Julgávamos nós que tínhamos um ministro da Educação e Ciência mas o próprio veio agora a público admitir que poderá ser só da Educação. Perguntou-lhe o "Expresso":
"- Não acha que ficará muito mais conhecido como ministro da Educação do que da Ciência?"
Respondeu Nuno Crato:
"É possível que sim."
Pouco disse sobre a ciência. Não disse uma única palavra a respeito das crescentes críticas ao processo da avaliação da FCT, confirmando assim que esta agência está em "roda livre". Nas curtas declarações sobre ciência sobressai o facto de defender maior ligação da ciência às empresas, na linha do que querem o primeiro-ministro e o ministro da Economia. Poderia ser uma ideia interessante incluir alguns indicadores económicos na avaliação, mas a FCT resolveu ignorar a ligação às empresas. A apregoada ideia de "excelência" não tem, portanto, nada a ver com esta ligação. Quando é que o ministro da Educação quererá assumir a pasta da ciência? Quando quererá ter alguma política coerente de ciência e tecnologia? O que se está a passar com a FCT ao liquidar primeiro as bolsas e agora as unidades, sem qualquer ideia de rigor e exigência, não passa de uma bambochata, que é feita com a inacreditável cobertura do ministro.
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