terça-feira, 25 de maio de 2010

Quem pára a besta?

“A educação, objecto de tanto palavrório, passa moeda falsa: promete o mundo e não dá saber ou trabalho” (Vasco Pulido Valente).

Passado um século da implantação da República vigora neste país o reinado do facilitismo na aquisição de diplomas académicos.

Chegou-se ao ponto de criar condições de acesso ao ensino superior sem ter sido feito um percurso académico anterior completo ou satisfeito um exigente exame ad hoc, bastando para tanto um cartão do cidadão com uma data de nascimento que cumpra os 23 ou mais anos de idade. Ou seja, como escreveu, anos atrás, nestas colunas, o deputado do Partido Socialista, Vital Moreira, “a ideia de democratizar o ensino superior pela banalização do acesso e pela crescente degradação da sua qualidade não é somente um crime contra a própria ideia de ensino superior é também politicamente pouco honesta.”

A própria Universidade, bastião da cultura de um povo, foi tomada de assalto transigindo no seu papel como denunciou corajosamente Aníbal Pinto de Castro, professor jubilado de Letras da Universidade de Coimbra, dirigindo-se ao respectivo reitor Seabra Santos, numa cerimónia oficial: “Não destruam. Não cedam. Não tenham medo porque a Universidade não pode ser uma instituição de caridade. Para isso há os asilos e a Mitra. Não pode ser um hospital de alienados” (“Diário de Coimbra”, 27/11/2005).

Mas, ainda, mesmo num percurso académico “normal” nas camadas mais jovens dos nossos escolares não são criados hábitos de trabalho: passam sempre, e de qualquer forma, até ao 9.º ano de escolaridade. Em defesa deste oásis pedagógico, num deserto de reprovações, escrevem-se teses académicas que servem quer os desígnios dos ocupantes dos cadeirões da 5 de Outubro, quer os interesses de pais que não gostam de ver os seus filhos sem aproveitamento escolar, eufemismo de “chumbo”. Teses que embotam o próprio raciocínio de quem as defende por simples convicção ou grande dose de oportunismo, criando a miragem do sucesso escolar para toda a gente mesmo depois de António Guterres, então primeiro ministro de Portugal, ter tido a coragem e a honestidade de numa entrevista televisiva (23.Outubro.96) ter afirmado que “há alunos do 1.ºciclo do ensino básico que saem sem saber fazer contas”.

O reducionismo às técnicas pedagógicas na concepção da formação e da avaliação dos professores foi criticado por Schulman (1986) e secundado pelo sociólogo italiano Francesco Alberoni (2010) : “Na verdade, a pedagogia que nivela tudo por baixo no intuito de esbater as diferenças tem como consequência tornar ignorantes milhões de pessoas e privilegiar aqueles que podiam ir para a universidade e para escolas de excelência com professores respeitados e programas rigorosos; é por essa razão que há cada vez mais pessoas a quererem uma escola mais séria, mais rigorosa, com professores preparados e mais respeitados”.

Embora Alexandre Herculano tenha reconhecido que “das definições possíveis do homem, uma só é verdadeira: o homem é o animal que disputa”, denunciar a iliteracia torna-se incómodo num país habituado a deixar correr o marfim mesmo que estudos recentes lhe digam ser de 60% essa percentagem, como cita Guilherme Valente no seu artigo de opinião, intitulado “O princípio do fim do eduquês?”, publicado no jornal "Público" do passado dia 23.

Por isso, temo que a campanha dos que se assumem com corajosa e necessária teimosia publicamente contra este statu quo não seja compreendida ou encontre eco naqueles que não têm interesse em que ela seja compreendida ou dada por finda, como é reconhecido numa das interrogações finais do referido artigo: “ Quem pára a besta?”

Mas porque a voz do povo é a voz de Deus, em derradeira réstia de esperança que se cumpra, pelo menos, o aforisma de que “água mole em pedra dura…”

18 comentários:

Fartinho da Silva disse...

