- Nas primárias do PS ganhará António Costa claramente. Não, não participo, porque esse é um problema interno do PS, mas não terei qualquer dificuldade em escolher nas próximas legislativas.

- Nas eleições presidenciais do Brasil, Dilma e Marisa passarão à segunda volta, ou turno como eles dizem. Depois é imprevisível: Quem ganhar vai ser por uma unha negra. Talvez Marina, por muitos brasileiros estarem desiludidos com Dilma.

Não aposto. A minha avó dizia: teima, teima, mas nunca apostes.

5 comentários:

António Pedro Pereira disse...

Das 3 previsões concordo com a 1.ª e a 3.ª mas tenho dúvidas na 2.ª
Não está a contar com a «chapelada» que se intui, pois há poucos dias havia 25 mil simpatizantes inscritos, de repente passou para 50 mil, agora parece que já são 145 mil.
Numa sociedade civil tão débil na participação cívica isto não cheira a esturro: é puro fogo e com bastante fumo.
Depois do que e passou com os mortos de Braga, ressuscitados pelos capangas de Seguro, começa a desenhar-se com bastante nitidez no horizonte o que poderá acontecer.
É sintomático o silêncio comprometido dos «media» e da blogosfera, hoje esmagadoramente dominados pela Direita, que preferem Seguro e odeiam Costa: vá-se lá saber porquê.
Isto porque, uma vez no poder, a margem de liberdade de que gozarão no governo do país quase não existe, quer devido a estarmos nas mãos dos credores e continuarmos com um crescimento anémico que continua a gerar défices todos os anos, quer pelo insignificante peso negocial do país, como se viu no resgate comparando o que nos aconteceu a nós e o que aconteceu em Espanha.
A principal diferença entre os dois é que um é um verdadeiro totó, sem o mínimo de carisma, sem «estaleca» política, um carreirista que sempre tentou não se chamuscar nas inúmeras churrascadas que fez pelo país para comprar a simpatia dos militantes. Nada mais fez.
O outro, tendo um percurso praticamente só dentro do partido, excepto algum tempo de trabalho num escritório de advogados (em regime de compadrio político-amiguista), já desempenhou cargos de outra relevância político-administrativa.
Não vou falar da acção como ministro, não conheço o suficiente na substância, já no trabalho na CML conheço razoavelmente bem, do qual destaco três coisas:
1.ª - A verdadeira e única reforma autárquica feita em Portugal nas últimas décadas (reduziu 52 freguesias para 24), e em diálogo com a oposição. Sei que é mais fácil fazê-lo numa grande cidade do que no resto do país, mas nas outras grandes cidades ninguém o fez.
2.ª – A redução da dívida da CML de 1200 e tal milhões para 700 e tal milhões. Eu ei que foi à custa da venda de património. E o que está a fazer o governo a despachar todas as empresas públicas, mesmo as lucrativas, p. ex. os CTT e a ANA, direi, especialmente as lucrativas, pois as deficitárias dos transportes demora a porem ordem nelas.
3.ª – A credibilização pública da CML, que quando Costa tomou posse já estava com penhoras sobre os seus próprios meios logísticos (camiões do lixo, por exemplo) e nem sequer aos pequenos fornecedores pagava. Parece que se esqueceu isso depressa.
Para terminar, com estas diferenças que elenco até parece que irei votar Costa nas primárias (nem me inscrevi nem conto inscrever-me, não pertenço à agremiação, nem por simpatia).
E também nas legislativas. Quanto a estas, se as propostas de Costa se mantiverem como até aqui, nem pensar. Só votarei em quem me convencer minimamente, como sempre procurei fazer, e desde que o que nos propõe atinja o patamar mínimo que eu ache que vale a pena. O voto branco é sempre uma possibilidade e continua a ser legal.

Anónimo disse...

Este blog tinha a intenção de ser sobre a ciência e agora anda em apostas e campanhas. Eu também aposto que os partidos do centro vão ganhar as próximas eleições, que a FCT vai levar a avaliação até ao fim e que a seguir ao Sábado vem o Domingo.

Augusto Küttner de Magalhães disse...

Quanto à 3ª acho que tem toda a razão.

Nas duas primeiras, claro que na Escocia há o medo do passo no escuro mas....

Quanto ao Costa, ainda muito boa gente se ilude com o oiyto Senhor..........e ..........pode ser mau.......

Mas...

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Bem, professor Carlos Fiolhais quem herda conselhos a generosidade aprecia !

Quanto ao Brasil ? Pertence a Democracia a legislação específica àquele modelo social (do conceito passado) conceito este, ora presente; mais estranho seria avaliar expressão de político eis que para qualquer emprego no Brasil é-nos exigida qualificações outrora a Democracia o pré-requisito a vontade de melhorar a sociedade a vontade de melhorar a educação e por aí vai... com o pequeno detalhe no modo de ser ou seja: faz de ambiciosos um parque de famintos com esta descrição o Brasil estampa diversas opiniões através do mundo, preocupados os estrangeiros advertem que os brasileiros tem responsabilidade apesar de jovem país.

Ildefonso Dias disse...

Senhor Manuel Silva;

Talvez os portugueses se sintam enojados com o Costa, porque lá diz o ditado popular "diz-me com quem andas que eu digo-te quem tu és"...
Repare nos apoios dos históricos do PS ao Costa, são eles Almeida Santos, Jorge Sampaio e companhia.
O senhor consegue imaginar o Costa perguntando em tom jocoso ao Almeida Santos, ?como foi que o teu filho consegui edificar o apartotel sobre as dunas de Monte Gordo... que violação da lei vocês conseguiram oh Almeida! e o povo de olhos tapados não!!!
ou o Costa ao Sampaio ? então foste dizer em tribunal que os presentes do José Penedos no valor de milhares de euros é uma coisa normal...que coragem Jorge!!!

Caro Manuel Silva pergunto-lhe, encontra em Seguro algo tão grave e tão perverso como as personalidades que acompanham Costa?

Cumprimentos,

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