quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
OS MAIS VISTOS DO DE RERUM NATURA
Já ultrapassámos os três milhões de visitantes. Eis o top ten dos posts mais vistos nos quase cinco anos que já levámos de postagens:
1- Por favor vejam este vídeo Postado por J. Norberto Pires
03/10/2010, 22 comentários 7052 Visualizações de páginas
2- A vida depois do Google Postado por De Rerum Natura (autoria J. L. Pio de Abreu)
09/07/2010, 3 comentários 6638 Visualizações de páginas
3- LITERATURA COM GATOS - I . Postado por Rui Baptista (autoria Eugénio Lisboa)
21/12/2010, 8 comentários 4383 Visualizações de páginas
4- O que é um argumento?, Postado por Desidério Murcho
29/04/2007, 13 comentários, 2992 Visualizações de páginas
5- O Futuro do Ensino, Postado por Filipe Oliveira
02/02/2011, 29 comentários 2064 Visualizações de páginas
6- ENTREVISTA DE NUNO CRATO AO NOTÍCIAS MAGAZINE Postado por De Rerum Natura
18/01/2009, 18 comentários 1534 Visualizações de páginas
7- Argumentos de autoridade Postado por Desidério Murcho
31/10/2008, 14 comentários 1516 Visualizações de páginas
8- Quantos planetas? Postado por Helena Damião
21/05/2011, 17 comentários 1173 Visualizações de páginas
9- TESTE DE FÍSICA?! Postado por Carlos Fiolhais
15/02/2011, 17 comentários 1105 Visualizações de páginas
10- O GRAU ZERO DA POLÍTICA Postado por Carlos Fiolhais
06/05/2011, 23 comentários 1090 Visualizações de páginas
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11 comentários:
Este discurso do Padre Fernando Ventura, que lhe valeu o primeiro lugar, é uma cortina de fumo que lança intencionalmente sobre uma sociedade já fragilizada que chegue. Lamentavelmente.
Enfim, é por isso merecedor das palavras do Professor Bento de Jesus Caraça, " Destino estranho o do cristianismo - sempre enfermeiro de moribundos!"
Ainda este discurso...
Porque não se insurge o Sr.Padre Fernando Ventura contra os PRIVILÉGIOS resultantes da fortuna, ou seja, da apropriação imoderada de bens ...
Porque não se insurge o Sr.Padre Fernando Ventura contra esses PRIVILÉGIOS que são uma consequência dum dos princípios fundamentais da orgânica social vigente em 5/6 do mundo - o direito à detenção individual,em quantidade teoricamente ilimitada, da propriedade dos meios de produção.
Porque não se insurge o Sr.Padre Fernando Ventura à exploração do Homem pelo Homem...
A julgar pelos comentários que li, inclusivamente de professores, apetece-me dizer, é urgente e necessário ler Bento de Jesus Caraça.
Ao Professor José Batista da Ascenção, quero lançar um desafio;
Que leia a conferencia Escola Única do Professor Bento de Jesus Caraça.
(posso enviar-lha, se me der o seu contacto)
Estou certo que verá apartir desse texto a injustiça do seu comentário quando diz “Exactíssimo diagnóstico, penso.” Pois certamente verá que calcinou uma posição que não corresponde à sua vontade, de Professor e Cidadão.
Cordialmente.
Corrijo: caucionou e não calcinou.
Ex.mo Sr. Engenheiro J. Norberto Pires, essa forte veemência, - que dirige aos leitores do DRN para assistir ao vídeo - é também a minha neste apelo que lhe faço, a si, e que é: Por favor leia Bento de Jesus Caraça.
Cordialmente,
Caro Dr Joaquim Manuel Ildefonso Dias:
Pesa-me a exasperação que um meu comentário,
já com alguns meses, lhe causou. Logo que
me seja possível hei-de (hei de) rever o
vídeo que lhe está na origem, para aquilatar
da injustiça que, em seu juízo, me atribui.
Aceito o seu desafio relativamente aos
escritos que julgue fundamentais do Professor
Bento de Jesus Caraça. E agradeço-lhe a bondade
de mos enviar. O meu endereço é josbat@gmail.com.
Mas, correndo o risco de lhe causar ainda maior
desgosto e irritação, não posso deixar de o
prevenir de que nunca fui pessoa de ter ídolos
nem de considerar ninguém o farol da minha vida.
Tenho por mestra sapientíssima a realidade tal
como os meus (humildes) "olhos" a podem perceber,
e esforço-me por aprender-lhe as lições que, tão
prodigamente, vai dando. E, veja bem, tenho o
atrevimento de cotejar o que muitas pessoas
ilustres dizem ou não dizem com o que essa
realidade mostra ou mesmo com os procedimentos
dos autores. E assim vou avaliando o que me
rodeia e o que muitos teóricos afirmam.
Eu chamo-lhe até, a prova da realidade.
Embora vista por mim, claro...