Caro Rui Baptista,

A tal réstia de esperança é, infelizmente, algo que eu não tenho, porque os interesses instalados não permitirão tal mudança enquanto não sentirem os seus lugares em causa... e isso só acontecerá quando a grande maioria dos pais exigir uma escola pública exigente, disciplinada e disciplinadora, centrada no seu core business, pragmática e que garanta a segurança física dos seus filhos; e quando esses mesmos pais exigirem exames nacionais exigentes, com consequências e rigorosos.

Enquanto isto não se verificar, continuaremos a ter o lobby das "ciências" da educação a reinar e o populismo dos políticos (por razões meramente eleitoralistas) a cimentar este enorme disparate.

CL disse...

Concordo em pleno com o que é exposto e debatido...parece-me que somente resta distinguir o real facilitismo do que pode ser funcional (e muitas vezes confundido com facilitismo), realista e objectivamente importante, separando no ensino o que importa do que é acessório.
É também triste verificar que muitos (inclusive os profissionais da área) confundam as coisas tornando de repente todo o ensino em facilitismo, colocando tudo e todos no mesmo "saco". Contudo, existe ainda quem reflicta sobre as questões realmente importantes e vá tentando por em prática aquilo em que acredita ser de valor para os indivíduos no futuro, seja do ponto de vista académico, sejam todos os outros aspectos que possam ser opção.
Excelente artigo.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Que besta... virá a seguir?!... JCN

joão boaventura disse...

Na sequência do comentário que apresentei no blog do Dr. Guilherme Valente, «cabar com os 'ricos' em vez de acabar com os 'pobres'», no sentido de precisar o âmbito da difundida etiqueta "eduquês", aduzo mais alguma leitura apreendida em alguns sítios, para se saber com mais precisão do que é que se fala.

O mais elucidativo é o trabalho de Hugo Mendes, apresentado no Encontro de Sociologia da Educação, na rubrica Contextos Educativos na Sociedade Contemporânea, em Janeiro de 2009, sob o título O eduquês, os seus críticos e a sociologia da educação: como explicar e ultrapassar a "barreira de fogo".

Não será despiciendo enxergar algum sentido crítico esclarecedor noutros sítios,não menos úteis, para uma visão panorâmica mais abrangente do problema que se vem prolongando no tempo:

1. O eduquês em discurso directo, assinado por João Vasconcelos Costa;

2. Também há "eduquês à Bolonhesa"?, de Francisco Velez Roxo;

3. O "anti-eduquês" e o ataque às Ciências da Educação, de F.J.Santos;

4. O eduquês como dialecto, de Luís Redes;

5. Colectânea de textos publicados no ProfBlofg.

5. OCDE desmente Nuno Crato (título tablóide, eu sei).

Rui Baptista disse...

Caro João Boaventura:

O seu comentário deu ampla voz à Sociologia portuguesa no ataque cerrado ao "eduquês” (quando este tece criticas a teorias pedagógicos intemporais), julgando eu poder encontrar antítese nesta parte de uma entrevista do sociólogo italiano Albert Alberoni (2010) que reproduzo do meu post:

“Na verdade, a pedagogia que nivela tudo por baixo no intuito de esbater as diferenças tem como consequência tornar ignorantes milhões de pessoas e privilegiar aqueles que podiam ir para a universidade e para escolas de excelência com professores respeitados e programas rigorosos; é por essa razão que há cada vez mais pessoas a quererem uma escola mais séria, mais rigorosa, com professores preparados e mais respeitados”.

Sem qualquer espécie de chauvinismo, a partir daqui será possível fazer-se a necessária síntese que expurgue possíveis excessos de ambas as partes por se tratar de” oficiais do mesmo ofício”?

Cordiais cumprimentos,

Fartinho da Silva disse...

Caro João Boaventura,

Para mim, basta ler o currículo das pessoas para perceber se fazem parte do status quo ou não e, como consequência, se fazem parte da solução ou do problema.

