domingo, 2 de maio de 2010

MANIA DAS GRANDEZAS


Transcrevo o poema de Joaquim Namorado, que referi no post anterior:

MANIA DAS GRANDEZAS

Pois bem, confesso:
fui eu quem destruiu as Babilónias
e descobriu a pólvora...

Acredite,
a estrela Sírius, de primeira grandeza,
(única no mercado)
deixou-me meu tio-avô em testamento.

No meu bolso esconde-se o segredo
das alquimias
e a metafísica das religiões
— tudo por inspiração!

Que querem?
Sou poeta
e tenho a mania das grandezas...

Talvez ainda venha a ser Presidente da República...

Joaquim Namorado

5 comentários:

Anónimo disse...

"Mania das grandezas"; sim, senhor;
qual é o português que não as tem?
apontem-me um somente, por favor,
mostrem-me um só, se acaso existe alguém!

JCN

Anónimo disse...

CONTRASTES

Vivemos em profunda carestia,
mas sempre, sempre, a alardear riqueza:
ninguém nos bate em microcefalia
e menos em manias de grandeza!

JCN

Anónimo disse...

FATALIDADE

Ao Prof. António Piedade

Qual terá sido a nossa Mãe primeva
que geneticamente nos legou
esta forma de ser, que perdurou:
romana, visigótica ou sueva?!

JCN

Anónimo disse...

Que se lhe há-de fazer, meu caro amigo:
se Deus nos fez poetas, só nos resta,
perante esta verdade manifesta,
olharmos +ara o nosso próprio umbigo!

JCN

Anónimo disse...

Corrijo, no último verso, "+ara" por "para". JCN

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Por Isaltina Martins e Maria Helena Damião   Cristiana Gaspar, Professora de História no sistema de ensino público e doutoranda em educação,...