Isto para lhe dizer que, se num texto
encontrar escrita a frase " Destino estranho
o do cristianismo - sempre enfermeiro de
moribundos!" me sinto no dever de indagar
se realmente corresponde(u) a alguma
realidade e, no caso de ser afirmativa
a resposta, então curvo-me perante o
cristianismo tal como o faria perante
quaisquer instituições ou pessoas que
se dispusessem ao mesmo. E digo-lhe
porquê: os enfermeiros são os profissionais
que mais admiro (por razões pessoais). Ora,
como em países como o nosso, a pirâmide
etária está perigosamente invertida, tenho
pensado várias vezes no privilégio que seria
haver enfermeiros para todos os moribundos.
Pois que, admito que não faltem muitas
décadas para que a prática da "eutanásia"
se vulgarize, legalizada ou não que esteja.
E espero que não regressem os abafadores,
do tipo "alma grande". Já viu o conforto
que poderia haver nos últimos momentos
dos velhinhos que têm morrido na nossa
capital, se tivessem ao lado um
enfermeiro?
Donde, eu não considero esta afirmação
do Professor Bento de Jesus Caraça muito
feliz. Há-de (há de) perdoar-me. E olhe
que eu até admiro a figura de referência
que é o Professor Bento de Jesus Caraça.
Até pelo facto de, tanto quanto suponho,
não omitir a palavra Jesus no seu nome.
No(s) nome(s), até neles o cristianismo se
impregna!
Não o maço mais. Acrescento apenas que gosto
de dialogar com toda a gente, só não me é
grato conversar com pessoas com convicções
dogmáticas e restritivas. Mas apenas por
não me colocar ao nível, nem por dentro,
dessas convicções. É que não sou capaz.
Mas prezo que se manifestem. Sou pela
liberdade. E raramente os contradigo.
Não sou capaz, repito.
Espero não o ter magoado excessivamente.
Acredite que não é isso que está nas
nas minhas intenções.
Só mais uma pequena coisa: eu sou professor,
mas professor do ensino secundário. Um
privilégio de que gratamente usufruo. Só
para esclarecer.
Com cordialidade.
Professor José Batista da Ascenção;
Sei bem o perigo de uma má interpretação quando se faz uma pequena citação, que é retirada de um texto com um conteúdo amplo. Por esse facto, e por minha culpa, o senhor fez uma leitura incorrecta do significado da citação de Bento de Jesus Caraça.
Creio no entanto que, por vezes, talvez valha a pena correr o risco, quando os benefícios compensam os prejuízos, - e aqui, se houver um interesse genuíno de pesquisa do leitor a confusão pode ser esclarecida - e depois só ficam os benefícios, pior é o silêncio, creio bem.
No seu caso, o problema da má interpretação que no seu comentário revela ficará largamente esclarecido, porquanto lhe enviei a conferência Escola Única.
Quero ainda dizer-lhe o seguinte: e isto é muito importante; Bento de Jesus Caraça não gostaria de se sentir reflectido em nenhum mito, basta analisar, ainda que ao de leve o que foi a sua vida e obra, para concluir que é assim.
Bento de Jesus Caraça deve ser recordado como Matemático e Professor brilhante que foi, homem de grande cultura, e um lutador incansável na defesa do ser humano.
Nota: A palavra “desafio” que emprego têm apenas o significado de que o conhecer o pensamento e a Obra de BJC constitui um desafio; aquele de que lhe falo, e nada mais que isso.
Aceite os meus cumprimentos muito cordiais,
Caro Joaquim Manuel Ildefonso Dias:
Li prontamente, e com muito interesse, o texto que generosamente me enviou, e que eu não conhecia.
É um documento sério, rigoroso, coerente e claro, feito por alguém de enorme conhecimento e cultura e de uma brilhante capacidade de análise. No entanto, perpassa em todo ele a marca de um tempo e a perspetiva ideológica do seu autor. Com apontamentos interessantíssimos, mas que, em alguns casos, me levantam sérias dúvidas. Por exemplo:
“A neutralidade da escola não existe”. Pois não, nunca existiu nem existirá, julgo. Ora, sendo as pessoas diversas, e ainda bem, poder-se-á advogar, em absoluto, uma “escola única”?
“A responsabilidade da orientação dos filhos deixa de ficar pertencendo aos pais, aqueles serão dirigidos conforme as suas aptidões”… E quem decide, com tantos interessados que existem agora, como sempre houve?
Em estudos mais avançados deve “ter-se em conta a vontade da família”… Eu acrescento: então e a vontade do próprio?
“A formação dos professores é da mais alta importância, pois o corpo de professores constitui a medula do organismo” (a escola…). Hoje há quem duvide, e sugira, e coloque em prática, a ideia de que qualquer um pode ensinar, uma vez que as crianças é que constroem o seu conhecimento. Nisto estou com BJC.
“A Igreja acaba como organismo (“aparelho”) oficial da divisão de classes”. Sim, é fácil de admitir. Mas o que fizeram as teorias libertadoras do Homem, aquelas que proclamavam que todos eram iguais (em direitos), mas que rapidamente, na prática, consideravam uns “mais iguais que outros”?
