A contestação à pseudo-avaliação da FCT alastra: o Canal Superior ouviu alguns dos melhores e maiores centros arbitrariamente chumbados num processo que julgávamos impossível num país democrático e civilizado:
Muitos cientistas, mesmo de unidades que não morreram já mas poderão morrer a seguir, têm expresso a sua perplexidade e solidariedade aos colegas dos centros agora "saneados". Se há algo que une cada vez mais os cientistas portugueses é a oposição à política obscurantista e tacanha do ministro Nuno Crato. Só nos tempos de Salazar é que assistimos a semelhantes purgas.
1 comentário:
Nos tempos de Salazar as regras eram conhecidas e claras. Agora não!
E o mais grave é que não estamos, de facto, num estado de direito, uma vez que as refutações feitas na sequência da avaliação não foram tidas em conta, assim como nos casos das bolsas, nem as audiências prévias tiveram qualquer efeito. Restam os tribunais? Em princípio, sim, mas pelos exemplos da actuação anterior da justiça, os processos durarão anos. Recurso a entidades europeias? À Science Europe, em que o presidente é o mesmo que o da FCT? Esperamos que mude o governo? O ministro da tutela lava daí as mãos - o centro dele também cai, o que deve fazer parte da encenação. De qualquer modo, o mal está feito. Os resultados reflectir-se-ão na economia, como, por exemplo, na criação de novas empresas, muitas que têm sido spin-offs de centros agora atingidos.
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