Num recente artigo - Latin: enseignement superflu pour jeunesse inculte? - publicado no Libération online, Anne-Cécile Schmitter, professora de estudos clássicos no colégio de Fronton, Haute-Garonne, escreve o seguinte:
Podemos assemelhar a cultura humanista aos airbags dos nossos automóveis: tranquiliza-nos saber que existem, mas preferimos não os ver muito próximos."O diagnóstico, traçado com ironia, é certeiro. Mas a responsabilidade é de quem?
Vejamos: não diminuiu o número de alunos interessados em estudar latim, mas não há professores suficientes para ensinar esta língua. E isto porque a política educativa deixou de a valorizar e descuidou a formação de docentes.
Vamos continuar a fechar as aulas de latim, alegando que a juventude de hoje não está interessa por nada, que é inculta, e que o seu "nível é baixo"? Todos os dias tenho diante de mim turmas que provam que isso é falso. No entanto, se se recusar hoje uma aprendizagem à qual as gerações anteriores tiveram direito isso acabará por ser verdade. Quem assumirá essa responsabilidade?
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