É tão simples como isto!

Só mesmo quem ainda não leccionou numa "escola" pública na última década é que ainda tem dúvidas de que lado está a razão...

Caro João Boaventura,

Tente fazer uma comunicação numa "escola" secundária pública durante uma breve hora para 80 jovens e depois faça o mesmo num dos poucos colégios privados de qualidade ainda existentes em Portugal. Sentirá uma enorme diferença.

Na "escola" pública sentirá um ruído de fundo permanente, observará luz de telemóvel em mais de um terço da sala, sentirá que mais de metade da plateia se está completa e absolutamente nas tintas para a sua comunicação, etc.,....

Depois desta experiência, imagine leccionar durante um ano lectivo inteiro numa "escola" pública secundária... eu, pessoalmente, tentei leccionar... e fugi a sete pés; e era professor do quadro...!

Uma boa parte dos alunos, está habituada ao laxismo, à preguiça, à indisciplina e não está na "escola" para trabalhar, mas sim para prejudicar os colegas que querem aprender. Este grupo de jovens é, convém recordar, pago com o dinheiro do contribuinte e convém relembrar que uma boa parte dos contribuintes recebe salários baixos e trabalha mais de 10 horas diárias. Estes jovens, são pagos com o dinheiro do contribuinte para frequentar as aulas com civismo, trabalhar nas mesmas e estudar. No entanto, como se sentem impunes e reparam que os professores os tratam como vítimas da sociedade, esticam a corda cada vez mais para perceberem o limite, e para seu desespero (sim, porque os jovens necessitam de regras), reparam que esse limite pura e simplesmente não existe!

O resto é conversa para entreter meninos e esconder os verdadeiros objectivos do eduquês e demais derivados...

joão boaventura disse...

Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não querê-las.
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!

Mário Quintana

Anónimo disse...

Ao meu jeito:

Quanto mais longe as coisas estiverem
fora do nosso alcance, inacessíveis,
mais motivos existem para serem,
de longe embora, as mais apetecíveis!

JCN

joão boaventura disse...

Caro Fartinho da Silva
e
Caro Rui Baptista

A falar é que a gente se entende.
Se eu emprestar uma maçã ao Fartinho da Silva ou ao Rui Baptista, e eles me devolverem a maçã, continua a haver apenas uma maça. Mas, se eu comunicar uma ideia ao Fartinho da Silva e ao Rui Baptista, tanto um como o outro respondem com outras ideias, e então teremos três ideias.

É este o jogo dos blogs, e todos saem a ganhar porque as ideias estão em movimento e porque a sociedade não é estática. Quando expus as minhas razões fundadas na minha participação no "Blog do não", contra a Constituição da UE, tinha-se chegado a um ponto em que, em vez de nos centrarmos no centro nevrálgico do problema, continuávamos a rodeá-lo, e a falar ao lado.

Porque não bastava dizer "não" à Constituição, mas estudá-la e encontrar-lhe as faltas, os excessos ou as omissões, ou o que quer que seja, para que o dizer "não" tivesse os alicerces justificativos. Dizer apenas "não", é fácil, mas insuficiente.

Assim o "eduquês", de que se fala abusivamente, aleatoriamente, mas não se vê, até agora, senão queixas e amarguras, generalidades, mas nada de concreto, ponto por ponto. São subjectivações que provocam ecos e arrastam as pessoas para o facilitismo de tecer críticas, sem as teorizar.

Fartinho da Silva convida-me a voltar à escola para ver como funciona, para ter uma ideia do que seja o "eduquês" ou o resultado do "eduquês", mas reconheça que é insuficiente, porque se a escola está como está, haverá certamente causas mais fundas para lá da simples visão panorâmica do seu funcionamento, e que se encontra escondida... E é do escondido que desejo saber, não do que está à vista.

