"O movimento é distractivo e o pensamento requer atenção. Foram precisos milhares e milhares de anos para que o homem chegasse ao pensamento. O pensamento é o requinte da inteligência."
domingo, 21 de novembro de 2010
O movimento é distractivo
Em entrevista recente ao programa A força das coisas, da Antena 2 da Rádio, Manuel de Oliveira, explicou em brevissímas palavras a razão de ser do seu estilo como cineasta e que foi apurando ao longo de décadas:
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9 comentários:
Em meu conceito, o pensamento é inerente ao ser humano desde as suas raízes. O que levou séculos a descobrir foi a transformação do sarcasmo em ironia,que é a expressão mais subtil da capacidade de pensar: a suprema manifestação da inteligência. Ainda nem todos lá chegámos! JCN
Ainda há quem vá nos vasos gregos! JCN
Com uma tal afirmação, Manuel de Oliveira eliminou qualquer hipótese de um dia vir a dirigir (o "filme" que é) o Ministério da Educação.
Com pena o afirmo. Por supôr que ninguém admitiria a hipótese como vantajosa...
Perdoe-se-me, pois.
Embora não de todo vantajosa, Caro Dr. José Baptista da Ascenção, a hipótese poderia ter o mérito de levar aquela gente a parar... para "pensar" um pouco, ironia à parte, ou seja, sem "animus injuriandi". Puro alinhamento, perfeitamente perdoável! JCN
O movimento perturba o pensamento, segundo Oliveira, mas contudo, ele próprio, move-se, aliás, como absolutamente tudo!
"... Foram precisos milhares e milhares de anos para que o homem chegasse ao pensamento. O pensamento é o requinte da inteligência."
Que pensamento? A única coisa que dificilmente se consegue é não pensar. Que chatice, pensa-se tanto tão prolixamente, que até cansa. Às vezes preciso de não pensar, para poder pensar. Pensar significa consubstanciar pensamento? Há aqui qualquer falha na nossa linguagem, porque aquilo que Manuel de Oliveira diz, não me elucida, não me satisfaz como ser gorgolejantemente pensante.
Aquilo que Manuel de Oliveira quis dizer, foi pura e simplesmente a capacidade do pensamento levar-nos à SABEDORIA. C'est ça!
Margarida de Bem Madruga
Não era conversando em movimento, virados uns para os outroa, ora avançando ora recuando, que os peripatéticos estimulavam as vias do raciocínio?! Ainda hoje assim se pratica em certas e determinadas ordens monásticas. Parece salutar. JCn
Será que no ministério da educação se pratica a boa regra peripatética, mas de costas uns para os outros?... JCN
Cara senhora: que diferença estabelece entre "pensar" e "cogitar"? Seria tão amável que sobre este tema exercitasse o seu apurado raciocínio? JCN
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