De um artigo de opinião, intitulado "Mais uma Oportunidade Perdida", de Arlindo Oliveira, Presidente do Técnico, no último Expresso:
"A mais recente avaliação das unidades de investigação
realizada pela FCT, que tive oportunidade de comentar (pela negativa) neste
mesmo espaço, resultou num enorme desinvestimento em ciência e tecnologia, em
geral, e nas áreas da engenharia, em especial. Do financiamento total atribuído
às unidades que receberam a classificação máxima, apenas 2% foi para a área da
engenharia, tendo a área mais privilegiada recebido mais de 50% do total.
De uma forma geral, o processo foi mal conduzido e resultou na desvalorização
das áreas da engenharia, ciência e tecnologia. Em quase todas as áreas
tecnológicas, incluindo eletrotecnia, informática, telecomunicações, mecânica e civil, existiu uma inversão
total entre o mérito das unidades, medido por indicadores internacionais
objctivos, e a classificação que receberam.” [sublinhado meu]
Já aqui o disse há algum tempo. Mas agora, quando toda a gente fez avaliações da "avaliação" da FCT, tudo é muito claro. Houve um pequeno grupo, circunstancialmente no poder, que resolveu privilegiar a sua área. O seu acto é tanto mais irreflectido quando o actual governo tem falado da necessidade da investigação ligada à tecnologia e da sua articulação com as empresas. Um discurso que não encontrou qualquer eco do lado da FCT, que não tem maneira nenhuma de explicar racionalmente os resultados da sua "avaliação", tão penalizadora da ciência e tecnologia. Nuno Crato, que permitiu tudo isto, não terá um lugar na história. Ele perdeu uma oportunidade histórica ao falhar, na área da ciência e tecnologia, uma acção coerente com o seu discurso anterior. Falta pouco para acabar o pesadelo.
Já aqui o disse há algum tempo. Mas agora, quando toda a gente fez avaliações da "avaliação" da FCT, tudo é muito claro. Houve um pequeno grupo, circunstancialmente no poder, que resolveu privilegiar a sua área. O seu acto é tanto mais irreflectido quando o actual governo tem falado da necessidade da investigação ligada à tecnologia e da sua articulação com as empresas. Um discurso que não encontrou qualquer eco do lado da FCT, que não tem maneira nenhuma de explicar racionalmente os resultados da sua "avaliação", tão penalizadora da ciência e tecnologia. Nuno Crato, que permitiu tudo isto, não terá um lugar na história. Ele perdeu uma oportunidade histórica ao falhar, na área da ciência e tecnologia, uma acção coerente com o seu discurso anterior. Falta pouco para acabar o pesadelo.
2 comentários:
Oxalá. É um "pouco" que nunca mais chega. Que, em demasia, tarda. Tantas as asneiras e os asneirentos.
Num País à beira da miséria, em que 1/3 das crianças vive na pobreza, pergunto é tudo o que o engenheiro Arlindo de Oliveira tem para dizer e fazer neste País? Tirar do Governo o Ministro Nuno Crato! Nem que para isso tenha que colocar no poder aqueles que mais contribuíram para o roubo e miséria do povo. Sim, porque a actuação de Nuno Crato apenas chocou com os seus interesses e a sua liberdade de poder fazer tantas coisas de que muito gostava. Só é de lamentar que os contributos do engenheiro Arlindo de Oliveira não tenham sido suficientemente bons para o progresso do País, porque tinha as condições para isso, politicamente esteve (e no futuro vai estar) muito bem servido com choques tecnológicos. Não com o meu voto caro engenheiro.
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