Para não me alongar, vou ser ainda mais preciso recorrendo a um trabalho do Professor Carlos Fiolhais, cujo título parece mais um decalque dos muitos textos sobre o "eduquês", O "eduquês" continua a fazer estragos, mas o que ocorre é que ficamos surpreendidos porque, da sua leitura esclarecedora encontramos os fundamentos bem ilustrados para se entender certa tipicidade de "eduquês". Certamente que há outras e seria a todos os títulos útil, evidenciá-las para se aclarar de que é que se fala quando se fala de "eduquês".

Se este trabalho do Professor Carlos Fiolhais aparecesse como post neste blog, talvez aparecessem comentários de professores de outras disciplinas a aduzirem as deformações dos programas, seduzidos pela argumentação.

Estes são os esclarecimentos devidos para justificar as razões de querer saber mais sobre a questão que aqui nos converge, daí o convite feito ao acesso a outros sítios para descortinar argumentos válidos bem tipificados, e encontrar uma grelha final que ponha a claro o que tanto nos preocupa.

Não se trata de saber quem tem razão, mas procurar as razões que têm estruturado o "eduquês".

Cordialmente

Anónimo disse...

SUPERAÇÃO

Porque eras uma estrela inacessível,
é que eu te quis perdidamente, amor!
e tanto me empenhei que foi possível
obter, estrela minha, o teu favor!

JCN

Rui Baptista disse...

Caros Fartinho da Silva e lestat:

Para melhor se compreender (ou tentar compreender) a verdadeira desgraça que se abateu sobre o sistema educativo nacional, com gravosos reflexos na actualidade, há que procurar as suas origens em meados da década de 70 em que se assistiu em Portugal à invasão dos liceus públicos por docentes com escassas habilitações académicas com a intenção política da lavagem ao cérebro de cabeças juvenis, num ataque ao poder paternal e a princípios morais transmitidos em casa.

Do dia para a noite, os pais passaram a ser considerados ditadores por tentarem que a liberdade dos filhos se não transformasse em libertinagem. Depois, seguiu-se um período de euforia sem responsabilidade, em nome de uma sociedade que entoava hinos de louvor às esotéricas pedagogias do “eduquês” e remetia para as profundezas do inferno o conhecimento científico.

No desconhecimento ou ocultação pública do princípio de Saint-Exupéry, “se cada tijolo não estiver no seu lugar não haverá construção”, no então chamado ensino primário defendia-se que escrever com erros não tinha qualquer importância desde que se compreendesse o que aluno queria escrever.

Tudo isto teria o seu reflexo, como era de esperar, no próprio ensino superior em que, segundo o sociólogo e académico António Barreto, reportando-se à década de 90, “fazer entrar o maior número de estudantes, sem consideração pelo mérito: formar técnicos de medíocre qualidade, sem zelar pela qualidade das instituições; libertar os docentes da tarefa de seleccionar; e transmitir à população a ideia de que o acesso à universidade é um direito de todos, tal como a protecção na doença e na velhice”.

Ora, “quem semeia ventos colhe tempestades!”

Rui Baptista disse...

Caro João Boaventura:

Foram publicados simultaneamente o seu e o meu último comentário. Só , por esse facto, agora lhe respondo tomando para mim sábias palavras de Sá de Miranda: “Tudo seus avessos tem!”

Se reparar no meu último comentário (repito, mesmo sem ter lido o seu) estou contra” uma sociedade que entoava hinos de louvor às esotéricas pedagogias (pedagogia que literalmente quer dizer “guia da criança”) do “eduquês” e remetia para as profundezas do inferno o conhecimento científico”.Ou seja, uma sociedade que se compraz com uma asneira científica pedagogicamente bem ensinada, gravando-se indelevelmente nos sulcos corticais das jovens cabeças.

Aliás, já o próprio Teófilo Braga se tinha dado conta de que os modernos pedagogistas pressentiam uma revolução no ensino . Não quero com isto deslustrar, de forma alguma, o importante papel da pedagogia como suporte valioso na aquisição de conhecimentos científicos. Estou, isso sim, contra pedabobos que se querem fazer passar por pedagogos…

Termino por onde começou, meu caro João Boaventura: "A falar é que a gente se entende".

