Foi notícia de telejornal: para se prevenir uma espécie de cancro, desenvolveu-se numa certa escola portuguesa um projecto de prevenção (tanto quanto percebi, apoiado pelo Ministério da Saúde) cujo objectivo é levar os alunos a adoptarem "hábitos alimentares saudáveis".
Uma dessas actividades consistiu na passagem dum questionário no qual se lhes perguntava quantas refeições fazem, o que costumam comer e beber em cada refeição, se consomem refrigerantes e doces… o comum. Quando entrevistados, divulgaram ao país "o seu caso".
Outra actividade era pesá-los e medir o perímetro do seu abdómen, porque, ao que se disse, a gordura aqui acumulada não prognostica nada de bom…
Pode este projecto ser eficaz na mudança de "hábitos alimentares" e, até, melhorar a saúde da população (relações de causa-efeito que estão longe de serem certas), mas justificará que, na escola, se questionem crianças e jovens acerca de aspectos que dizem respeito a cada um, que se lhes peça que exponham o seu corpo?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O corpo e a mente
Por A. Galopim de Carvalho Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
4 comentários:
No mínimo, é questionável.
Numa escola em que dependesse da minha
responsabilidade não se faria.
Mas os tempos estão para isto.
E para coisas parecidas, ou piores.
Continuamos com os PEE, PAA, PCT,
PIT, PAP, PES, etc, etc.
Muitos "pês", de "projeto" e de
"porcaria". Com muitos aficionados.
E comissões e mais comissões para
coordenar, verificar, compatibilizar
e voltar ao princípio.
Assim pelos tempos dos tempos. "Ámen".
E a realidade sempre na mesma ou pior.
E a esperança que morre.
E a urgência de os professores, com
todas as suas limitações, se levantarem
e se afirmarem participantes dignos da
definição do que são as suas funções e
os seus deveres. Se assim não for
continuam a ser obrigados a fazer
mal e a ficarem mal visto por isso.
E a sofrerem as consequências, claro.
Olha, escrevo e não gosto do que escrevo:
"aficcionado" ainda deve ser "aficcionado",
porque o "c" se pronuncia, não é?
[O "acordo", (de que discordo) é o diabo...]
E, cá mais para o fim, é "mal vistos" e
não "mal visto". Mas isto percebia-se...
Presumo que só responde e se expõe quem quiser. E mesmo que não seja assim, cada um responde o que bem entender, seja verdade ou não.
"pesar-los" ???
Enviar um comentário