Agora que é a época da Feira do
Livro, escolhi um top ten de 10 livros recentes sobre ciência que recomendo.
Estão por ordem alfabética do apelido.
1 - Pedro Ferreira . Uma
Teoria Perfeita, Editorial Presença, 2014.
Um astrofísico português da
Universidade de Oxford apresenta ao público geral uma das mais belas teorias da
Física, devia ao génio de Einstein: A teoria da relatividade geral, que foi
confirmada com as observações astronómicas na ilha do Príncipe em 1919.
2 - Manuel Maria Godinho, A Inovação em Portugal, Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2013
Hoje em dia fala-se muito em
inovação, em economia e em desenvolvimento económico baseados na inovação. Um
economista do ISEG de Lisboa apresenta aqui de um modo muito simples o que é a
inovação dando exemplos. Nos dias de hoje, inovação tem, em geral, a ciência
como base.
3 - Stephen Hawking, A Minha
Breve História, Gradiva, 2014.
O famoso astrofísico da Universidade de
Cambridge, sucessor da cadeira de Newton apesar de estar há muitos anos
confinado a uma cadeira de rodas conta, num livro curto e envolvente, a
história da sua extraordinária vida.
4 - Michio Kaku, O
Futuro da Mente, Bizâncio, 2014.
O físico norte-americano com
origem japonesa que já escreveu com grande êxitos outros livros sobre a Física
Moderna, leva-nos aqui aos mistérios do cérebro humano, fazendo uma perspectiva
onde poderemos chegar no futuro.
5 - Leonard Mlodinow. Subluminar.
Como o Inconsciente controla o nosso
pensamento, Marcador, 2014
Um físico teórico norte-americano
do Caltech, que já tinha sido autor de um livro com Stephen Hawking, embrenha-se,
com exemplos do dia a dia, nos mistérios do inconsciente ou do subconsciente.
Em que medida somos racionais?
6 - Carla Morais e João Paiva, Porque pirilampiscam os pirilampos e outras perguntas luminosas sobre
química, Gradiva, 2014
Dois professores de Química da
Universidade do Porto tentam, com um estilo leve de pergunta resposta, tonar a
química atraente para um público jovem. Com êxito.
7 - Manuel Sobrinho Simões, O cancro, Fundação Francisco Manuel dos
Santos, 2014.
O professor de Medicina na Universidade do Porto e fundador
do IPATIMUP analisa aqui, para um público vasto (o livro encontra-se nalguns
supermercados), uma das doenças mais terríveis do nosso tempo. Mas a ciência
está a lutar contra o cancro e a vencer.
8 - Maria de Sousa, Meu
dito meu feito, Gradiva, 2014.
Uma das nossas melhores
cientistas, que fez carreira no Reino Unido e nos Estados Unidos (ver “Um
mundo imaginado”, de June Goodfield, um dos clássicos da colecção Ciência
Aberta da Gradiva) apresenta aqui, embora em fragmentos, a sua visão da ciência
e da história da ciência em Portugal. Clarividente!
9 - José Xavier, Experiência
Antárctica. Relatos de um Cientista Polar Português, Gradiva, 2014.
Um cientista
polar português relata aqui, ao vivo e com a cor das excelentes imagens, a sua
vida de meio ano, primeiro a bordo de um navio científico nos mares do Sul e
depois numa estação britânica na Antárctica. Fascinante!
10 - Hugh
Aldersey-Williams, Anatomias. O
corpo humano, as suas partes e as histórias que estas contam, Temas e Debates, 2014
No ano em
que passam 500 anos sobre o nascimento do anatomista André Vesálio, um
jornalista inglês “escalpeliza” uma das ciências com mais impacto na sociedade:
a medicina.
Carlos Fiolhais
4 comentários:
O cancro não é a doença mais terrível do nosso tempo. A mais terrível é a necrologia. Nunca ninguém escapou.
Está aqui e muito bem, e de leitura necessária:
Manuel Sobrinho Simões, O cancro, Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2014.
O professor de Medicina na Universidade do Porto e fundador do IPATIMUP analisa aqui, para um público vasto (o livro encontra-se nalguns supermercados), uma das doenças mais terríveis do nosso tempo. Mas a ciência está a lutar contra o cancro e a vencer
Estou a acabar de ler o 4º; uma perspectiva um tanto ou quanto ameaçadora, com as hipóteses que apresenta sobre leitura do pensamento, implantação de memórias, etc., pois, se é certo que podem ser usadas para fins benéficos, também existe o grande risco de o serem para fins indevidos e eticamente reprováveis. Enfim, nada que não seja habitual no desenvolvimento científico, considerada a natureza humana...
Meu dito, meu Escrito. Feito!
José Oras.
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