Há quem diga que da discussão nasce a luz, mas eu também me lembro que dela,sem ser entre cavalheiros, possa nascer um olho negro, como se dizia no meu tempo de juventude.

Cordialmente,

joão boaventura disse...

Nada é impossível de mudar

Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.

Bertold Brecht

Anónimo disse...

Permitam-me, caros ssenhores, que lhes recorde que, já por alturas de 1970, numa reunião de directores e reitores do ensino secundário (técnico e liceal), ocorrida em Pinhel, no distrito da Guarda, o então Ministro da Educação, Prof. Veiga Simão, advertia para o risco de não tardar muito para estarmos a ensinar asneiras... pedagogicamente bem. Sou testemunha presencial. Parece que, de então para cá, vem ganhando foros de profecia... a sua clarividente advertência! Será questão apenas de substituir o termo "asneiras" por "vacuidade", suponho. JCN

Anónimo disse...

Estou-me borrifando... para o Brecht! JCN

joão boaventura disse...

Caro JCN

Sem pretender criminalizar o 25 de Abril, certo é que na confusão da mudança do Estado Novo para o Estado Democrático, houve aproveitamento da turbulência provocada pela rotura com o passado.

As Constituições consagram uma rotura com o passado, ou, dito sociologicamente, há na linha limite traçada por cada revolução (5 de Outubro, 28 Maio, 25 Abril) um ritual de passagem que, pela sua função social, se deverá chamar, de preferência, ritual de consagração (v.g.: 1.ª República), ritual de legitimação (v.g.: Estado Novo), ou ritual de instituição (v.g.: Estado de Direito).

Os rituais de passagem nascidos de revoluções, como as indicadas, não são pacíficos, porque, e como avisadamente esclarecia Salazar, depois do 28 de Maio, "a Constituição Portuguesa é ainda um compromisso entre o passado e o presente, ainda escravo em certos pormenores, de outros princípios."

Depois do 25 de Abril, o Estado de Direito viu-se compelida a lutar contra dois movimentos os que pretendiam voltar ao passado e os que pretendiam alcançar o poder, por isso, e sem me ater a outros pormenores, houve um grande aproveitamento da confusão estabelecida entre os limites da liberdade e os abusos do poder, para muitas passagens administrativas em algumas universidades.

Confundiu-se liberdade com liberdade total, e a sociedade viveu obcecada com a ideia de que
tudo estava errado e que tudo tinha que ser mudado:
o que até aí era difícil passaria a fácil;
o que era proibido passaria a ser admitido;
o que era relevante passaria a irrelevante, e vice-versa;
os valores universais perseguidos nas escolas passariam a valores banais.

E passo a passo, todas as pedras de suporte da sociedade, desde o mais alto poder até à sala de aula, perderam o norte, deixaram de estudar. deixaram de pensar, deixaram de amadurecer.

E de degrau em degrau vamos descendo numa escala de retorno ao nada.

Seria bom começarmos no zero, quando lá chegarmos.

Anónimo disse...

Meu caro Dr. João Boaventura:
Com Brecht ou sem ele, conte comigo... para a mudança! JCN

Anónimo disse...

Caro Dr. João Ventura (post das 16:49) e
Anónimo do post das 01:06,

O que está escrito representou a inflexão dos valores associados ao Ensino: "escola", "mestre", "respeito", "local de aprendizagem,de preparação e ética", e outros mais.

Os pais de hoje são os alunos dessa altura...
Quando tudo se quis alterar, sem nexo nem visão, e hoje chega-se à conclusão que as Escolas Industriais e Comerciais nunca deviam ter sido extintas e outras sequelas que há que recompor...
Como me dizia há dias um professor que inquiriu os alunos sobre o que significava para eles a Escola e as respostas foram "um local de encontro de amigos"; "um sítio de convívio",...

João Moreira