“O cristianismo retira aos cristãos as condições de luta pelo apelo à humildade, à resignação”… E os regimes políticos auto proclamados libertadores, de todos os tempos, em todas as latitudes, usando os seus sistemas de ensino, e não só, não procuram o mesmo, de outros modos?
“O cristianismo não pode deixar de ser considerado como a maior empresa de dor e sofrimento humanos, a mais amarga decepção de todas as grandes decepções da História”. Então e as outras religiões? E os regimes políticos ditos libertadores da exploração do homem pelo homem? Quantos milhões de escravizados? De torturados? De mortos?
“Logo que triunfou, a burguesia tratou de organizar a sociedade para o seu interesse”. Eu estranharia, se assim não fosse.
BJC elogia a URSS e critica a Europa Ocidental, que cria um “cordão de pequenos estados que a defendem daquela voz” (a voz da URSS…). Mas quem acabou a construir o muro de Berlim? E porque nunca quiseram as pessoas fugir do ocidente para o mundo da URSS?
“Dos confins da História caminham ao encontro do Homem aquelas correntes fecundantes (…) que hão de fazer dele o Homem Novo, criador da Cidade Nova”. Onde está o Homem Novo? Onde foi edificada a Cidade Nova?
Meu caro Ildefonso Dias:
Nem eu sou um defensor do cristianismo nem BJC é responsável pelo atos dos homens que prometeram um “Homem Novo”. Apenas não comungo e critico aquele idealismo. Mesmo em pessoas distintas, e de nobre caráter, como BJC.
Penso que a humanidade não se move por princípios nem por boas intenções, as pessoas agem por interesses e por paixões. Penso-o e afirmo-o. Sem qualquer entusiasmo.
Termino com desculpas, por este texto que escrevi à pressa. Deixo todos em paz, por algum tempo. Os testes dos meus cachopos esperam por mim. E não só eles.
PS: A frase “destino estranho do cristianismo – sempre enfermeiro de moribundos” usa-a BJC para se referir ao papel da Igreja no retardar da morte do império romano e, quinze séculos depois, no apoio à burguesia. Também aqui vejo muito entretanto, num tempo de vinte séculos, absolutamente necessário para caraterizar melhor o cristianismo.
Com toda a cordialidade.
Moral da história: A consciência é a humildade da ideologia.
Caro Anónimo;
A moral da “história” (que é realidade) reside na pergunta, e na nossa missão, assinalada por BJC na conferência Cultura Integral do Individuo - precisamos de nos forjar personalidades integras; e é esse a meu ver que deve ser o objectivo do ensino, repito, personalidades integras (personalidades ou consciências se preferir).
Cito:
“Conseguirá a Humanidade, num grande estremecimento de todo o seu imenso corpo, tomar finalmente consciência de si mesma, revelar a si própria a sua alma colectiva, feita do desenvolvimento ao máximo, pela cultura, da personalidade de todos os seus membros?
Eis a grande tarefa que está posta, com toda a sua simplicidade crua, à nossa geração -despertar a alma colectiva das massas.
Ou ela a realiza e ascendemos a um estado superior de unidade, ou fracassa, e amanhã assistiremos a um novo gesto de renúncia e o individual continuará a sobrepor-se ao colectivo numa adulteração criminosa da moral social.
Precisamos, para não trair a nossa missão, de nos forjamos personalidades íntegras, de analisarmos o nosso tempo e de actuar como homens dele. Como homens que sabem distinguir o fundamental do acessório, que, na resolução de um problema, não se deixam perder no emaranhado dele, nem cegar pelas nuvens de fumo que os interessados pela sua não solução a todo o momento e infatigavelmente lançam.”
Cordialmente,
Professor José Batista da Ascenção;
70/80 Anos é um período relativamente curto para que possamos, por vezes, ter a percepção dos avanços da Humanidade, quando existem nos seus grandes e verdadeiros valores; por vezes apercebemo-nos melhor dos retrocessos. O caminho é de avanços e recuos, e por vezes trás surpresas bem desagradáveis.
Mas há uma coisa que não podemos perder é a capacidade de ter ilusões – ao contrário do que dizem os nossos políticos “não tenhamos ilusões…” – tantas e tantas vezes nos tentam meter isso na cabeça; a eles eu digo tenhamos sim ilusões, e muitas, e cada vez mais naquilo que ambicionamos e acreditamos.
E permita-me que cite BJC, que nos dá - ao contrário dos políticos - o verdadeiro significado das ilusões; oxalá possamos todos viver com ilusões;
Cito:
“Tudo isso fez que se amortecessem alguns entusiasmos das primeiras horas. Que importa? É essencial que tenham existido! Mas foram mais algumas ilusões perdidas, dir-se-á. Não. As ilusões nunca são perdidas. Elas significam o que há de melhor na vida dos homens e dos povos.
(…)
Benditas as ilusões, a adesão firme e total a qualquer coisa de grande, que nos ultrapassa e nos requer. Sem ilusão, nada de sublime teria sido realizado, nem a catedral de Estrasburgo, nem as sinfonias de Beethoven. Nem a obra imortal de Galileu.”
Cumprimentos Cordiais,
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