"Muitos colegas [com horário zero] ainda não sabem por esta altura para onde irão e têm a sensação de terem voltado aos tormentosos miniconcursos. Como é possível que neste mi(nis)tério nunca se aprenda nada com os anos anteriores e, pelo contrário, se duplique o que de mal foi feito. Eu "ando nisto" há 34 anos e foi sempre assim, é um cansaço!
Este ano caber-me-ão, pelo menos, 8 (oito) turmas e uma viagem de 10 km entre escolas (sem qualquer transporte público. Os quilómetros que só são pagos a partir da fronteira da freguesia, o que os reduz a uns 3 km perfazendo um total de 6 Km no boletim itinerário que não deixarei de preencher religiosamente e cujo papel é pago por mim). E estou cheia de sorte.
Para o ano, com a municipalização, facilmente se concentrarão ainda mais os alunos e, também, o meu horário e os de muitíssimos outros poderão "ir de vela".
Ivone Melo
4 comentários:
Não foi sem um calafrio que reli este meu comentário. Não se consegue esquecer a sensação de aperto no coração (e já lá vão tantos anos!) que por volta de Maio nos invadia devido à incerteza da colocação no ano seguinte. Agora, todos nós, mais velhos ou mais novos voltamos, infelizmente, ao mesmo.
Um abraço fraterno a todos os que se encontram em tal situação.
Ivone Melo
Prezada Professora Ivone Melo
Agradeço o seu comentário. Traduz bem a cruel realidade do ensino e as consequências que não pode deixar de ter na aprendizagem.
Maria Helena Damião
isto é concorrencia com o berloque do guinadas
É isso mesmo mesmo Cara Professora Helena Damião,
O ensino é para gente forte que , apesar de tudo, consegue menorizar o impacto que estas trágicas situações podem fazer reflectir-se no seu trabalho. Mas, ao fechar a porta da sala de aula abre-se um outro e maravilhoso mundo !
Caro anónimo , vejo que o nosso colega Guinote faz as suas mossas! Abraço
Ivone Melo
Enviar um comentário